segunda-feira, 8 de junho de 2015

Carla Fachim, Maria Julia Coutinho, a francesa: fantásticas

Tinha um encontro com ela toda a semana, mais especificamente domingo à noite. Linda mulher, maravilhosa modelo. Mulher de epiderme negra, de pele luzidia, espécime étnico da formosura negritude. Apresentava-se com uma calça longa preta, inflada e folgada. A blusa também preta, com detalhes em listras de cor cinza. As mangas longas e bufantes. O decote redondo permitia que se deslumbrasse no seu colo um colar branco. A palma de suas mãos com toda a brancura é o contraste profundo com a epiderme escura.  
No cenário elaborado para a modelo, além do predomínio das cores neutras, misturam-se diversas dobras coloridas de papel.
A moça dança. Os movimentos marcantes de técnica apurada, a harmonia envolvida por gestos estudados, esquematizados, determinados, sem perder a leveza e a graciosidade. A sucessão rítmica dos movimentos tem originalidade. Baseia-se na arte marcial, especificamente no caratê. Postura ereta, passos firmes, precisos e acrobáticos. A postura corporal é expressiva. Gira o corpo, gira de novo, tudo simetricamente encantador. A coreografia de passos cadenciados com a música numa sequência de movimentos bem definidos. Os braços movimentam as mãos que tentam alcançar origamis que a envolvem. Os papeizinhos de diferentes estampas coloridas parecem fugir do seu domínio. Não se sabe se a dançarina conseguiu pegá-los e nem se irá saber, em razão de que a excitante programação findou. A modelo francesa não está mais na abertura do Fantástico. Assim acabaram os meus encontros aos domingos. A relação platônica, a afeição virtual dominical, não mais existe.
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Outra protagonista televisiva a vejo quase diariamente. Pertence também a etnia negra. Exuberante em sua graciosidade, encantadora na sua brejeirice. A aparência física delgada, seu aspecto anatômico mostra a silueta esguia, fisiologicamente um tipo longilíneo. Esse conjunto exibe significativa expressão corporal. Elegante e distinta apresenta-se com um figurino da moda sem exagero. A voz dócil, serena e segura. A palavra fácil, a informação com clareza, a comunicação sem restrição. Dá sua mensagem com absoluta confiança. Tempo bom, ruim, calor, frio, pouco importa. Sempre imperturbável. A jovem jornalista é a novidade do Jornal Nacional. A moça do tempo. Cativante, simpática, com enlevo, Maria Julia Coutinho, na intimidade Maju, agrada ao telespectador, a mim especialmente.
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Outra, mais uma que vejo a noite. Loira, de feições harmoniosas, qualidade da formosura. Cabelo ondulado, longo, solto, espalhado pelos ombros, ou puxado e amarrado na nuca. Não importa o jeito. Bonito de qualquer forma. Os olhos: a cor não são se distingue. A certeza: são claros e brilhantes. Esse conjunto que tem a qualidade do que é belo, a magia do fascínio, aparece na tela televisiva. A moça de cabelos dourados surge sentada atrás de uma banca. Postura impecável, ereta e aprumada pela expressão corporal. Pose de rainha, majestade. Fala, as silabas pronunciadas sem hesitação, sem jamais tartamudear. Dicção perfeita. As palavras são ditas de forma melodiosa como o solfejar de notas musicais. Como tudo, bela voz. Trabalha no início da noite e pensar que ela trabalhou às seis horas da manhã. Insensibilidade de um diretor em esconder a bela na madrugada. Acordar cedo com o perigo de criar rugas. A beleza de um rosto assim não merece o sacrifício. Finalmente, não há Patrícia Poeta. O que existe é Carla Fachin, fascinação para o nosso deleite.     

                                                                                                                                                                    

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