terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Gigantes, homens dos pés grande

Para chegar à beleza de Capillas de Marmol, se utiliza como condução, pequenos barcos, com no máximo oito pessoas. O passeio tem a duração de um pouco mais de 50 minutos.
Retorno,  os 150 km de estrada de chão batido, em tempo de três horas, com o motorista chileno Sergio na dirigindo o veículo,  “dando pau”, de volta a pequena Chico Chile.
Do Chile para a Argentina. Mais uma passagem pela aduana, realizando-se os procedimentos indispensáveis. Todos, um por um, num balcão, identificando-se com documentos.
Mencionado anteriormente o Glaciar Perito Moreno merece consideração maior pela esplendida beleza. De El Calafate, percorrendo 80 km, andamos e deslumbramos bela paisagem. Contornamos o Lago Argentino encontrando o imponente Parque Nacional Los Glaciares (glaciares são grandes blocos de neve transformados em gelo e acumulados ao logo dos anos), com suas espetaculares geleiras.O Glaciar Perito  Moreno, tem 5 km de largura, 60 metros de altura, uma extensão de 35 km, que junto com outras 355 geleiras alcançam 170 km.  A maior geleira em extensão horizontal do mundo.
Visão  grandiosa e espetacular. O sol resplandece na geleira com muita luz e brilho, refletido nas águas do lago que colore com um azul turquesa brilhante, formando belo caleidoscópio.
 Admira-se essa extraordinária natureza pelo lado sul a bordo de um catamarã. Com uma hora de navegação pelo lago, chega-se próximo a beleza que a natureza nos oferece. Navega-se entre blocos de gelo, por esse motivo um barco, tipo rebocador, vai espalhando os blocos de gelo para que o catamarã possa navegar tranqüilo, sem surpresas. A bordo notam-se turistas italianos, japoneses, alemães  e de outras nacionalidades,  afinal estamos vendo, dizem, a oitava maravilha do mundo. A guia dá detalhes dos glaciares em espanhol e inglês.
Contemplado esse universo maravilhoso em navegação, por estrada, chega-se a outro ponto para  observar os glaciares, as passarelas, em número  de cinco andares,que  iniciam em um ponto mais alto até quase o nível das águas do lago e das plataformas a observação fica mais próxima.  A formosura continua brilhante, mas com detalhes. Em determinados momentos outro espetáculo acontece quando blocos de gelo se desprendem das geleiras provocando  na queda forte barulho, mas pelo espetáculo, nada assustador. Trata-se de uma ressonância suave pelo som do que é belo. Dali  segue-se pela Rota Nacional 40, são percorridoa 25 km de estrada de chão batido até o lugar denominado Cueva de  La Manos e onde se encontra  um sitio arquelógico entre cânions com representações artísticas pré-históricas, prática de povos seminômades  primitivos sul-americanos que ali viveram entre 1.500 a 10.000 anos atrás. Com tintas provenientes da flora local, estampavam a palma das mãos nas paredes, suas marcas.
Para chegar ao local desloca-se a pé por uma descida de 800 metros entre cânions, usando uma passarela segura.  
Depois desse conhecimento histórico o caminho é Bariloche. Ativa cidade (170.000 habitantes), turística  no verão ou inverno. Nesse período de veraneio neve  somente nos Andes. Mas Bariloche não perde seu encanto. Do Cerro Campanário se observa,  por todos os ângulos,uma beleza majestosa, constituída por diversos lagos e um conjunto de plantas  exuberantes da região.
Para chegar ao alto  leva-se sete minutos, a condução é o teleférico. Há ainda na região outro cerro, o  Catedral, mais alto, montanhoso, aberto somente no inverno para a prática do esqui.
 Retorno. Valeu. Afinal visitamos a terra dos gigantes, dos homens de pés grandes, a Patagônia, o segundo maior ponto turístico do mundo depois de Paris, assim afirmam os argentinos. 


