terça-feira, 29 de setembro de 2015

Gilmar Mendes: cleptocracia, "PT governo de ladrões"

Setembro de 2011. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia a votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O objetivo da ação é proibir aos partidos políticos e as campanhas eleitorais, investimentos empresariais.
Na ocasião, a ação foi subscrita pelo presidente da OAB Ophir Cavalcante, simpático ao PSDB, crítico ferrenho dos governos de Lula e Dilma e obstinado adversário do Partido dos Trabalhadores.
O julgamento perdurou por cinco anos. Sessões, debates, manobras, incompreensões e argumentos prós e contras. Numa primeira votação (dezembro de 2013), o primeiro resultado: a favor da proibição 4x0. Na segunda votação (abril 2014) mais dois votos favoráveis ao término de financiamento empresarial para partidos políticos e campanhas. Dessa forma, naquele período, com o resultado parcial (6x0), a Ação Direta da OAB estava decididamente vitoriosa, afinal dos 11 votos no STF, a maioria já havia decidido. Apesar disso, com o processo em andamento, quando tudo já parecia resolvido de antemão o juiz Gilmar Mendes desnecessariamente pediu vista e com isso ganhar tempo. Para quê? Para a irritação de muitos, por vingança pela causa perdida? A interrupção do julgamento demorou um ano e cinco meses.  A chicana proporcionada por Mendes, a postergação ocorrida, provocou irritação e criticas da OAB. Nota divulgada pela entidade na ocasião: “Não é mais tolerável o tempo do poder absoluto dos juízes. Não é mais aceitável a postura intolerante símbolo de um Judiciário arcaico que os ventos da democracia varreram”.
Enfim a votação e julgamento ocorreram e o prenúncio confirmou-se: por oito votos a três o financiamento privado de empresas para políticos e campanhas eleitorais, por ser inconstitucional, fica proibido. O sufrágio final coube ao juiz Gilmar Mendes e demorou cinco horas para argumentar o desnecessário, tempo dispensável e perdido, justamente porque não havia mais fundamentos para questionar uma matéria já decidida. Em plenário, Gilmar Mendes sempre apresentava fortes reações emocionais, em embates com seu colega Joaquim Barbosa.
Esse comportamento ficou mais marcante depois de sua desilusão jurídica, de sua causa perdida no tribunal, através de entrevistas.
Ele disse que a Lava Jato interrompeu o que classificou de plano perfeito para o PT se eternizar no poder e afirmou que o partido instalou o modelo da cleptocracia, palavra de origem grega que significa literalmente “governo de ladrões”. O PT se defendeu repelindo os impropérios e afirmou ser mais um destempero do juiz.
Gilmar Mendes foi indicado pelo presidente Fernando Henrique (PSDB) e naturalmente tem ligação tucana. Pelas manifestações públicas do juiz é evidente que em qualquer julgamento na suprema Corte envolvendo o Partido dos Trabalhadores um voto já está declarado contra o partido, a não ser que Mendes se julgue impedido.
O citado juiz conforme outra nota da OAB assinalou que teve uma atuação arbitrária, grosseira e incorreta quando se retirou do plenário no momento em que um advogado usou a palavra. Em outro pronunciamento do citado juiz a OAB foi envolvida, quando disse que a entidade não poderia virar aparelho político, no caso do PT.
O juiz, certamente, como ex-advogado deve ter a carteira da OAB e então, não seria o caso de estar a serviço do aparelho político tucano.  
                                                            *** ***
O ex-goleador e gremista Jardel marcou gol contra, contra o povo gaúcho, ao ser voto decisivo pelo aumento do ICMS. A princípio indeciso, no momento da votação se decidiu pelo aumento. Deputado do PMDB e torcedor, ex-dirigente colorado, disse que Jardel marcou o maior gol de sua vida.   



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Afinal: quem é você? Pobre coitado?

