Campeonato de futebol é uma sequência de
jogos estabelecida por uma tabela que determina sua ordem. Trata-se de uma
competição disputada pela conquista do maior número de pontos ganhos (pontos
corridos) e, assim, ao final da competição quem mais somar pontos será o campeão.
Há outro certame, conhecido como “tiro curto”, torneio não tão abrangente como
campeonatos, a maioria disputado pela fórmula conhecida por mata-mata.
Dito isso, uma metáfora pode ser
avaliada, questionada, criticada, hilariante, ou até mesmo sem nenhuma
adjetivação. O momento é de ponderações, pareceres ou conjeturas, de forma
séria ou hilária, situação que oportuniza aquela figura de linguagem.
STF x Lula, esse é o jogo. Torneio rápido, mata-mata, dois
jogos realizados. Primeiro jogo: ganhou Lula com o reforço de habeas corpus,
vencendo pelo apertado placar de 6x5. No segundo jogo o mesmo resultado do
primeiro 6x5, porém desta feita favorável ao STF. Lula derrotado. Dois jogos, a
vitória de um, a derrota de outro ou, vice-versa e assim se faz necessário um
terceiro e decisivo jogo, até agora sem data marcada. Vale dizer algo mais: vai
haver uma “negra”. Na gíria futebolística jogar a “negra” é disputar uma
terceira partida com o objetivo de desempate após a vitória de cada lado nos
dois primeiros jogos. A “negra” entre STF x Lula não tem data prevista.
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O time de Lula pode vencer o jogo na decisão. Agora sem a
figuração de linguagem. O ministro Marco Aurélio Mello, relator de duas ações
que questionam as prisões após decisão de tribunais de segunda instância
pretende levar ao plenário do STF para rediscuti-las. É bom lembrar que anteriormente
o STF decidiu que condenação após segunda instância a prisão é sumária. Interessante
recordar que o resultado vencedor foi de 6x5 o que pode ocorrer de forma
contrária, ou seja, o condenado em segunda instância recorre em liberdade até a
quarta instância. Torna-se necessária explicação: ministro Gilmar Mendes no
primeiro julgamento favorável a condenação em segunda instância, mudou seu voto
e assim inverte-se os 6x5, o que beneficia Lula e outros tantos políticos e por
tudo o que a acontece pelo tempo até o transitado em julgado acaba significando
impunidade. Por falar em Gilmar Mendes, para o bom observador ao plenário do
STF, nas sessões de julgamento invariavelmente um lugar está vazio. Aquele
segundo à direita da presidência, entre os ministros Celso de Mello e Dias
Toffoli, lugar de Gilmar Mendes. Apesar de ganhar como salário R$ 33 mil
mensal, mais alguns penduricalhos como auxilio alimentação, auxílio moradia (R$
4.300 mil), entre tantos, ao que parece o tribunal para aquela Vossa Excelência
não passa de um “bico” por suas constantes faltas que tem como motivo viagens a
Portugal. Pode ser assim? Pode para quem é um dos sócios do Instituto
Brasiliense de Direito Público (IDP) que no ano passado recebeu como patrocínio
do grupo J&F, que controla a JBS, o valor R& 2.100 milhões como
patrocínio para eventos.