terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ANO DE 1930, 1º de Janeiro - Feliz Ano Novo

A foto pertence ao arquivo do senhor Zilco Ornaghi (90 anos). A foto é do ano de 1930, tarde do dia 1º de janeiro, comemoração do Ano Novo, há 84 anos.Na antiga Nova Vicenza, 2º distrito de Caxias do Sul. As pessoas estão à do Café Central, depois Café América, hoje edificio Pedro Emilia no centro da cidade de Farroupilha. Somente duas pessoas não foram identificadas. As identificadas, a saber, da esquerda para a direita na foto:
O menino Vicente Farinon de boné, atrás um menino mais baixinho de boné não identificado menino não identificado. Mais atrás perto da árvore também de chapéu o Zaniol. Ainda na frente na primeira linha, o menino baixinho de chapéu Zilco Ornaghi. Atrás dele de chapéu preto o também menino Orlando De Nardi (mais tarde adulto tornou-se pai do general do exercito José Carlos De Nardi) Voltando à frente um Dalla Riva com o chapéu preto sobre a perna.A sua costa em pé com a garrafa na mão o garção Augusto. No fundo, junto a janela Antão de Jesus Batista. De retorno a linha da frente, sentado junto a mesa o Toloti. Atrás em pé, de chapéu Abel Dala Riva, ao seu lado de boné Albino Bender. Entre os dois a menina Lia filha de Ângelo Venzon Neto, dono do café. De novo na frente. Sentado junto a mesa, de chapeú, roupa clara Constantino Gomes, ao seu lado com o copo na mão, chapéu sobre a perna o Toloti. Atrás de Gomes,em pé Severo Zambon, a sua direira de chapéu escuro o negro Borges. Bem atrás junto a porta Jorge Zanata, quem está ao seu é desconhecido. Um poucoà frente de roupa escura Remigio Tartarotti. Junto a árvore o guarda-chave da VFRGS. Na frente da árvore, com suspensórios e gravatinha borboleta Angelo Venzon Neto (Joanin). Finalmente ao seu lado de boné o menino Valdomiro MIlesi, atras o Carelli.
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Jornalistas não fazem greve. Salários satisfatórios ou medo?

Classe de trabalhadores bem organizada através de eficientes e bem conduzidos sindicatos, tem a capacidade de efetivação de uma greve, caso de metalúrgicos, professores, petroleiros e motoristas de ônibus entre tantas outras categorias.
Os profissionais jornalistas são pessoas dotadas de inteligência como redatores, a facilidade da comunicação. Muitos enfrentam graves adversidades, perigosas situações, na função do jornalismo principalmente investigativo. Muito desses profissionais, aqueles do chão da sala de redação, os repórteres de rua, tem salários bem inferiores aos grandes figurões. Vejamos a base salarial mensal em tão somente três estados determinados através do chamado salário normativo, aquele fixado por sentença normativa resultante de um processo de dissidio coletivo (ações ajuizadas em Tribunal para solucionar conflitos entre partes coletivas que compõem uma relação de trabalho, patrão/trabalhador).
São Paulo: assessor de imprensa R$ 2.627,00; jornais e revistas da capital e interior (jornada de cinco horas) R$ 1.937,00; rádio e tv da capital (jornada de cinco horas) R$ 1.824,00; no interior (mesma carga horária) salários variam entre R$ 1.155,00 a R$ 1.180,00.
Rio de Janeiro: redator com carga horária de cinco horas R$ 1.205,65; repórter R$ 9876,09 também com cinco horas; redator com carga horária de sete horas R$ 1.804,16; repórter com também jornada de sete horas R$ 1.483,63.
Rio Grande do Sul: sem definição de jornada de trabalho: capital R$ 1.690,00; interior 1;425,00
Nunca se ouviu falar em greve de jornalistas. Dedução:
a) Ganham bem, satisfeitos com os salários, não há necessidade de greve
b) Tem medo de seus superiores. Os chefes de reportagem, de redação, editores que ganham bons salários e não querem se comprometer com os aqueles do chão de redação. E tem mais. Falar em greve pode ser motivo de demissão.
c) Funciona os corporativismo entre as organizações e empresas jornalísticas. Jornalista grevista pode mudar de profissão. Jamais achará emprego em rádio, jornal e televisão.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sentinela dos pampas

