O resultado da última eleição presidencial dividiu o Brasil em dois brasis, segundo as pronunciamentos preconceituosos, pela ira vomitada por sulistas, pela raiva insana dos residentes em São Paulo, por alopradas e revoltadas criaturas moradores no centro-oeste, contra nortistas e nordestinos. Essa turma num movimento separatista deseja que o Brasil se divida em dois. Assim, a população lá cima, junto com a do Rio de Janeiro e Minas Gerais, a população dos pobres, dos ignorantes, do Bolsa Família, formaria um novo país, República Meio Federativa do Norte e Nordeste parte do Sudeste Brasileiro (Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Presidente Dilma Roussef.
O outro país, aquele dos ricos, magnatas, inteligentes seria a República Meio Federativa do Sul, Centro-Oeste, parte do Sudeste: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Parana, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Presidente Aécio Neves.
No norte, Acre, Roraima e Rondônia votaram no PSDB mesmo assim, mas por serem nortistas, não seriam aceitos na nova República sulista.
Da mesma forma, por serem tucanos não pertenceriam a novel República Norte/Nordeste, da presidente Dilma.
Resta como solução para os três estados do Norte - Acre, Rondônia e Roraima -se anexarem respectivamente ao Peru, Bolivia e Venezuela.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Dilma mereceu ganhar, apesar da corrupção
A pessoa de pensamento racionalizado, sem qualquer preconceito, observando as últimas pesquisa realizadas, chega a conclusão, de que pelas realizações do governo da presidenta Dilma Roussef, merecia sua realização. Nas pesquisas de qualificação, de avaliação do governo Dilma, os conceitos de "ótimo e bom" variavam em torno de 40%. O conceito regular entre 30 e 35%. Mau ou péssimo avaliados em 25%. Os predicados mostram portando os bons índices de aceitação governamental da população. Dilma mereceu ganhar e poderia vencer de forma mais tranquila senão fosse o envolvimento do seu partido (PT) no rumoroso caso de corrupção na Petrobras.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Título de eleitor: "para que serve essa merda"?
Domingo, dia de eleição. Caminho em direção à seção eleitoral
onde irei cumprir o dever cívico de votar.
Num cruzamento de ruas, aguardo na calçada, junto ao meio-fio,
o sinal verde luminoso, para atravessar com segurança. Ao meu lado duas
mulheres conversam e me permitem assistir uma cena inusitada, até mesmo paradoxal,
pois ela envolve um caso sério e ao mesmo tempo hilariante. O dialogo engraçado,
mas com muita razão e proposital ao fato acontecido, começa com a primeira
mulher fazendo uma indagação à segunda.
- Vizinha já foi votar?
- Fui, mas não consegui votar
- Mas como? O que aconteceu?
Foi nesse momento, que a vizinha não votante, da explicação
ao acontecido tim-tim por tim-tim.
- Fui até ao local para votar com o título de eleitor.
Chegando lá um dos mesários me disse que para votar precisava de um documento com
fotografia. Pensei. Deram-me o título eleitor para votar e agora não serve para
nada. Fiquei indignada e revoltada. Pequei o título, mostrei e sacudi na frente
dos mesários e perguntei: então para serve essa merda?
Apesar do lado cômico, desrespeitoso é verdade, o ímpeto da
votante foi racional e sensato, resultado da incoerência eleitoral.
Sinal verde e atravesso a rua. Sigo em frente para votar,
claro com o meu título de eleitor – que também não sei qual a serventia – e evidentemente
com a cédula de identidade.
*** ***
Ana Amélia tinha plena convicção de vencer a eleição em 2014
para o governo estadual. A certeza em ganhar foi motivada pelas pesquisas.
Acabou não chegando ao segundo turno em detrimento de baixa votação em relação
a Sartori e Tarso Genro que foram para o turno final. Um dos motivos da
surpreendente votação de Satori, que se encontrava na terceira posição nas
pesquisas – já foi mencionado nesse espaço – pela escolha dos indecisos, 24
horas antes da eleição. Mas existe outro fato anterior que pode explicar a
surpreendente votação de Sartori. Na eleição de 2006, Germano Rigotto buscava a
reeleição e aparecia nas pesquisas em primeiro lugar com 29% dos votos. Em
segundo quase empatados Olívio Dutra e Yeda Crusius em torno de 22%. Surgiu
então o fenômeno denominado “voto útil”. Para evitar que Olívio chegasse ao
segundo turno o eleitorado conservador dirigiu sua votação para Yeda com a
convicção de que Rigotto estava garantido. Assim, o segundo turno da eleição seria disputado
entre os conservadores do PMDB e PSDB, ficando de fora o PT. Nessa conta de
chegar quem se deu mal foi Rigotto, que ficou fora do segundo turno prejudicado
pelo famigerado “voto útil”. A chegada de Sartori ao segundo turno pode também
ter revivido o “voto útil”. Acredito nisso pela afirmação de um cidadão.
