O Partido Socialista Brasileiro (PSB) é uma agremiação
política fundada sob a égide programática e doutrinária do pensamento político
à esquerda, da ideologia socialista democrática. Partido de autenticidade
socialista nos seus primórdios, da sua fundação, entre tantos como João
Mangabeira, Sergio Buarque de Holanda, históricos, legítimos e legalizados
socialistas.
Na atualidade o PSB parece fugir do seu sistema filosófico,
político e econômico em que o Estado é preponderante. No momento demonstra
estar inclinado ao capitalismo, ao empresariado do agronegócio, das lavouras
com transgênicos, a privatização de estradas com cobrança de pedágios.
Por quais razões e motivos desconhecem-se. Porém há uma
certeza nessas questões: o poder estatal, o socialismo para o bem da população
perdeu para os interesses capitalistas, quem sabe por algo escuso jamais
explicado.
Rede de Sustentabilidade deverá ser um partido (falta sua
regularização junto a Justiça eleitoral) fundado por Marina Silva e o grupo de
militância Movimento Nova Política. Trata-se de um partido que não se considera
de direita ou esquerda, na verdade de forma tão solitária e individual, pode-se
dizer é o partido de Marina, do qual é dona.
Nada mais comprova isso que a situação política atual. Marina
é candidata a presidente pelo PSB, na vaga infausta de Eduardo Campos. No
entanto, Marina sem necessitar de uma causa funesta, se o seu partido Rede
Sustentabilidade tivesse sido registrado, seria ela a candidata em primeira
mão, não precisando do PSB.
A regularização da agremiação tratava-se somente de uma
questão pró-forma, uma formalidade para cumprir junto a legislação eleitoral,
algo convencional e obrigatório em eleições, porque na verdade Marina é ela
mesmo, única e personalíssima, sem precisar de partido. Marina vai ser
presidente pelo PSB, por oportunismo, provocado por uma consequência trágica. Na
verdade assim como o PSB, poderia ter sido qualquer outro partido, ela
candidata. Ou será presidente pelo Rede?
Marina e o Movimento Nova Política, tem como objetivo,
construir com mudanças políticas, culturais, sociais, éticas, humanas, renovar
a sociedade brasileira, com uma nova política.
Mas, de que forma, se esses propósitos tão auspiciosos e
renovadores vão de encontro as posições contraditórias da líder Marina Silva.
Observem bem, se há condições para a “nova política”.
Marina está aliada, tem candidatura proporcionada por um partido
que está mais próximo do posicionamento de centro-direita, que renegou sua
antiga ideologia socialista. Marina, ministra do meio ambiente, tinha como
doutrina a defesa ecológica, o desmatamento para aproveitamento do agronegócio.
Firmou posição contra os produtos transgênicos. Foi contrária ao tratamento
médico proporcionado pelas células-tronco. Porém. mudou tudo por interesses
políticos, partidários e eleitoral. Ah... a “nova política”.
Por ser evangélica era contrária a criminalização da
homofobia. Como candidata fez uma revisão em relação a sua anterior posição,
atendendo as lideranças partidárias: passou a apoiar a criminalização, firmou
um compromisso de defesa dos direitos da população homossexual.
A “nova política” será que é assim? Muda de posicionamento a
cada momento. Recentemente a situação de
apoio aos homossexuais inverteu-se. Por força de pronunciamentos, por pressão
de um pastor homofobo, o texto favorecendo homossexuais foi retirado e agora é
contra a criminalização pela homofobia
Pressionada Marina disse que foi um “engano”. O deputado
federal Jean Wyllys, defensor da causa homossexual afirmou que a candidata
mentiu e disse mais: “Marina você não merece a confiança do povo. Mentiu,
enganou a todos nós”.
Momento oportuno para se indagar: essa é a maneira de se
fazer a “nova política”?
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