terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Plano de Saúde


Já narrei o fato nesse espaço. Recapitulo para exemplificar, com outros fatos, o descaso no atendimento de determinado plano de saúde.  
Numa manhã de um dia de sábado, por volta das 11 horas, no momento da travessia de uma rua, num cruzamento, em cima da faixa de segurança, sou atingido pelo paralama dianteiro de um automóvel na altura do tornozelo direito. Caio no asfalto, recupero-me. A motorista do carro, muito nervosa, me socorre. Quer me levar ao hospital. Não vejo necessidade. Sinto somente uma leve dor e peço unicamente que me leve até minha residência. Em casa, minutos após o tornozelo incha e a dor aumenta. Minha mulher me leva até o hospital.  O atendimento inicial é rápido num prazo de 10 minutos.  O clínico de plantão verifica a extensão da contusão.  Diz que é caso para um traumatologista.  Recomenda a aplicação de uma injeção para aliviar a dor e me colocam numa cadeira de rodas na sala de espera para aguardar os procedimentos necessários.  Nesse momento já passa um pouco mais do meio-dia.  Uma hora depois sou enviado à sala de radiologia. Raio X do local do trauma. Retorno a mesma sala e sou recomendado a esperar pelo especialista. Por volta das três horas surge o médico com uma indumentária esportiva colorida de belo visual. Verificada a radiografia diz que não houve fratura, apenas uma luxação e por isso a necessidade de engessar o pé. Recomenda, depois de uma semana, retornar ao hospital para retirar o gesso e tchau para mim. Retorno para casa um pouco antes das quatro horas, sem almoço, com enorme fome e amparado por muletas.  Certamente esse plano de saúde não causa nenhuma inveja ao SUS.
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Recentemente, num domingo à tarde. Sobrinha da minha mulher queixa-se de uma irritabilidade no olho com forte ardência. Incomoda, dói, desconforto total. Há uma pequena bolha que deve ser a causa de tudo. Motivo de preocupação. Minha mulher a acompanha ao posto de atendimento. A sobrinha é atendida pelo plantonista que recomenda a consulta de um oftalmologista e para isso terá que aguardar pela busca do especialista. Depois de quatro horas de espera ela é chamada ao reservado de atendimento. É informado de que não foi encontrado o especialista para ser atendida de modo necessário e imprescindível. A solução buscada foi descobrir um oftalmologista em veraneio numa praia que por telefone indicou medicação com a colocação de um tampão sobre o olho. Nada adiantou. A jovem paciente buscou recurso em algum hospital com plantonista especializado, sem sucesso.
Passou uma noite de sofrimento para somente no dia seguinte, segunda-feira, encontrar o atendimento necessário e o diagnostico preciso.  
O Pronto Atendimento citado e buscado para a consulta registrada pertence ao mesmo plano de saúde comentado no episódio anterior.
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Outro registro desagradável do mesmo plano de saúde foi narrado por um parente. Consulta com um especialista marcada para às 16h30min. Chega ao consultório no horário e encontra a sala de espera repleta. Dirige-se à recepcionista que informa o atraso nos atendimentos e recomenda voltar uma hora depois. Assim faz. O paciente volta depois de hora e meia e espera mais um bom bocado de tempo. Finalmente é atendido às 19 horas, duas horas e meia além da hora previamente marcada. Decididamente outro exemplo de atendimento que não causa nenhuma inveja ao SUS
É bem assim, sem mais ou menos, pelos três fatos registrados, o atendimento do tal Plano de Saúde.


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