quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Marina e a Nova Política. Será?

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) é uma agremiação política fundada sob a égide programática e doutrinária do pensamento político à esquerda, da ideologia socialista democrática. Partido de autenticidade socialista nos seus primórdios, da sua fundação, entre tantos como João Mangabeira, Sergio Buarque de Holanda, históricos, legítimos e legalizados socialistas.
Na atualidade o PSB parece fugir do seu sistema filosófico, político e econômico em que o Estado é preponderante. No momento demonstra estar inclinado ao capitalismo, ao empresariado do agronegócio, das lavouras com transgênicos, a privatização de estradas com cobrança de pedágios.
Por quais razões e motivos desconhecem-se. Porém há uma certeza nessas questões: o poder estatal, o socialismo para o bem da população perdeu para os interesses capitalistas, quem sabe por algo escuso jamais explicado.
Rede de Sustentabilidade deverá ser um partido (falta sua regularização junto a Justiça eleitoral) fundado por Marina Silva e o grupo de militância Movimento Nova Política. Trata-se de um partido que não se considera de direita ou esquerda, na verdade de forma tão solitária e individual, pode-se dizer é o partido de Marina, do qual é dona.
Nada mais comprova isso que a situação política atual. Marina é candidata a presidente pelo PSB, na vaga infausta de Eduardo Campos. No entanto, Marina sem necessitar de uma causa funesta, se o seu partido Rede Sustentabilidade tivesse sido registrado, seria ela a candidata em primeira mão, não precisando do PSB.
A regularização da agremiação tratava-se somente de uma questão pró-forma, uma formalidade para cumprir junto a legislação eleitoral, algo convencional e obrigatório em eleições, porque na verdade Marina é ela mesmo, única e personalíssima, sem precisar de partido. Marina vai ser presidente pelo PSB, por oportunismo, provocado por uma consequência trágica. Na verdade assim como o PSB, poderia ter sido qualquer outro partido, ela candidata. Ou será presidente pelo Rede?
Marina e o Movimento Nova Política, tem como objetivo, construir com mudanças políticas, culturais, sociais, éticas, humanas, renovar a sociedade brasileira, com uma nova política.
Mas, de que forma, se esses propósitos tão auspiciosos e renovadores vão de encontro as posições contraditórias da líder Marina Silva.
Observem bem, se há condições para a “nova política”.
Marina está aliada, tem candidatura proporcionada por um partido que está mais próximo do posicionamento de centro-direita, que renegou sua antiga ideologia socialista. Marina, ministra do meio ambiente, tinha como doutrina a defesa ecológica, o desmatamento para aproveitamento do agronegócio. Firmou posição contra os produtos transgênicos. Foi contrária ao tratamento médico proporcionado pelas células-tronco. Porém. mudou tudo por interesses políticos, partidários e eleitoral. Ah... a “nova política”.
Por ser evangélica era contrária a criminalização da homofobia. Como candidata fez uma revisão em relação a sua anterior posição, atendendo as lideranças partidárias: passou a apoiar a criminalização, firmou um compromisso de defesa dos direitos da população homossexual.
A “nova política” será que é assim? Muda de posicionamento a cada momento.  Recentemente a situação de apoio aos homossexuais inverteu-se. Por força de pronunciamentos, por pressão de um pastor homofobo, o texto favorecendo homossexuais foi retirado e agora é contra a criminalização pela homofobia
Pressionada Marina disse que foi um “engano”. O deputado federal Jean Wyllys, defensor da causa homossexual afirmou que a candidata mentiu e disse mais: “Marina você não merece a confiança do povo. Mentiu, enganou a todos nós”.
Momento oportuno para se indagar: essa é a maneira de se fazer a “nova política”?



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