quarta-feira, 8 de março de 2017

As Nossas Senhoras: são muitas

A veneração a Virgem Maria se dá por inúmeras denominações enobrecidas, conhecidas por incontáveis títulos honoríficos derivados pela devoção popular: Nossa Senhora.
As titulações são inumeráveis em todo o mundo, nas mais diversas regiões. As designações surgem por inúmeros motivos, principalmente pelas aparições da Virgem Maria.
Uma das mais famosas das Nossas Senhoras é a de Fátima, em Portugal, quando houve a aparição aos três pastorinhos.
No Brasil é Nossa Senhora Aparecida quando dois pescadores rezaram em busca de boa pescaria, mas pescaram a imagem de Nossa Senhora, em dois pedaços, em duas oportunidades.
 Existem epítetos inusitados como Nossa Senhora Desatadora de Nós  relembrando  que a Virgem Maria liberta os homens das aflições da vida, desata os nós que escravizam.
Em Campinas (SP) encontra-se o santuário em homenagem a santa.
Outra Nossa Senhora que causa estranheza por sua designação é a Nossa Senhora do Ó. A devoção inspirada nos últimos dias de gravidez da Virgem Maria, conhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora “, mas entre os fiéis trata-se de Nossa Senhora do Ó, devoção mariana surgida na Espanha. O nome incomum com o final Ó vem das expressões contidas orações que começam sempre com a interjeição exclamativa “Ó”, ó senhor. Em Sabará (MG) uma das igrejas mais antigas (séculoXVIII) homenageia a santa.
Pois bem. Falamos de tantas Nossas Senhoras mundo afora e temos uma em Farroupilha, Nossa Senhora de Caravaggio .
As titulações das Nossas Senhoras como já foram ditas, na maioria das vezes evoca, há ilação com aparições. Com a santa de Caravaggio não é diferente, quando apareceu para a camponesa Joanete.
Dia desses resolvi ver de perto a nova estatua. Saí da redação do jornal, percorri a Julio de Castilhos cheguei ao cruzamento onde está a figura da santa em pleno relevo, santificada em monumento. Circundei-a e observei detalhes da obra. Achei legal. Rezei três ave-marias e retornei.
Na volta as reminiscências afloraram. Tempo de coroinha na igreja Divino Salvador, bairro Piedade (RJ). Anualmente realizava-se a festividade mariana em homenagem a natividade da Virgem Maria. Na programação diversa da tradicional novena. Nove dias à noite rezando o terço (oração do credo, 53 ave-marias e seis pais-nossos) e a ladainha. Lá estava de batina vermelha, sobrepeliz branca, ajudando o vigário Pe. Benigno, da ordem dos padres salvatorianos
Ladainha do grego significa súplica, uma forma poética de oração de invocações curtas e respostas repetidas (tende piedade de nós... rogai por nós).
Ao início a saudação a Maria como mãe, depois como virgem e ao final a homenagem como rainha.
A parte poética situa-se na metade da oração com expressões marcantes. Cada invocação da ladainha, em sua maioria, esconde em suas metáforas uma das virtudes de Maria.
Espelho Meu e a primeira das séries de súplicas que tem o sentido amplo da justiça que é a santidade de Maria.
Sede da Sabedoria, Jesus Cristo é sabedoria, Nossa Senhora em nove meses encerrou dentro de si seu divino filho. Ela foi a sede da sabedoria.
Rosa Mistica, rosa é a rainha das flores. Nossa Senhora no campo da vida espiritual e mística tem a rosa como simbolismo por tudo aquilo que representa.
Vaso Insigne de Devoção significa ter devoção para com Deus. Nossa Senhora foi a criatura que mais se dedicou e viveu em função de Deus
E assim segue mais invocações saudando as virtudes de Nossa Senhora.










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