segunda-feira, 18 de maio de 2015

"Ajuste fiscal" pilantragem

O PT renega seus princípios, sua fidelidade aos trabalhadores, com a medida provisória do governo petista denominada de “ajuste fiscal”, aprovada pelo Congresso nacional, que retira algumas garantias e outros direitos dos trabalhadores, consagrados pela legislação trabalhista. A MP, no momento de sua votação em plenário, deixou constrangidos os autênticos e ideólogos deputados petistas. A ordem veio do governo, exigência do Ministério da Fazenda (leia-se Joaquim) para que a base aliada aprovasse a medida. Exigência cumprida com muito contragosto.
Nesse episódio, quando do intróito das discussões, de aprovação ou não do “ajuste”, entre os parlamentares do PT e do PMDB, ocorre mais uma situação constrangedora. Unidos, os dois partidos aprovariam a medida. Sim, juntos votariam a favor do “ajuste”, para que nenhum dos dois isoladamente pagasse o ônus do voto a favor do governo, decepcionando a classe trabalhadora. Assim, os dois assumiram a negativa retumbância de suas votações, diante da opinião pública. Deixaram por suas inabilidades, pela obediência as ordens governamentais, em segundo plano o debate exclusivo daquilo que acabou sendo prejudicial aos trabalhadores.  
Com as medidas do “ajuste fiscal” o PT ficou igualzinho ao PSDB. O Ministro da Fazenda Joaquim Levy por sua gestão, pelo pensamento ideológico econômico se mostra autêntico tucano. Joaquim da Dilma é o Armínio Fraga do Aécio.
As políticas de austeridade, o gerenciar em busca de recursos, enfim o conjunto de medidas afamadas conhecidas pela alcunha de “ajuste fiscal”, o que é o presente do PT e o que  seria o futuro do PSDB, denotam a mesma doutrina dos princípios econômicos conservadores, em que unicamente são prejudicados os trabalhadores de carteira assinada. A incrível política de recuperação econômica neoliberal do dito Partido dos Trabalhadores é semelhante ao pensamento reacionário dos ultraconservadores do DEM. Foram oito votos dos Democratas a favor da medida provisória do governo.
Os debates na Câmara concernentes a aprovação ou não da MP se declinaram para a cretinice quando deputados tucanos com desvelo, mas de forma cínica, defenderam os direitos dos trabalhadores. Ora quem!!! Hipocrisia pela politicagem.
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Cidadão de notável saber, de reputação ilibada, de caráter sem jaça, são os princípios primordiais para se tornar um juiz do Supremo Tribunal Federal. Conferidas todas as suas atribuições, a clara devoção ao cargo, ganha a indicação da presidência da República. No tramite legal para assumir o cargo é sabatinado por 27 senadores de uma especial comissão. Perguntas e indagações por aproximadamente 13 horas com um único, esdrúxulo, desnecessário e inconveniente objetivo: se o candidato ao STF irá cumprir a lei. Obviamente responde que sim, o pior é de que alguns acham que não.
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Contrastes nesse país dos absurdos, do inusitado. Dois extremos. Ministros de tribunais superiores têm direito de até aos 75 anos desempenharem suas funções.
Há pretensão de que uma criança aos 16 anos alcance a maioridade.
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