Conta, conta, conta, recanta

Conta: substantivo feminino. Pode ser adjetivada por inúmeras formas.
Conta pode ser uma operação aritmética, como o ato ou efeito de contar, de calcular.
Posso somar, dividir, subtrair, multiplicar, que chegarei a um resultado. A conta está feita.
Conta-se dinheiro. Que ótimo.
Na contabilidade, claro, há a conta contábil, que afinal é efeito de contar, de avaliar uma quantidade, de fazer a conta dos lucros ou prejuízos.
Assim se contabiliza as contas a pagar e que são muitas no saldo de contas.
É nessa prestação de contas que explicações são necessárias.
Por essa razão é sempre de bom alvitre ter cuidado em fazer as contas.
Contar todas as despesas, saber o quanto gastou, para não passar das contas.
Pensando nisso estou contando com você para me ajudar.
Hei... Cadê o papel em que anotei aquela conta
Necessidade é ter uma conta aberta, por exemplo, uma conta bancária onde existe necessariamente a conta corrente que apresenta vez por outra o indesejável débito que é a maneira de informar que a conta está no negativo.
Nem todo mundo tem uma conta bancária, são os sem conta.
Tem muita gente que não se dá conta, que não tem conta.
Conta mais que eu quero ouvir, conta alguma coisa senão posso até ficar por conta.
Sei lá...Pode ser até uma história, como sempre, aquela de faz de conta.
Sim, eu sei. Tem a conta dos anos de vida, da existência terrena, em que todos querem chegar a conta centenária.
Tem aquela questão de alguém tomar satisfações com alguém outro, ou seja, fazer um ajuste de contas.
Dar conta de ser capaz de cumprir, executar, responsabilizar-se, enfim se dar conta de uma tarefa.
Se não tiver condições de realizar o encargo passe a outrem a tarefa e pague devidamente a conta.
O crime foi motivado pela vingança, um acerto de contas.
Por esse assassinato o criminoso teve que prestar contas a Justiça, foi quando percebeu, notou, se deu conta da besteira que fez.
Às vezes a gente fica por conta, bravo e furioso, com alguma coisa.
E não adianta fazer de conta, fingir de que nada aconteceu.
E ainda mais imputar a conta, atribuir à alguém o acontecimento.
Desgosto é o empregado despedido, passar no departamento pessoal para fazer o acerto de contas.
Professor tem uma conta longa para receber; o 13º salário. Conta de 1 ano, 12 meses ou 365 dias.
Conta mais longa ainda são as contas do Santo Rosário que era composto por 165 contas correspondendo a 15 dezenas de Ave-Marias e 15 Pai-Nossos. O Rosário passou a ser o Terço , a terça parte das contas. Assim ele é formado por 6 contas grandes e 53 pequenas.
Trabalho feito. Dei conta do recado, pode contar.
Agora, afinal de contas, conta um conto. Lindo...Reconta.
                                                   *** ***
Verão, a melhor estação do ano. Vou andar por ai. Acredite vou ao frio da Patagonia, à Ushuaia, a cidade do fim do mundo.




  