Problema na rede hidráulica na minha casa. Chamo um
profissional para resolver. Ele verifica o que precisa fazer, me dá explicação
e tem o consentimento de realizar o trabalho. Esses profissionais, são aqueles
do tipo que gostam de entabular qualquer conversação. Entre tantos assuntos não
poderia deixar de falar, pelo momento, no processo eleitoral. Em sua fala me chamou
atenção sua escolha para votar e mais uma vez acredita-se no “voto útil”. Ele
disse: “Voto no Sartori desde o tempo em que ele era candidato a vereador, mas
desta feita, votei em Ana Amélia para prejudicar o PT”.
No fim, tal e qual a Rigotto, Ana Amélia perdeu para o “voto
útil”
*** ***
Tempo de eleição. Meu sobrinho, Rodrigo de Aguiar Gomes,
escreveu o livro “ 1989: A maior eleição da História”. O livro encontra-se à
venda na Livraria do Maneco em Caxias do Sul. Trata-se de boa leitura.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Sartori ganha no jantar
Foi assim,
bem assim. Jantar no sábado, véspera de um domingo de eleições. Eram nove
pessoas adultas - cinco homens e quatro mulheres - para um encontro de
confraternização e saborear comida preparada a partir de um cardápio trivial,
mas que não deixou de ser gostosa.
Numa ocasião
dessas as pessoas falam de tudo, joga-se conversa fora comentando qualquer
coisa não muito significativa Há muito tró-ló-ló, lero-lero e se faz divagações
pela chamada cultura inútil.
Comentários sobre
a vida dos outros: comadres, vizinhas e conhecidos. Daquele casal que
surpreendentemente separou-se. Da vida e da morte se fala. Diz-se sempre alguma
coisa sobre o passado, o presente e se faz vaticinações para o futuro. Os
filhos sempre são lembrados pelo comportamento, por suas proezas. Até mesmo os “caninis familiaris”, ou seja, a
cachorrada, ora mal falados, ora elogiados.
De repente a
conversa se torna séria e desagradável. São quatro casais, como são nove
pessoas, uma está desacompanhada.
A indagação
feita naquele momento por alguém é impertinente:
- E aí
Henrique Carlos como está a vida de solteiro, digo separado.
- Mais ou
menos. Enfrenta-se a situação, responde HC com uma fisionomia mostrando total
decepção, intensa infelicidade.
Nesse tipo
de conversa sempre tem gente mais curiosa, saber de detalhes.
- Afinal o
que houve, o motivo da separação, incompatibilidade de gênios?
Henrique
Carlos fica ruborizado, com a voz trêmula, falseada, responde:
- Não, nada
disso. Liana Margarida, me deixou porque fugiu com um pastor de uma dessas
igrejas de crentes.
A resposta
motivou total constrangimento no ambiente. Para superar o momento inoportuno
num relance alguém sugere:
- Chegou a
hora da sobremesa. Adivinhem? Pudim com leite condensado.
Superado o
importuno, existe a manifestação de outra pessoa:
- Gente,
amanhã tem eleição. Já escolheram os candidatos?
A resposta
vem unicamente quanto ao governo do estado.
Peremptoriamente
um dos presentes afirma votar em Tarso.
Outro,
decisivo em seu voto, diz votar em Sartori.
O dialogo
prossegue. Alguém diz ter uma certeza: não vota em Tarso.
Outro alguém
diz: não vota em Ana. Um quinto dialogante radicalmente afirma em não votar em
ninguém. Quatro não se manifestaram, não claramente, com aquela aparência de
indecisos.
Sem solução
eleitoral pelos circunstantes, o pudim de leite condensado foi saboreado.
*** ***
Comentários
sobre um jantar e o momento eleitoral.
Erram os
institutos de pesquisas por não esperarem o inesperado de uma noite de sábado
para o dia seguinte da eleição. A opinião das pessoas à volta do jantar se
resume ao seguinte:
Tarso um
voto, o mesmo para Sartori. Um eleitor do jantar não votaria no Tarso, o que
poderia significar voto para Ana ou Sartori. Quem disse que não votaria em Ana
poderia ter votado em Tarso ou Sartori. Observem que nas duas situações surge o
nome de Sartori.
