Tratava-se
de uma invicta seleção. Time que mantinha uma autêntica invencibilidade. Nunca,
jamais, em tempo algum fora vencido. Sempre saíra vitorioso em seus embates,
significando que nem um empate poderia deslustrar suas campanhas de pleno
sucesso, de triunfos memoráveis.
Time
multinacional que sempre vencia em campos brasileiros, sul-americanos e
africanos.
Por todo seu
poderio, pela maneira de jogar, digamos de mover-se, de executar, de operar, se
diria de sua participação forma institucionalizada.
Sua cota de
participação em qualquer jogo era um verdadeiro empreendimento de muito
dinheiro, em reais ou dólares.
Mas valia a
pena esse investimento. Ninguém perdia. O retorno financeiro era altamente
satisfatório para quem contratava, melhor, fazia negócio com a seleção.
A seleção
era conhecida como Associação Amigos Unidos pela Corrupção (AAUC), faturava de
modo espetacular. Vencia a todos, qualquer um. Os times dos políticos,
governantes, empresários. Não escapava ninguém. Aquele que tinha algum dinheiro
convertia em muito mais dinheiro.
O que
chamava a atenção na atuação da AAUC era de que seu jogo era confuso, embora
tivesse excelente organização por parte de sua direção especializada.
O mau jogo, a sua condição de ganhar todos os
jogos, chamou a atenção de um juiz, não o de campo, mas de um tribunal.
Investiga
daqui, dali e dacolá, graves depoimentos são registrados e muitos deles
transformaram-se em delações. Ai os jogos acabaram..
Descobriu-se
que jogadores, árbitros, possíveis times como fieis adversários, eram
comprados. Conforme mencionado havia um departamento técnico conhecido como o
da propina, verdadeiro artífice das mentirosas vitórias.
Enganador sucesso
transformou-se em verdadeira bandalheira. Caiu a máscara de suposta gente
decente. Os salafrários, bandalhos apareceram. A canalhice fora exposta, a
corrupção descoberta.
O jogo
acabou. A primeira derrota implacável e final da AAUC.
*** ***
A seleção
brasileira da AAUC tinha gente importante envolvida na depravação institucionalizada,
todos conhecidos por apelidos.
Na lateral
direita tinha o CAJU. Mas Caju “avançava” demais e queria “bicho” extra ele que
já tinha demais, coisa de tinha 19,9 milhões de reais. Perdeu a posição, mas
não dinheiro.
Mais gente
do dinheiro, de 5,8 milhões, como o Babel. Além da grana queria um apartamento.
Seu irmão Bitelo de 1 milhão, zagueiro, falhava muito, gols aconteciam,
favorecia quem poderia ser um adversário.
No meio de
campo um jogador, o Caranguejo, muito caro, valendo 7 milhões de reais. Verdadeiro
líder fazia o meio de campo. Tinha apoio dos companheiros. De repente se de mal.
Já não jogava nada. Sumiu da AAUC. Foi jogar num time de Curitiba.
O Gripado,
valendo 1 milhão pouco jogava, tinha a desculpa da gripe. O Gremista, outro
valorizado de 1,3 milhão, era um lateral da esquerda, não marcava. Jogava mais
de ala, avançava muito. Tinha também o Botafogo. Valia 100 mil reais. Não
jogava nada.
Na seleção,
entre titulares e reservas havia corruptos...não jogadores, como Todo Feio,
quem o conhece sabe porque, Campari, chegado num “trago”, o Boca-Mole, Moleza
Velhinho, Missa, Índio e tantos outros.
A seleção
tinha madrinha: a Feia
Os
dirigentes da seleção eram o Primo e o Gato Angorá
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