- Hei...hei...você...quem é você? Alguém pergunta.
- Quem? Eu? Responde surpreendido com outra pergunta o passante.
- Sim, você mesmo. Quem é você, repito?
- Eu? Eu sou brasileiro, trabalhador e por isso faço parte do proletariado.
- Então ideologicamente é comunista ou socialista, ou as duas coisas?
-Nada disso, sem discussão, não entro em controvérsias. Sei apenas que sou sofrido trabalhador, proletário a serviço do capitalismo, que gasta seis horas de seu tempo em transporte, entre idas e vindas da minha casa ao local de trabalho. Passo 14 horas fora de casa das 24 do dia. Sobram 10 horas para vivenciar o aconchego do lar com a família e dormir. É preciso.  Amanhã é outro dia. O sofrido cotidiano continua. O rigoroso sistema de sobrevivência assim exige.
                                                              *** ***                                                                  
Eu...quem sou eu? Sou brasileiro, desempregado, digno de pena. Uma desgraça. Bato perna de um lado para outro na busca de trabalho. Deixo o currículo nos lugares possíveis onde possa haver uma vaga. Já faz tempo e nada consigo. Ando meio desesperado. Meu sustento atual é o seguro desemprego, mas seu prazo de validade está se esgotando. Faço economia. Gasto estritamente o necessário para a condução. Almoço em restaurantes populares. Compro no fiado, tudo anotado no caderno do mercadinho. Algo intocável é o dinheiro guardado e sagrado para pagar a conta no fim do mês. O quê? Cartão de crédito? Esquece. Pobre não tem condição de ter esse luxo. Preciso de um emprego urgentemente. Se assim não for, não sei o que farei. Uma certeza: não serei desonesto.
Como é que é? Minha mulher também desempregada? Nem sei se tem emprego para ela. Se tivesse nada adiantaria. Mais do que um emprego ela tem uma obrigação: ficar em casa e tomar conta dos quatro filhos menores. Trabalhar, difícil. O poder público não oferece creche.
Vida difícil, resignação, submissão as dificuldades. Fazer o quê? Desistir?  Impossível. A vida segue acompanhada de sentimentos inditosos, de infortúnios, coitada vida, sem esperança, sem futuro.                                            
                                                             *** ***
Quem é você? A indagação desta feita é dirigida para mais um infeliz, um desventurado, de martirizada vida. Tímido, sem muitas palavras diz,
quase laconicamente: “Quem sou eu? Adianta responder? Acho que não. Sabe por quê? Porque eu sou nada.
O interpelado nada mais disse, talvez por não ter argumento, provavelmente por não se saber expressar melhor, certamente vergonha.
O sociólogo define: “É o típico brasileiro de vivência miserável, indigente de pobreza extrema”.

Gente que tem sobrevida confiada ao programa da Bolsa Família e aos favores humanitários. Vive dentro de uma coisa que não se pode dizer que se trata de um barraco, casebre, choça ou tugúrio. Trata-se mesmo veridicamente de uma coisa, feita de papelão, sustentada por restos de madeira apodrecida, localizada na periferia, nos confins de uma favela, que os antropólogos socialmente e delicadamente chama de comunidade. Lugar de perigo que está por todos os lados, de conflitos entre policiais e bandidos.  Região que tem escola, mas que muitas vezes não tem aula pela razão da professora ter sido assaltada ou o mais trágico: não há aula porque um coleguinha foi atingido por bala perdida. Na violenta comunidade - eufemismo para favela - sobrevivem os sofridos, resignados e desesperançados brasileiros. Assim de forma lastimável é a vida que segue. Esse indigente e miserável tipo de existência “você conhece”? Certamente não. Razão. Você é um privilegiado nesse mundo de miséria para uma grande maioria. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

IBGE, estimativa populacional: as 30 cidades mas populosas do RS e as mais populosas da Serra gaúcha

O modelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para projetar a população emprega metodologia desenvolvida onde se observa a tendência de crescimento populacional entre dois censos demográficos contínuos.
Dessa forma, a população de Farroupilha atualmente, conforme divulgação tem a estimativa de 68.562 habitantes, aumento de 532 (0,8%) em relação ao ano de 2014 que tinha a estimativa de 68.030 habitantes.
O censo de 2010 revelou a população farroupilhense de 63.635 habitantes, um crescimento populacional em relação a estimativa de 2015 de 4.927 habitantes, percentual de 7,2%.
Um total de 1.364 (24,5%) municípios apresentou taxas de crescimento negativas, ou seja, redução populacional de 2014 para 2015.
2.930 municípios, mais da metade (52,6%), apresentaram crescimento que variou entre 0,0% e 0,9% e 271 municípios (4,9%) apresentaram crescimento igual ou superior a 2,0%. Apenas 65 municípios apresentaram crescimento acima de 3,0%
Farroupilha é a 30ª cidade de maior população no estado, a terceira na região.
Ainda, com respeito a região, Caxias do Sul com 474.853 habitantes é 46ª cidade brasileira mais populosa, Bento Gonçalves com 113.287 habitantes é a 267ª no ranking nacional. A população brasileira projetada nesse ano é de um pouco mais de 204,5 milhões de habitantes. No Rio Grande do Sul estimada em 11 milhões e 207 mil habitantes, o quinto estado em população atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
O Rio Grande foi o estado que menos cresceu com sua população no país, taxa de 0,36.
Porto Alegre com 1.476.867 habitantes é a 10ª capital em população no país.
A região metropolitana de Porto Alegre é a quarta no país com 4.258.962 habitantes atrás de das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.


As cidades da região serrana de maior população
  Posição
Cidade
População
       1ª  
            Caxias do Sul
      474.853
       2ª
            Bento Gonçalves
       113.287
       3ª
            Farroupilha
          68.562
       4ª
            Vacaria
          64.857         
       5ª
            Canela
          42.411
       6ª
            Gramado
          34.605
       7ª
            Garibaldi
           33.131
       8ª
            Flores da Cunha
           29.196
       9ª
            Nova Prata
           25.057
      10ª
           Veranópolis
           24.686
      11ª
           S. Francisco Paula
           21.551
      12ª
            São Marcos
           21.204
      13ª
            Nova Petrópolis
           20.416
      14ª
            Antônio Prado
           13.285
      15ª
            Bom Jesus
           11.797

Os municípios de menores populações na Serra são Pinto Bandeira 2.824 habitantes; Campestre da Serra 3.392; Vila Flores 3.363; São José dos Ausentes 3.470.

Os 30 municípios gaúchos mais populosos
      Posição
              Município        
     População
           
          Porto Alegre
   1.476.867
           
          Caxias do Sul
      474.853
           
          Pelotas
      342.873
           
          Canoas
      341.343
           
          Gravataí
      272.257      
            6ª 
          Santa Maria
      276.108
           
          Viamão
      251.978
           
          Novo Hamburgo
      248.694
            9ª
          São Leopoldo
      228.370
          10ª
          Rio Grande
      207.860
          11ª
          Passo Fundo
      196.652
          12ª
          Sapucaia do Sul
      138.357
          13ª
          Uruguiana
      129.652
          14ª
          Santa Cruz do Sul
      126.084
          15ª
          Cachoeirinha
      125.975
          16ª
          Bagé
      121.749
          17ª
          Bento Gonçalves
      113.287
          18ª
          Erechim
      102.345
          19ª
          Guaiba
        99.029
          20ª
          Cachoeira do Sul
        85.712
          21ª
          Esteio
        83.984
          22ª
          Santana do Livramento
        82.968
          23ª
          Ijui 
        82.833
          24ª
         Sapiranga
        79.560
          25ª
         Santo Ângelo 
        78.976
          26ª
          Lajeado 
        78.846
          27ª
          Alegrete
        78.499
          28ª
          Santa  Rosa
         72.240
          29ª
          Venâncio Aires
         69.859
          30ª
          Farroupilha
         68.562

Os municípios brasileiros menos populosos
- O município brasileiro de menor população é Serra da Saudade (MG) estimada em 818 habitantes.
- Outros dois municípios têm população inferior a mil habitantes: Borá (SP) com 836 habitantes e Araguainha (MT) com 976 moradores.
- No Rio Grande do Sul o de menor população é de André da Rocha com 1.283 habitantes, o décimo município com menor população no país.
- Mais dois municípios gaúchos estão entre os 15 de menor população: Engenho Velho, 1.397 habitantes é o 13º e União da Serra, 1.413 habitantes, o 15º no ranking nacional.




