segunda-feira, 16 de maio de 2011

Osama Bin Landen

Programa de debates transmitido por um canal de televisão. São cinco os protagonistas. O assunto em pauta é a morte de Bin Laden e é através das opiniões emitidas pelos participantes que se pode ter uma idéia do pensamento das pessoas de um modo geral.
Três dos cinco personagens da discussão tem opiniões deliberadamente radicais, irredutíveis e exacerbados em seus conceitos, transparecendo com veemência ser os donos da verdade. Acreditam que a morte de Bin Laden aconteceu em nome da paz como se fosse sinônimo de violência. Não há para eles, como bem para a humanidade, de que forma foi a morte do inescrupuloso terrorista. Demonstram ser por suas atitudes e pensamentos estereótipos da ideologia fascista.
Alias deve ser esse o pensamento que predomina de modo geral na população, por força do ambiente, do desejo da humanidade - particularmente dos americanos – em ver exterminado do convívio um assassino em série.
Os dois outros participantes – um procurador e um desembargador de Justiça – sem se deixarem levar pela emoção, pela comoção do espírito de vingança, são pragmáticos de acordo com os conceitos e conformidade do Direito, entre eles os Direitos Humanos. Os dois juristas mostram a virtude moral e legal que inspira o respeito dos direitos de outrem.
Como se pode observar três participantes são irascíveis conceitualmente. Bin Laden morreu, não interessa de que forma. Os dois outros se mostram racionais de acordo com os princípios, os direitos que regem a humanidade.
O debate permite a interpretação de cada pessoa. Bin Laden, o terrorista, não se discute por suas barbáries realizadas pelo mundo. Por outro lado, um grupo de soldados, sem oferecer qualquer direito de defesa executam um ser humano.
Para alivio dos americanos Bin Laden ao que parece está morto (há controvérsias) nem para que isso acontecesse prisioneiros foram torturados na prisão de Guantánamo, entre eles um mensageiro. A civilização de um país como os Estados Unidos não vale nada, é desrespeitada em nome da vingança. A incivilidade a ela é permitida. Foi necessária a tortura porque os 25 milhões de dólares por Bin Laden morto ou vivo não resolveram. Na verdade uma delação tornaria um milionário rapidamente num cadáver.
O anuncio da morte do terrorista foi uma grandiosa festa nos Estados Unidos Espocaram foguetes, fogo de artifícios nas mais variadas matizes iluminando o céu. Parecia a comemoração pela conquista do campeonato da Liga Americana de beisebol pelos Yankees ou o título de campeão de futebol americano pelo Giants ambos de Nova York. Nunca se viu algo na comemoração da morte de alguém. A morte de Osama Bin Laden de lambuja valeu também até para conferir uma melhoria nos índices de popularidade do Obama, o Barack, que já passou a ser candidato a reeleição, pelas pesquisas agora realizadas, como favorito. Não há nada de mal um Obama morto para melhorar a vida de outro Obama. Portanto um viva ao Bin Laden por mais paradoxal possa ser.

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