Chegada a Ushuaia

A estrada a percorrer, excelente, é de 650 km a até a próxima parada a cidade de Ushuaia, 85 mil habitantes, capital da província de Tierra de Fuego. Nossa estada é três dias, tempo para conhecer a cidade do fim do mundo. Logo pela manhã uma condução, com uma guia (Paola), nos levou a conhecer mais um espetáculo da natureza. Uma vasta área. arborizada e um imenso lago de água límpida e colorida. Em pouco menos de duas admira-se o lindo panorama e se conhece um museu. Dali o caminho é conhecer a estrada de ferro do fim do mundo. A estrada tem 25 km de extensão. Servia para transporte de presidiários que tinham como tarefa  o corte de lenha para a população. Hoje do trajeto são percorridos sete quilômetros em locomotivas  e vagões coloridos e confortáveis. O passeio tem a duração de aproximadamente uma hora. Mais um deslumbrante panorama. Uma guia, numa perfeita dicção em espanhol, português  e inglês (gravações) relata para os turistas dos quatro vagões a reboque da Maria Fumaça a história dos primeiros habitantes e detalhes da vegetação e da vida primitiva dos presidiários.
No dia seguinte o passeio se faz de flat boat a partir do cais da bahia de Ushuaia, onde se nota a beleza da cidade de prédios coloridos, cercada por montanhas. O passeio dura três horas com ventos fortes e temperatura baixa. Navegamos  pelo Canal Beagle, em suas ilhas  se encontram centenas de pássaros e lobos marinhos. A embarcação circunda  a ilha onde está o farol do mundo
Nosso destino é a cidade de Puerto Natales (Chile) para conhecer o Parque Nacional Torres del Paine. Para chegar até lá, fazemos uma caminhada, respirando o ar puro, tomando contato com a natureza linda e exuberante. Atravessamos uma pinguela que permite a passagem de apenas seis pessoas de cada vez, usada para atravessar um caudaloso rio.
Novo destino nos aguarda no dia seguinte. Nos dirigimos para a vila El Calafate a beira do Lago Argentino. O nome da cidade se deve a um arbusto que sobrevive nessas paragens, cuja frutinha é utilizada para os mais diversos fins grastronômicos, da geléia ao licor.  A cidade serve como ponto de partida para visitar o principal símbolo natural da região, o Glaciar Perito Moreno, que está localizado no Parque Nacional dos Glaciares.
Passando por Los Antiguos(Argentina) chegamos a Chile-Chico( Chile), com aproximadamente  cinco mil habitantes, rumo a um grande espetáculo natural, construído pela força das águas atuando sobre rochas por milhares de anos,  Capillas de Marmol.
O deslocamento difícil  de 150 km, através de estrada de chão bastante sinuosa,  se tornou insignificante diante da beleza e da majestade do que foi apreciado: As várias cavernas com até 30 metros de extensão, esculpidas pela água em grandes formações de mármore maciço, segundo o guia, ao  visualizar  as manchas nas pedras podemos ter uma ideia da sua idade. Quanto mais brancas, mais antigas. Aí estava o trabalho da natureza de milhões de anos.



A estrada a percorrer, excelente, é de 650 km a até a próxima parada a cidade de Ushuaia, 85 mil habitantes, capital da província de Tierra de Fuego. Nossa estada é três dias, tempo para conhecer a cidade do fim do mundo. Logo pela manhã uma condução, com uma guia (Paola), nos levou a conhecer mais um espetáculo da natureza. Uma vasta área. arborizada e um imenso lago de água límpida e colorida. Em pouco menos de duas admira-se o lindo panorama e se conhece um museu. Dali o caminho é conhecer a estrada de ferro do fim do mundo. A estrada tem 25 km de extensão. Servia para transporte de presidiários que tinham como tarefa  o corte de lenha para a população. Hoje do trajeto são percorridos sete quilômetros em locomotivas  e vagões coloridos e confortáveis. O passeio tem a duração de aproximadamente uma hora. Mais um deslumbrante panorama. Uma guia, numa perfeita dicção em espanhol, português  e inglês (gravações) relata para os turistas dos quatro vagões a reboque da Maria Fumaça a história dos primeiros habitantes e detalhes da vegetação e da vida primitiva dos presidiários.
No dia seguinte o passeio se faz de flat boat a partir do cais da bahia de Ushuaia, onde se nota a beleza da cidade de prédios coloridos, cercada por montanhas. O passeio dura três horas com ventos fortes e temperatura baixa. Navegamos  pelo Canal Beagle, em suas ilhas  se encontram centenas de pássaros e lobos marinhos. A embarcação circunda  a ilha onde está o farol do mundo
Nosso destino é a cidade de Puerto Natales (Chile) para conhecer o Parque Nacional Torres del Paine. Para chegar até lá, fazemos uma caminhada, respirando o ar puro, tomando contato com a natureza linda e exuberante. Atravessamos uma pinguela que permite a passagem de apenas seis pessoas de cada vez, usada para atravessar um caudaloso rio.
Novo destino nos aguarda no dia seguinte. Nos dirigimos para a vila El Calafate a beira do Lago Argentino. O nome da cidade se deve a um arbusto que sobrevive nessas paragens, cuja frutinha é utilizada para os mais diversos fins grastronômicos, da geléia ao licor.  A cidade serve como ponto de partida para visitar o principal símbolo natural da região, o Glaciar Perito Moreno, que está localizado no Parque Nacional dos Glaciares.
Passando por Los Antiguos(Argentina) chegamos a Chile-Chico( Chile), com aproximadamente  cinco mil habitantes, rumo a um grande espetáculo natural, construído pela força das águas atuando sobre rochas por milhares de anos,  Capillas de Marmol.
O deslocamento difícil  de 150 km, através de estrada de chão bastante sinuosa,  se tornou insignificante diante da beleza e da majestade do que foi apreciado: As várias cavernas com até 30 metros de extensão, esculpidas pela água em grandes formações de mármore maciço, segundo o guia, ao  visualizar  as manchas nas pedras podemos ter uma ideia da sua idade. Quanto mais brancas, mais antigas. Aí estava o trabalho da natureza de milhões de anos.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Viagem ao fica mundo; Ushuia