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Evidentemente governador...evidentemente

Afirma-se que se trata da maior exposição de animais da América do Sul.
Num espaço latifundiário, onde o capitalismo está representado pelos senhores do agronegócio, são expostos animais da mais variadas espécies, porém não qualquer um, somente aqueles cotados no reino animal por sua genealogia de origem comprovada, pela mais fina linhagem hereditária, estirpes evidenciadas por pedigree.
Lá estão pequenas e engraçadinhas, espécie dos mamíferos roedores, as chinchilas. Garanhões, sempre muito bem tratados, formosos e fogosos, cavalos prontos para a reprodução e com isso a satisfação sexual de muitas éguas. Touros de registro ancestral valioso, produtores de semens de imensurável valor no mercado. Vacas portadoras de embriões de grande valia, todos também estão lá.
A animália é tratada de forma requintada, com muito carinho. O embelezamento para desfile em passarela, para exibição pública necessita de banhos preparados com ervas aromáticas, utiliza-se escovas hidratantes e luzes, cuidados exageradas que vão de encontro à livre natureza, o modo de vida liberto do animal, sem frescuras.
Todo esse desvelo custa em médio ao proprietário do animal R$ 1 mil durante o evento de nove dias, bem mais do que recebe o servidor (R$ 600,00) durante o mês.
Apesar do ambiente próprio, quase exclusivo para animais e para o público em geral, há espaço chique. Local para bandinha executar músicas e até lugar para uma dançinha, somente para autoridades, em meio aos efusivos sorrisos.
No dia seguinte, meio constrangida, a autoridade informa o parcelamento de 600 reais, sem a necessidade de uma informação tardia. Com antecedência os parcelados servidores tristemente já conheciam a medida tomada pelo governo.  
 O reino animal da exposição, privilegiado e sofisticado, tem em suas cercanias um animalesco mundo cão. Gente em vivência de pleno sacrifício, com sentimento da dignidade perdida, brios afetados, a decepção, o agastamento, a irritação por profissionalismo não reconhecido. Seres humanos parcelados por 600 reais.
Em consequência, dificuldades financeiras, tormentosas contas a pagar não se sabendo quando serão pagas. Fica para trás o aluguel, a fatura do cartão de crédito que naturalmente será pago quando o salário for completado com exorbitantes juros, há a escolha em pagar a conta da luz ou de água, as duas juntas, impossível. Tem também a parcela do empréstimo consignado, pagamento inadiável. Acabou o dinheiro, o amor próprio, trocados pela melancolia, por mágoas e ressentimentos.
Evidentemente que acabou. Evidentemente que nada pode ser feito. Então, evidentemente o que se faz? Governador, evidentemente, que conforme sua determinação nada pode ser feito para quem é parcelado. Evidentemente.
Pessoas que insistem na repetição de determinadas palavras demonstram poucos recursos de linguagem, escassez com as palavras, assim protagonizou-se o governador - desde o início de sua campanha - quando tenta entabular algum argumento.
Pode ser uma estratégia persuasiva, um recurso que se utiliza o falante na tentativa de construir seu discurso. Muitas vezes o improviso provoca a repetição de determinada palavra, no caso evidentemente.
Evidentemente que os servidores parcelados aguardam a evidente complementação de seus salários o mais depressa possível, hoje dia 11, evidentemente pela cronologia deverá ser saldada mais uma parcela.  





    

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Moisés Mendes de Zero Hora escreve sobre o coronelismo mineiro e paulista, mas se esqueceu do "generalismo" gaúcho, dos generais ditadores

O cronista Moisés Mendes em Zero Hora (30.08), escreveu: "o coronelismo mineiro misturado ao coronelismo paulista é sempre uma ameaça". Concordo inteiramente.
No entanto é bom lembrar que o "generalismo" gaúcho foi muito mais que uma ameaça, foi um fato. Generais ditadores, verdadeiro déspotas governaram o Brasil durante décadas, usurpadores do poder democrático, generais como Vargas, Costa e Silva, Médici e Geisel.
Escrevi para a sessão "Do Leitor" de Zero Hora sobre a lembrança do "generalismo" gaúcho. Nada foi publicado. Direito da editoria do jornal. Em razão disso uso esses espaço para demonstrar minha insatisfação. Entendo a imprensa conservadora gaúcha principalmente quando alguém se refere aos ditadores generais gaúchos, para preservar suas históricas figuras nada democráticas.
Talvez porque, quem sabem, democratas gaúchos tenham vergonha desse passado ditatorial.
Como carioca, sinto-me nada obrigação de lembrar o "generalismo" gaúcho.

