segunda-feira, 28 de março de 2016

Sacrilégio!!! Comungar em pecado mortal?

Sou cristão, católico apostólico romano. Religioso, estou centrado na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo.
Procuro basicamente a observância dos dez mandamentos.
Quase todos os domingos e dias santificados procuro assistir a santa missa
Creio nos dogmas da Igreja, ou seja, nas verdades da fé infalíveis e imutáveis, base da doutrina católica.
Crença adquirida pelo doutrinamento através da catequese, ensinamentos obtidos pelo aprendizado em aulas de catecismo.
Por ser católico praticante fiquei compromissado com os principais sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, matrimônio.
Sempre que posso domingos e dias santificados participo do sacrifício da santa missa
Não sou o tipo de cristão tradicional conservador e por ser assim nunca frequentei cursilhos e jamais me envolvi com movimentos carismáticos e ou de Emaús.
Conhecidos afirmam que pela maneira ser, pelo pensamento à esquerda, eu seria comunista. Trata-se de um paradoxo. Cristão não é comunista ou vice-versa.
Nessa condição, evitando o contrassenso, mas firme no pensamento progressista, de forma mais amena, digamos então que ideologicamente sou um socialista.
Assim sendo, sou simpatizante da igreja progressista, desde jovem quando no Rio de Janeiro fiz parte da Ação Católica, que tinha liderança de Dom Helder Câmara.
Além de Dom Helder, por essa ideologia, outros meus gurus: Dom Paulo Arnst, Frei Beto, Leonardo Boff.
A chamada esquerda eclesiástica desde a Ação Católica Brasileira passou por outros momentos principalmente pelo movimento da Teologia da Libertação, que determina a opção da preferência pelos pobres através das Comunidades Eclesiais de Base.
Pois bem. Na verdade essa crônica no seu texto inicial é o intróito, precípua para se chegar ao finalmente. Até onde eu quero chegar com esse texto foi essencial escrever sobre a vida pregressa cristã.
Mencionei a igreja progressista como modelo, para meu entendimento, como ideal.
Porém num aspecto especial, como finalmente a discutir o texto, sou conservador.
Chama a minha atenção há muito tempo não se encontrar mais no interior das igrejas os confessionários. Pelo jeito ninguém mais se confessa.
Aprendi pelo catecismo: pecado venial e pecado mortal. Vai comungar a necessidade da pureza, sem pecado. Cometido o pecado venial (exemplo, pregar o santo nome de Deus em vão), ato de contrição rezado, absolvido, puro. Pecado mortal (exemplo, faltar a missa ao domingo), necessidade da confissão ao sacerdote.
Faltei a missa. Busco na secretaria paroquial informação para a confissão para me redimir do pecado. Exponho para uma senhora minha pecaminosa situação. A senhora que me atende diz: “Não precisa de confissão. Arrependimento e ato de contrição”.
Informo que eu estou em pecado mortal. Ela pergunta: “Matou alguém?”.  Não, respondo. Faltei as missas. Sem qualquer resposta, de qualquer forma mantenho minhas convicções. Há muitos anos não posso usufruir do sacramento da eucaristia, por uma ideia, por um sentimento talvez retrogrado. Prefiro assim para não cometer sacrilégio.
Fato. Missa que precede ao batizado da minha neta. Momento da comunhão. Forma-se a fila para receber a hóstia consagrada. Vejo, observo. Na fileira muita gente conhecida. Conhecidos, que eu sei que somente assistem missas de casamento, batizado e ou de sétimo dia. Todos comungam. Para mim, no meu pensamento, quem sabe anacrônico, são todos sacrílegos.




  








Coxinha X Petralha

Segunda-feira. Um dia depois do domingo de manifestações públicas.
Dois amigos ocasionalmente se encontram. Tem vidas completamente diferentes, socialmente e economicamente. Amigos desde a infância em determinado bairro.
Eles têm condição e estilo de vidas inversas e como causas diferenciais as oportunidades oferecidas para estudar.
O primeiro amigo estudou. A família é possuidora de recursos financeiros confortáveis. Estudos básicos, depois graduados. O curso superior lhe deu conhecimento para prestar concurso público, ser aprovado como servidor público no governo federal.
O segundo amigo, sem qualquer preconceito, em relação ao que está escrito -  simplesmente ser segundo é por uma questão de ordem no texto - não teve ocasião favorável para os estudos imposta, claro, por circunstância financeira oposta ao primeiro amigo. Estudo... ensino fundamental e médio. O estudo mais adiantado resumiu-se a um curso profissionalizante, que oportunizou trabalho como operário na indústria metalúrgica. Sujeito tipicamente proletário.
Os amigos encontraram-se na segunda-feira. Cumprimentaram-se. Troca de gentilezas. Como vai? Como está? Lembranças rápidas. Em seguida início de um diálogo que envolve os acontecimentos do dia anterior, domingo.
A conversa começa pelo p­rimeiro amigo.
- Estou em plena ressaca.
O segundo amigo replica com ironia.
- Andou bebendo “umas e outras” e pelo seu estilo de vida deve ter sido um porre de whisky importado.
- Não, nada disso. A minha ressaca é por aquela manifestação democrática contra o estado de coisas que passa o país.   
- Amigo, não leva a mal. Não estou sabendo de coisa nenhuma.
O amigo, o primeiro, ficou aparvalhado com a “ignorância” do amigo segundo.­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
- Você não anda pelas ruas? Não observou nenhuma movimentação diferente?
De fato o amigo não viu nada que lhe pudesse chamar a atenção. Mora numa rua num bairro da periferia.
- Não, não vi nada. Onde moro foi mais um domingo modorrento igual a tantos outros. Tudo acontece igualzinho. Eu por exemplo. Vou até a lanchonete antes do almoço. Lá enquanto converso com os amigos, num martelinho bebo um “rabo de galo”. Vou para casa, preparo o churrasquinho para família. Assim, não vi nenhuma passeata.
- Churrasquinho, nada mal. Comer uma boa picanha num domingo é bem legal.
- Amigo... picanha coisa nenhuma. Fui ao supermercado e comprei numa promoção coxinhas de galinhas. Churrasquinho baratinho. Bem assadinhas as coxinhas estavam saborosas. Com apetite, com tremenda fome devorei as coxinhas.
- Pois bem. No seu bairro nada aconteceu de diferente. Mas você não houve rádio?
- Claro que ouço. Adoro escutar aquelas bandinhas alemãs na rádio Imperial.
- Você não é analfabeto. Deve ler jornal.
- Sim, como não. Acompanho sempre o noticiário esportivo e policial.
- E televisão. Não vê televisão?
- Quem é que não vê. Evidentemente que assisto. Domingo por exemplo. Vi o jogo do Internacional e depois, em seguida, assisti o programa do Silvio Santos.
O papo terminou. Despediram-se. Lembranças. Abraços.
No dialogo observa-se claramente o posicionamento político do primeiro amigo, conservador, à direita, ou seja, conhecido coxinha.
Quanto ao segundo amigo não se pode definir seu posicionamento ideológico por suas palavras com um viés de ironia, dúbias,  por um pensamento enigmático.
Pode ser um petralha dissimulado, ou simplesmente um alienado político social.  