Pelo
resultado das pesquisas se deduz que os quatro que não se manifestaram votaram
em Sartori. Como sempre quando se trata de pesquisas sempre há controvérsias.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
A primeira eleição em 1532
Nos anais da história dos processos eleitorais, no registro
de livros e compêndios escolares, estuda-se que a primeira eleição brasileira
ocorreu 32 anos após o descobrimento do Brasil, portanto no ano de 1532, há 482
anos.
Martin Afonso de Sousa, nobre e militar português, donatário,
o que significa dizer que recebia terras ou capitanias hereditárias adquiridas por
herança, fundou em 1532, no litoral paulista a vila de São Vicente e naquele
mesmo ano foram feitas as primeiras eleições do país, para a instalação de um
Conselho, na verdade a primeira Câmara de Vereadores no continente.
O exercício do voto em terras brasileiras, com os primeiros
núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos enviados da Coroa Lusitana
ocorre porque era tradição portuguesa eleger os administradores dos povoados
sob seu domínio.
As autoridades
estabeleciam eleições em dois escrutínios para a escolha dos Conselhos (Câmara
de Vereadores) das vilas, composto por um juiz ordinário; dois ou três
vereadores e por um procurador (executivo). Os mandatos eram de apenas um ano e
as eleições deveriam acontecer de três em três anos, sendo eleitos três
Conselhos, simultaneamente, a cada pleito.
As eleições eram divididas em duas etapas. Na primeira etapa
o povo que apenas tinha o direto de votar, indicava os nobres que iriam
escolher os membros dos Conselhos. Na segunda etapa os representantes da
nobreza indicados pelo povo, por voto secreto, escolhiam outros nobres,
chamados de “homens bons“, expressão ampla a ambígua que designava de fato
gente qualificada pela linhagem familiar, pela renda e propriedades, bem como
pela participação na burocracia civil e militar. Todos os predicados para ser
um “um homem bom”, melhor “um político bom”.
Muito se diz da herança maléfica da colonização portuguesa. Do
domínio da elite política, a interferência da nobreza no processo eleitoral, os
maus hábitos políticos que envolvem o poder econômico, fisiologismo, corrupção,
advindos dos portugueses.
Não é difícil, passados quase 500 anos, se fazer graus
comparativos com a realidade política de hoje. Observa-se então que desde
aqueles tempos de antanho até agora continuam os vícios na deformidade moral,
corrupção, nepotismo, fisiologismo, conluios, as relações políticas
caracterizadas por alguma vantagem a ser recebida.
Podemos estabelecer semelhanças entre outrora e o moderno.
Martim Afonso de Sousa herdou capitanias hereditárias no Brasil por ser um
português que descendia por linha bastarda do rei Afonso III de Portugal, o que
parece tratar-se de nepotismo a antiga. Naquele tempo o povo não tinha o
direito de ser votado, mas votava nos nobres, nobres que escolhiam outros
nobres para os Conselhos. Domínio da nobreza no processo eleitoral.
Nos dias de hoje troca-se somente a etimologia. O que era
antigamente a nobreza dominante hoje se trata da elite que também é dominante.
Elites do poder econômico, das eleições de currais eleitorais, como antes na
vila de São Vicente. Domínio de ricos e elitizados políticos, eleitos e aproveitadores
da massa ignara, o povo sem poder. Hoje também se encontra bastante “homens
bons” ajustados aos conceitos de antigamente, mas conceitos aplicados
atualmente com muita sutileza e em forma pejorativa, pelo que são hoje em dia
os “políticos bons”.
*** ***
Não assisto o famigerado horário político de propaganda eleitoral.
Não ouço pelo rádio, não vejo pela televisão, mas não sou um alienado na
política. Tenho motivos por assim ser: não suporto a falação aborrecida de falsas
promessas, não tolero a verborragia mentirosa. Não preciso de lero-lero algums,
de nenhum tró-ló-ló para me decidir. Tenho minha ideologia, ponto de vista
firmado: voto no partido e nos candidatos em acordo com as minhas convicções
políticas. Por falar em votar, pelo direito de liberdade de expressão, assumo:
domingo meu número é 50. Quem sabe uma utopia mas...”a ruptura só será possível
com a pressão popular, pelo voto”.
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