A viagem é via terrestre em confortável ônibus leito. Dirijo-me com minha mulher, junto com divertida turma de farroupilhenses, detalhe: quatro homens e um bando de mulheres, à cidade de Ushuaia, na Patagônia, conhecida por sua localização como aquela que fica no fim do mundo.
Primeira etapa. Aduana na divisão do Brasil, cidade de São Borja, com a Argentina, cidade de São Tomé. Enquanto se aguarda a liberação para ingresso em solo argentino, observo no outro lado, intensa movimentação. São mais de uma centena de argentinos, em fila, aguardando o mesmo procedimento junto a alfândega brasileira para aproveitarem as praias catarinense.
Autorizados, Dalí o rumo é Buenos Aires. Na capital portenha, chuvisca, temperatura acima de 30 graus. 24 horas de estada, tempo o suficiente para me dirigir a determinado local. Na primeira vez em Buenos Aires realizei o tradicional e manjado circuito turístico oferecido. Conhecer o decrépito estádio do Boca Juniors, a antiquada La Bombonera, que vive do passado, muito menos uma visita tétrica ao cemitério da Ricoleta, reflexo da senilidade de tradicionais famílias argentinas,de uma aristocracia que agora é passado ou então na Plaza de Maio e ver o obelisco na 4 de julho.
O determinado local é o tradicional e centenário o Café Tortoni. Ali é Indispensável saborear gostoso café. Num canto, ao fundo, situam-se imagens de figuras famosas e inesquecíveis: Jorge Luis Borges, Carlos Gardel e Afonsina Storni. No Tortoni a satisfação de reviver glorioso passado.Do passado ao presente. Conheci o moderno bairro de  Puerto Madero, que surgiu devido a decadência do antigo porto.
Parte do porto dividiu-se e transformou-se. De um lado, numa das margens, a lembrança, os resquícios da movimentação portuária do passado: armazéns  e guindastes.
Do outro lado, o que era degenerado, modificou-se. A outra margem, revitalizada e moderna com sofisticados e elegantes edifícios tornou-se um centro financeiro e gastronômico.
A capital argentina fica para trás. O caminho a percorrer (650 km) é em direção a Baia Blanca, com intenso calor, onde se fez um pernoite, cidade  de aproximadamente 350 mil habitantes. Na excelente estrada de  longínquas retas observa-se  imensas culturas de trigo,milho e girassol, encontrando-se  ainda algumas enormes oliveiras. De Bahia Blanca o rumo é outra cidade da Patagônia, Trelew.
No trecho de aproximadamente 700 quilômetros é notado um cenário de aparência desoladora, com uma plantação rasteira em solo que mostra ser bem árido. Não poderia ser diferente, pois se trata tipicamente de ser parte do desértico pampa. De Trelew, mais um pernoite. No dia seguinte  percorre-se 120 quilômetros em estrada de chão até a costa do Oceano Atlântico, para conhecer uma colônia de centenas de pingüins, localidade de Punta Tombo, todos com aquela roupa de gala, tipo fraque, de andar desengonçado. Curiosa, interessante e linda observação.
De Trelew até Comodoro Rivadávia, cidade balneária, percorre-se outros 700 km, em estrada, como sempre em retas que parecem ser intermináveis. Nessas longas estradas o panorama de deserto é monótono e então a solução passa a ser assistir um filme ou dormir, ou palavras cruzadas. Percorre-se um pouco mais de mil quilômetros até chegar a próxima parada que é a cidade de Rio Gallegos.
Foi muita quilometragem. Paramos por aqui.


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