Quero-Quero
A figura em destaque é chamada também de tetéu, terém-terém, pertence a ordem dos charadriformes, da família dos charadriidae e que tem a denominação científica de vanellus chilensis, que habita os campos e a orla marítima.
Toda essa prosopopéia, demonstração de cabedal cientifico sobre a fauna, tudo isso desnecessário, pouco interessante para quem conhece o simplesmente quero-quero que tem esse nome popular em razão de uma derivação onomatopaica de seu grito.
Por um motivo, pela aventura envolvendo o também conhecido espanta-boiada, e o autor desse, pertinente ao vertebrado ovíparo com o corpo coberto de penas pode ser até um elogio: a capacidade de proteção dos seus domínios, a vigilância constante, o alarme ao primeiro intruso que se aproxima. Acrescente-se e por isso, é um tremendo bandidão, um ferrenho defensor de seus interesses, e também por isso, um sem-vergonha, arrogante e autoritário mau-caráter.
O alarme para quem não sabe é o grito estridulo, de som agudo e penetrante, profundamente rechinante.
Pois bem. Ano passado numa praia do Atlântico sul, caminhava pela areia, exercício que faz parte de minha atividade física. Para maior conforto e melhor equilíbrio costumo utilizar o tênis. Em determinados momentos para evitar molhar o calçado tenho que saltar por sobre pequenas correntes de água. Em alguma oportunidade se encontra um fluxo de água maior, mais largo. Impossível superá-lo com um salto. Nesse caso se busca alternativa. A cem metros da areia a estrada com uma ponte é a minha opção.
Nessa direção, a meio caminho, três meninos brincando por ali, me avisam: “Tio, cuidado com os queros-queros”. Agradeço e vou em frente. Fui mal.
Repentinamente o grito estridente, sinal de alarme de um ataque.
O bicho vem em minha direção em alta velocidade, em vôo rasante, parece um kamikaze japonês. É o macho protegendo o ninho nas imediações, na função de guardião dos filhotes, algo natural na paternidade. Pelo instinto de defesa me atiro no chão. Penso. Deus me livre, se algum esporão do bicho me atinge. Acredito, repenso que o perigo passou. Dedução errada. Lá vem outra vez o quero-quero. De novo me atiro no chão. E assim aconteceu por mais duas vezes. Tive que sair dali, como se diz, de quatro, engatinhando que nem criança.
Enquanto isso os três meninos se divertiam, riam de modo acanhado, até com algum respeito, da minha situação hilária, do meu comportamento numa conjuminância do bizarro e constrangimento.
Agora, acreditem. Nesse ano, na mesma praia, na mesma situação, sofrendo mais ataques de queros-queros e mais uma vez, em defesa de minha integridade física, outra vez me arrastando na areia, de quatro, engatinhando.
Desta vez não tinha nenhum menino, ninguém por perto para rir de minha pândega situação, das minhas vexatórias atitudes, do inusitado, do prosaico, do vulgar.
Porém, mais do que ninguém, descobri porque o quero-quero é conhecido pela alcunha de Sentinela dos Pampas, no meu caso Sentinela da Praia.
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Continuo andando por aí. A comunicação é fácil pela internet, por isso os textos são atuais. Por duas ou três semanas vou andar por mais longe, percorrer caminhos inóspitos, o desconhecido, onde gato perdeu as botas, pelos “mares nunca dantes navegados”, lugares de comunicação difícil. O meu blog: falasimpatia.blogspot.com desde a sua criação já foi visualizado milhares de vezes, mas algo muito modesto, uma micharia perto de cronistas célebres e articulistas famosos. Pois nesse blog três colunas foram as mais acessadas e na minha ausência elas serão reproduzidas nesse espaço.
Vale a oportunidade. O blog é visualizado em sua maioria por brasileiros, depois pelos americanos e na Europa acessado na Alemanha, Russia, Ucrania, Bielorúsia, Franca, Reino Unido, Polônia, Austria e por aí a fora. Até na Malásia e de Bahrein. Pois bem pelo blog  ou pelo e-mail ruschel_gomes@hotmail.com desejava ter contato com essas pessoas.     

