domingo, 1 de janeiro de 2017

Omran: símbolo da desgraça humana

Omran: símbolo da desgraça humana
A imagem do menino sírio Omran de quatro anos percorreu o mundo simbolizando a sórdida estupidez humana impressionando pelo seu aspecto brutal. A fisionomia triste, o olhar atônito e inocente, perdido sem entender toda aquela ferocidade proporcionada pelo homem. Não chora. Seu silêncio é perturbador. O corpo ensangüentado, cheio de poeira, figura de um trapo humano, a configuração do suplicio de Tântalo, com aquele sofrimento, aquela dor tortuosa que deseja unicamente alcançar algo: fugir daquela punição infernal, da qual não tem culpa alguma.
Teve sorte. Escapou com vida durante um bombardeio noturno. Seu irmão, infeliz parceiro da maldade, de forma infausta não sobreviveu.
Outra imagem. Chocante vídeo causa mais comoção. Sensação a mais do infortúnio, da miséria humana, em Aleppo. Angustiosa e desditosa, a cena revela as infinitas possibilidades criminosas de morrer, consequência de uma hedionda luta pelo poder. São 47 crianças num orfanato quase destruído que pedem clemência, imploram por ajuda para que as retirem daquela carnificina. Os pais foram exterminados na cruel mortandade com mais quase outras 500 mil almas.
Isso tudo aconteceu no Ano da Graça, da Era Cristã de 2016.
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Na tragédia grega de Édipo Rei, de Sófocles, o personagem trágico Édipo tenta fugir de seu terrível destino que para seu infortúnio se cumprirá inexoravelmente, não há como fugir.
Dentro do avião da Lamia, transportando a delegação da A.A. Chapecoense havia 71 “edipos” implacavelmente condenados pela estúpida e incompreensível ganância do homem. Por um desígnio do destino seis “edipos” salvaram-se da horrorosa fatalidade.       
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A seleção do ano da corrupção pelas alcunhas e os nomes verdadeiros: titulares: Justiça (Calheiros) Caju (Jucá), Babel (Gedel), Bitelo (Lucio Vieira), Corredor (Duarte Nogueira), Caranguejo (Cunha), Gremista (Marco Cunha), Gripado (José Agripino), Campari (Gim Argello), Piqui (Ciro Nogueira), Comuna (Daniel Almeida).
Reservas: Ferrari (Delcidio do Amaral), Decrépito (Paes Landim), Botafogo (Rodrigo Maia), Moleza (Jutahy Magalhães), Velhinho (Francisco Dornelles), Missa (José Carlos Aleluia), Boca Mole (Heraclito Fortes), Indio (Eunicio Oliveira), Feia (Lidice da Mata), Kimono (Artur Virgilio), Polo (Jaques Wagner), Las Vegas (Anderson Dornelles), Tuca (Arthur Maia)  e MIsericordia (Antonio Brito)
Treinador: Mordomo da Casa do Terror (Michel Temer)
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Faleceu D. Paulo Evaristo Arns, junto com D. Helder Câmara papas da Igreja Progressista, das Comunidades de Bases. Santos dos Direitos Humanos, da plena Liberdade.
 

    


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