Já narrei o fato nesse
espaço. Recapitulo para exemplificar, com outros fatos, o descaso no
atendimento de determinado plano de saúde.
Numa manhã de um dia de
sábado, por volta das 11 horas, no momento da travessia de uma rua, num
cruzamento, em cima da faixa de segurança, sou atingido pelo paralama dianteiro
de um automóvel na altura do tornozelo direito. Caio no asfalto, recupero-me. A
motorista do carro, muito nervosa, me socorre. Quer me levar ao hospital. Não
vejo necessidade. Sinto somente uma leve dor e peço unicamente que me leve até
minha residência. Em casa, minutos após o tornozelo incha e a dor aumenta.
Minha mulher me leva até o hospital. O
atendimento inicial é rápido num prazo de 10 minutos. O clínico de plantão verifica a extensão da
contusão. Diz que é caso para um traumatologista. Recomenda a aplicação de uma injeção para
aliviar a dor e me colocam numa cadeira de rodas na sala de espera para
aguardar os procedimentos necessários.
Nesse momento já passa um pouco mais do meio-dia. Uma hora depois sou enviado à sala de
radiologia. Raio X do local do trauma. Retorno a mesma sala e sou recomendado a
esperar pelo especialista. Por volta das três horas surge o médico com uma
indumentária esportiva colorida de belo visual. Verificada a radiografia diz
que não houve fratura, apenas uma luxação e por isso a necessidade de engessar
o pé. Recomenda, depois de uma semana, retornar ao hospital para retirar o
gesso e tchau para mim. Retorno para casa um pouco antes das quatro horas, sem
almoço, com enorme fome e amparado por muletas.
Certamente esse plano de saúde não causa nenhuma inveja ao SUS.
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Recentemente, num
domingo à tarde. Sobrinha da minha mulher queixa-se de uma irritabilidade no
olho com forte ardência. Incomoda, dói, desconforto total. Há uma pequena bolha
que deve ser a causa de tudo. Motivo de preocupação. Minha mulher a acompanha
ao posto de atendimento. A sobrinha é atendida pelo plantonista que recomenda a
consulta de um oftalmologista e para isso terá que aguardar pela busca do
especialista. Depois de quatro horas de espera ela é chamada ao reservado de
atendimento. É informado de que não foi encontrado o especialista para ser
atendida de modo necessário e imprescindível. A solução buscada foi descobrir
um oftalmologista em veraneio numa praia que por telefone indicou medicação com
a colocação de um tampão sobre o olho. Nada adiantou. A jovem paciente buscou
recurso em algum hospital com plantonista especializado, sem sucesso.
Passou uma noite de
sofrimento para somente no dia seguinte, segunda-feira, encontrar o atendimento
necessário e o diagnostico preciso.
O Pronto Atendimento
citado e buscado para a consulta registrada pertence ao mesmo plano de saúde
comentado no episódio anterior.
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Outro registro
desagradável do mesmo plano de saúde foi narrado por um parente. Consulta com
um especialista marcada para às 16h30min. Chega ao consultório no horário e
encontra a sala de espera repleta. Dirige-se à recepcionista que informa o
atraso nos atendimentos e recomenda voltar uma hora depois. Assim faz. O
paciente volta depois de hora e meia e espera mais um bom bocado de tempo.
Finalmente é atendido às 19 horas, duas horas e meia além da hora previamente
marcada. Decididamente outro exemplo de atendimento que não causa nenhuma
inveja ao SUS
É bem assim, sem mais
ou menos, pelos três fatos registrados, o atendimento do tal Plano de Saúde.