  



   

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Eu sou assim

Eu!!! Eu também sou...
Sou caucasiano, de pele clara a morena, cabelos castanhos finos e lisos.
Sou brasileiro de descendência diversa. Por parte de avô paterno pertenço a um grupo étnico europeu de fala castelhana. Pelo lado de minha avó, também paterno, há uma porção de nacionalidade belga, da família dos Debelauprez, fronteiriços a França.
Na descendência materna predomina a raça germânica, de alguns alemães disciplinados, rígidos e arrogantes, mas de muita gente alegre das festas do oktoberfest.
Sou de coração multifacetado em termos de raça, diversificado em origens étnicas.
Já fui um rapaz, latino-americano, sem dinheiro no banco...caminhando meu caminho, como cantaria Belchior.
Sou do leste brasileiro, do Rio de Janeiro e naturalmente carioca. Faz parte da minha fala o sotaque dos “erres” carregados, ou os “esses” chiados.
Tenho saudade das praias, do por do sol entre as montanhas, pertinho da cidade.
Saudade da cidade maravilhosa. Saudade transformada em nostalgia, sem queixas, um simples de estado de espírito provocado em alguns momentos pelas reminiscências.
Recordações. Tardes de domingo no velho Maracanã  para ver o Botafogo jogar. Quem nasce na praia do Botafogo, não poderia torcer para outro time.
Na música, sem querer ser um esnobe intelectual, um sofisticado musicista, simplesmente sou um apreciador da música erudita, dos compositores clássicos e por isso, vez por outra frequentava um lugar no mezanino do glorioso e tradicional Teatro Municipal, na avenida Rio Branco, pertinho da Cinelândia, defronte a estupenda Biblioteca Nacional.
Avenida Rio Branco, perto da Praça Mauá, onde trabalhei alguns anos.
De lá vim embora. Aqui também, como agora, nessa época há um verão de dias longos, intensos, claríssimos, maravilhosos.
Em contraposição, com estoicismo, resignado, mas intrépido, no inverno enfrento a adversidade das baixas temperaturas, as maldosas e insuportáveis intempéries hibernais deixando-me entorpecido, quase em estado letárgico.  
Faz parte. Da alegria do verão a tristeza vaga, o sombrio do inverno.
Saí da cidade grande, de sua intensa movimentação passei a viver adequadamente e tranquilamente na cidade pequena. Sem magoas.
Sou filho dos anos... não sei, esquece. Mas não me esqueço que sou do período analógico e na convivência da modernidade me acostumei ao digital.
Fui um filho, criado no provincianismo, mas como pai de filhos, estou globalizado.
Sintético, não sou. Nada resumido, em síntese, nunca. Sou expansivo, às vezes exagero no prolixo, mas assim eu sou.
Tenho orgulho da coragem, do denodo dos meus ancestrais vindos da velha Europa em busca de uma vida melhor. Admiro profundamente esse espírito aventureiro.
De aventuras é também minha vida. Dos caminhos e descaminhos andados, das peripécias da infância, das vicissitudes da juventude, dos momentos periclitantes, das perdas, das vitórias obtidas entre eventuais fracassos.
Continuo lutando, buscando vencer, até um dia inapelavelmente ser vencido pelo destino certo de todos nós: a morte.  Sou assim corajoso, frio, realista.
Porém, mais do nunca, sou alegre e feliz com a vida.
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