Não dou vadio

Sou servidor público, professor da rede de ensino do estado. Um funcionário, trabalhador em educação e tenho o honrado sentimento e a consciência tranquila de sempre cumprir o meu dever, possuo dignidade profissional e dessa forma não tolero, não admito e acho até mesmo um ultraje que me qualifiquem como vadio. Sinto-me ofendido no momento em que me chamam de vagabundo, sinônimo do individuo vadio. Durante mais de 30 anos, tendo como a escola minha repartição pública, sempre tive retidão em minhas funções em todo esse tempo e se alguém tiver alguma dúvida, a minha idoneidade é comprovada pelos meus diretores e todos meus alunos. Nessas três décadas convivi no mesmo espaço de trabalho com dezenas e dezenas de colegas e decididamente nunca encontrei no magistério alguém que pudesse ser adjetivado como vadio, por serem corretos profissionais compenetrados, dedicados no cumprimento de suas obrigações.
Desde os professores, passando por simples auxiliares administrativos, até autoridades policiais e do poder judiciário, colocar o cognome de vadio é um insulto ao servidor, afronta injuriosa ao cidadão.   
Pensando bem, tem razão quem afirma existir vadios no serviço público. A prática de vadiagem por determinado grupo de servidores é comprovada, aqueles apadrinhados e apaniguados assessores nomeados por deputados que nem comparecem e até desconhecem o local de trabalho, o gabinete do chefe, o deputado Vossa Excelência e que ganham salários em dia sem qualquer parcelamento.
Refletindo mais profundamente, na verdade não se trata de vadiagem, casos assim é falta de decência, um atentado a moral, insulto ao contribuinte que paga os salários daqueles verdadeiros vadios, mais que isso, algo assim pode até incidir, conforme o Código Penal, como crime de usurpação ou estelionato.
Por ter gente que generaliza o servidor público como vadio e para evitar que haja vadiagem, com vadios efetivados no serviço público, há o pensamento tacanho, opiniões anacrônicas, teses bizarras e retrógradas de que concurso para o serviço público deveria ser extinto. Então, não haveria mais concursos, processos seletivos em que verdadeiramente o candidato ao serviço público comprova ser competente.
Se assim não for, será um deleite em forma de farra, verdadeiro deletério. O político, de acordo com os interesses eleitorais vai nomear cabos eleitorais, cupinchas, militantes partidários.
Nomeações desde o servente de serviços gerais, passando por professores e até designações de alguém para delegado da cidade e o advogado que se tornaria juiz de direito da comarca.
Certamente como consequência  estaria formado o caos organizacional de governo, a baderna do sistema. A cada novo governo, novos apaniguados, novas nomeações.
E de acordo, como agem nomeados assessores de políticos, de deputados, que não trabalham, teríamos então sim, uma infinidade de vadios.
O pensamento preconceitual de algumas pessoas coloca os professores como os mais vadios dos servidores. Pensa assim quem é analfabeto, quem nunca teve professor. Criticam a licença prêmio que é legal para qualquer servidor. Por ser beneficiar da lei, que é facultativa, não significa que o professor seja vadio. Mentira de quem diz que metade dos professores está em licença.
Mais uma informação para quem é mal informado. Afirmar que numa sala de aula de escola privada a média de alunos é 23 e o da escola pública 12 é meia verdade. Importante dizer que lá onde o Judas perdeu as botas, nos quintos dos infernos, nos cafundós, tem escolas com meia dúzia de alunos e são necessárias. Educação é para todos. Assim a média comparativa fica prejudicada.

Enfim a todos colegas ditos “vadios” a minha solidariedade.