Em certa ocasião, um nome próprio não usual, me chamou
atenção, Têmis. Na época não havia o sabe tudo Google. A curiosidade a ser satisfeita
foi por intermédio de enciclopédia. Então lá encontro: Thémis, no grego,
trata-se de uma divindade mitológica, deusa dos juramentos, dos homens e da
lei. Deusa da Justiça e ordem.
A imagem da Justiça brasileira é representada pela escultura
de Têmis na frente do prédio do STF. Na iconografia há três elementos tradicionais.
Lá está Têmis com os olhos vendados para indicar imparcialidade, empunha a
balança, imóvel e nivelada, denotando equilíbrio, segura a espada para
demonstrar o poder da Justiça.
Imparcialidade, equilíbrio e poder não estão sendo significativos
no STF. Há claramente decisões políticas, determinações em que resplandece a
ostentação e fatuidade. Um placar de 6x0 (Renan Calheiros não pode assumir a
presidência da Republica por ser réu), quando tudo parece decidido, um ministro
pede vistas ao que parece para proteger Renan. Outro ministro, em represália ao
colega, concede liminar para a mesma questão. Outro ministro com jeito de
tucano e exibicionista é protagonista no jogo de vaidades.
As patacoadas do Supremo, a jactância de alguns ministros,
estão em desacordo com os símbolos da Justiça. A espada do poder, nada
significa diante da insolência desafiadora e desobediente de Renan Calheiros
não atendendo uma intimação judicial. Certamente a balança balançou, perdeu o
nível, ficou desequilibrada. Por tudo isso Têmis está com os olhos vendados por
vergonha ou para não enxergar a cara de Renan.
Essa encrenca entre os três poderes (executivo, legislativo e
judiciário), pode dar motivo aos 30 aloprados tresloucados a quebrar portas,
invadir a Câmara dos Deputados, bagunçar, provocar baderna em nome do
fechamento do Congresso, do retorno do militares e Bolsanaro para presidente. É
preciso muita calma numa hora dessas.
*** ***
Excelente o artigo de Paulo Afonso Schneider (O Farroupilha,
2 de dezembro). Descreveu a Cuba de Fidel Castro pela pujança na educação,
saúde e lidas esportivas. Faltou falar sobre a música esplendorosa cubana.
Da salsa, rumba, chan chan, da maravilha musical do Buena
Vista Social Club, de artistas como Ibrahim Ferre, Company Segundo Omara.
Consternados milhares de cubanos acompanharam os atos
fúnebres de Fidel. Não longe dali, em continente americano, Miami, cubanos
(seriam mesmo ou americanizados) vibravam, plena alegria pela morte de Fidel.
Muito deles provavelmente perderam tudo quando o déspota Fulgêncio Batista derrotado
fugiu de Cuba. Gente que ganhava dinheiro com o dinheiro sujo de americanos da máfia,
cassinos e pelos prostíbulos servindo de locais para a degradante prostituição.
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Essa semana radialista de uma rádio de Chapecó falando sobre
o trágico acidente da Chapecoense em que um colega faleceu, disse:
“ 48 minutos do segundo tempo, três minutos de acréscimo o
goleiro Danilo faz sensacional defesa. Defesa que deu a classificação a final
da competição sul-americana. Se não acontecesse a defesa, aconteceria o gol adversário, a
desclassificação e não aconteceria a tragédia”. Ironia do destino.
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