quarta-feira, 23 de março de 2016

Manifestação elitizada da direita reacionária

Segunda-feira. Um dia depois do domingo de manifestações públicas.
Dois amigos ocasionalmente se encontram. Tem vidas completamente diferentes, socialmente e economicamente. Amigos desde a infância em determinado bairro.
Eles têm condição e estilo de vidas inversas e como causas diferenciais as oportunidades oferecidas para estudar.
O primeiro amigo estudou. A família é possuidora de recursos financeiros confortáveis. Estudos básicos, depois graduados. O curso superior lhe deu conhecimento para prestar concurso público, ser aprovado como servidor público no governo federal.
O segundo amigo, sem qualquer preconceito, em relação ao que está escrito -  simplesmente ser segundo é por uma questão de ordem no texto - não teve ocasião favorável para os estudos imposta, claro, por circunstância financeira oposta ao primeiro amigo. Estudo... ensino fundamental e médio. O estudo mais adiantado resumiu-se a um curso profissionalizante, que oportunizou trabalho como operário na indústria metalúrgica. Sujeito tipicamente proletário.
Os amigos encontraram-se na segunda-feira. Cumprimentaram-se. Troca de gentilezas. Como vai? Como está? Lembranças rápidas. Em seguida início de um diálogo que envolve os acontecimentos do dia anterior, domingo.
A conversa começa pelo p­rimeiro amigo.
- Estou em plena ressaca.
O segundo amigo replica com ironia.
- Andou bebendo “umas e outras” e pelo seu estilo de vida deve ter sido um porre de whisky importado.
- Não, nada disso. A minha ressaca é por aquela manifestação democrática contra o estado de coisas que passa o país.   
- Amigo, não leva a mal. Não estou sabendo de coisa nenhuma.
O amigo, o primeiro, ficou aparvalhado com a “ignorância” do amigo segundo.­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
- Você não anda pelas ruas? Não observou nenhuma movimentação diferente?
De fato o amigo não viu nada que lhe pudesse chamar a atenção. Mora numa rua num bairro da periferia.
- Não, não vi nada. Onde moro foi mais um domingo modorrento igual a tantos outros. Tudo acontece igualzinho. Eu por exemplo. Vou até a lanchonete antes do almoço. Lá enquanto converso com os amigos, num martelinho bebo um “rabo de galo”. Vou para casa, preparo o churrasquinho para família. Assim, não vi nenhuma passeata.
- Churrasquinho, nada mal. Comer uma boa picanha num domingo é bem legal.
- Amigo... picanha coisa nenhuma. Fui ao supermercado e comprei numa promoção coxinhas de galinhas. Churrasquinho baratinho. Bem assadinhas as coxinhas estavam saborosas. Com apetite, com tremenda fome devorei as coxinhas.
- Pois bem. No seu bairro nada aconteceu de diferente. Mas você não houve rádio?
- Claro que ouço. Adoro escutar aquelas bandinhas alemãs na rádio Imperial.
- Você não é analfabeto. Deve ler jornal.
- Sim, como não. Acompanho sempre o noticiário esportivo e policial.
- E televisão. Não vê televisão?
- Quem é que não vê. Evidentemente que assisto. Domingo por exemplo. Vi o jogo do Internacional e depois, em seguida, assisti o programa do Silvio Santos.
O papo terminou. Despediram-se. Lembranças. Abraços.
No dialogo observa-se claramente o posicionamento político do primeiro amigo, conservador, à direita, ou seja, conhecido coxinha.
Quanto ao segundo amigo não se pode definir seu posicionamento ideológico por suas palavras com um viés de ironia, dúbias,  por um pensamento enigmático.
Pode ser um petralha dissimulado, ou simplesmente um alienado político social.