Sei filho, tenho conhecimento de todas as dificuldades vencidas, dos obstáculos superados em sete anos de estudo. Sua persistência constante, a perseverança inabalável, a dedicação total, fatores fundamentais para alcançar os objetivos e com isso consolidar sua vocação. Desde adolescente surgiu o interesse pela Natureza, ecologia como fator preponderante de vida, preferências que denotavam sua escolha profissional. Enfim o estudo, o profissionalismo da ciência ligada aos seres vivos, da preservação ao meio ambiente, era de fato sua aptidão.
A preferência foi pela Engenharia Ambiental que tem como base o desenvolvimento sustentado e como toda engenharia o estudo da ciência da aplicação, dos princípios científicos e empíricos para fins específicos, no seu caso a relação, os problemas ambientais de forma integrada nas suas dimensões ecológica, social, econômica e tecnológica. Engenharia faz parte do campo das ciências exatas, da capacidade de expressões quantitativas, das predições precisas, dos métodos rigorosos para desenvolver conhecimentos, de testar hipóteses. A exatidão de que dois com mais dois são quatro. Por isso foi difícil você vencer as exigências de um processo, para alguém que não era adepto aos cálculos, fundamentalmente pela matemática e física.
Tudo poderia ser mais fácil se tivesses adquirido a genética de sua mãe, professora de ciências, matemática e física. Mas certamente alguma coisa sobrou dessa hereditariedade para cursar a engenharia.
Superados os desafios, em fim a formatura. E nesse país de desigualdades sociais, de injustiças vergonhosas, de distorções humanas, você é um privilegiado.
No Brasil há quase 14 milhões de analfabetos - pessoas com idade acima de 15 anos de idade que não sabem ler ou escrever. 25% da população são enquadrados como analfabetos funcionais – pessoas que tem no máximo quatro anos de estudo completo, que não desenvolveram a habilidade de compreender textos e de fazer as quatro operações matemáticas. Trata-se de um país em que somente 59 alunos entre 100 conseguem terminar o ensino fundamental. Desses, unicamente a metade, ou seja, 50% chegam ao ensino médio. Na Universidade concluem um curso superior somente 3,4% dos brasileiros. Portanto, nesse país de tantas e fundamentais diferenças, do descalabro educacional, vergonhoso e injusto, todo o brasileiro com curso superior adquiriu esse direito especial e merecido, por que teve a prerrogativa de um estudo privilegiado, algo negado lamentavelmente por exclusão a milhões de brasileiros.
Por tudo isso valeu filho, a formatura, a comemoração. És um privilegiado felizardo entre os poucos mais de 3% de brasileiros que chegam a esse grau de educação.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
O Grêmio e a irmandade
Irmandade significa a comunhão de interesses em ser administrados ou, uma comunidade de ideias comuns, uma confraria com pessoas de mesmas aptidões, uma congregação unida para decidir, uma sociedade cujos membros formam uma agremiação que pode ser esportiva, ou ainda, a fraternidade, o parentesco entre irmãos.
O Grêmio como instituição esportiva tem todos os predicados das significações acima, menos uma, a última, que o prejudicou em duas ocasiões nos seus interesses nas renovações de contratos de dois profissionais.
Fraternidade pode se considerar um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de liberdade e igualdade, embora se saiba que as pessoas se organizam em fraternidades com objetivos materiais, religiosos, sociais e etc., se irmanam para isso. Nesse aspecto a irmandade fraternal, o corporativismo de irmãos pelos objetivos materiais (dinheiro) sobrepujou qualquer princípio filosófico. Luta desigual do Grêmio diante de uma irmandade de cinco irmãos. No caso do irmão Jonas, dois defendiam seus interesses: Diego e Tiago. De forma inteligente os três deixaram o tempo passar. No momento oportuno, depois de diversas propostas aceitaram uma. A irmandade esperta se aproveitou de um contrato mal redigido pela direção gremista, em que uma clausula fixava a liberação do jogador em valores irrisórios. Condenar a irmandade por falhas de outrem? Não. Negócio é negócio. O outro irmão, Assis, esse de Ronaldinho, buscou o mercado futebolístico para saber quem pagava mais. O Grêmio esteve no páreo, junto com o Palmeiras, mas o Flamengo levou a melhor. Dizem que as propostas dos três clubes eram semelhantes. Então, porque Flamengo levou vantagem? Talvez em razão de que o representante do Milan, clube ao qual Ronaldinho estava vinculado sentiu maior garantia em receber o dinheiro da liberação em torno de 9 milhões de reais.
Quem sabe também, Ronaldinho preferiu os pagodes, as praias do Rio de Janeiro.
A verdade é de que o Flamengo apresentou um projeto a Traffic – a maior agência de marketing esportivo da América do Sul – que aceitou e ocorreu a contratação do jogador. O Grêmio perdeu uma grande oportunidade de ganhar dinheiro. Somente quando surgiu a hipótese da contratação de Ronaldinho o número de sócios aumentou em mais de três mil, afora outros possíveis negócios. A bem, ainda da verdade, como desculpa ao Grêmio o mercado carioca em termos de patrocínios tem maior vantagem nacionalmente, além do Flamengo possuir a maior torcida do país.
O Grêmio como instituição esportiva tem todos os predicados das significações acima, menos uma, a última, que o prejudicou em duas ocasiões nos seus interesses nas renovações de contratos de dois profissionais.
Fraternidade pode se considerar um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de liberdade e igualdade, embora se saiba que as pessoas se organizam em fraternidades com objetivos materiais, religiosos, sociais e etc., se irmanam para isso. Nesse aspecto a irmandade fraternal, o corporativismo de irmãos pelos objetivos materiais (dinheiro) sobrepujou qualquer princípio filosófico. Luta desigual do Grêmio diante de uma irmandade de cinco irmãos. No caso do irmão Jonas, dois defendiam seus interesses: Diego e Tiago. De forma inteligente os três deixaram o tempo passar. No momento oportuno, depois de diversas propostas aceitaram uma. A irmandade esperta se aproveitou de um contrato mal redigido pela direção gremista, em que uma clausula fixava a liberação do jogador em valores irrisórios. Condenar a irmandade por falhas de outrem? Não. Negócio é negócio. O outro irmão, Assis, esse de Ronaldinho, buscou o mercado futebolístico para saber quem pagava mais. O Grêmio esteve no páreo, junto com o Palmeiras, mas o Flamengo levou a melhor. Dizem que as propostas dos três clubes eram semelhantes. Então, porque Flamengo levou vantagem? Talvez em razão de que o representante do Milan, clube ao qual Ronaldinho estava vinculado sentiu maior garantia em receber o dinheiro da liberação em torno de 9 milhões de reais.
Quem sabe também, Ronaldinho preferiu os pagodes, as praias do Rio de Janeiro.
A verdade é de que o Flamengo apresentou um projeto a Traffic – a maior agência de marketing esportivo da América do Sul – que aceitou e ocorreu a contratação do jogador. O Grêmio perdeu uma grande oportunidade de ganhar dinheiro. Somente quando surgiu a hipótese da contratação de Ronaldinho o número de sócios aumentou em mais de três mil, afora outros possíveis negócios. A bem, ainda da verdade, como desculpa ao Grêmio o mercado carioca em termos de patrocínios tem maior vantagem nacionalmente, além do Flamengo possuir a maior torcida do país.
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