O município de Santa Tereza, localizado
na região serrana do estado do Espírito Santo, recebeu uma honraria em âmbito
nacional no que diz respeito ao processo imigratório italiano. O governo
federal reconheceu Santa Tereza como a primeira cidade fundada por imigrantes
italianos no país. Foi a partir de uma lei promulgada em janeiro desse ano e,
por ela, foi instituído no calendário oficial o dia 26 de junho como “Data de
Reconhecimento do Município de Santa Tereza como Pioneiro da Imigração Italiana
no Brasil”.
Oficialmente a imigração italiana
teve início no Brasil em 1875, mais exatamente no dia 31 de maio. Naquela data,
os imigrantes italianos em número de 150 famílias desembarcaram do navio Rivadávia
e foram encaminhadas à localidade de Santa Leopoldina. Dali, 60 famílias
seguiram para Timbui, distrito do município de Fundão (hoje faz parte da rota
turística “Caminho dos Imigrantes”), quando em data de 26 de junho de 1875 (por
isso a Data do Reconhecimento) foram contempladas com lotes territoriais numa
pequena vila que desenvolveu-se rapidamente e da vila, no longínquo ano de 1891
surgiu o município de Santa Tereza. Os imigrantes vieram das regiões do norte
da Itália como Trento, Veneto e Lombardia. Dedicaram-se a cultura do café e
cereais como também da videira e bicho da seda. Santa Tereza tem quase 25 mil
habitantes, com 90% descendentes de italianos, na Serra da Mantiqueira, quase
700 metros acima do nível do mar, conhecida como Terra dos Colibris.
A data do reconhecimento como Santa
Tereza, primeira cidade da imigração italiana causou polêmica, controvérsia
surgida pela contestação, pelo questionamento dos catarinenses, especialmente do
município de São João Batista, que segundo historiadores merece aquela honraria.
Afirmam ser um equívoco o privilégio atribuído à Santa Tereza.
Trata-se de uma atribuição enganosa
já que a titulação pertence a antiga Colônia Nova, hoje município de S.J.
Batista, colônia fundada em 1836 no Vale do Rio Tijuca, foi ali, naquele vale
que 132 imigrantes dos 186 que aportaram no porto do Desterro, baia norte da
ilha de Santa Catarina (Florianópolis), embarcados no navio Correio. Assim, por
datas históricas, os italianos chegaram ao porto de Vitória quase 38 anos
depois.
Celeuma consumada. Catarinenses,
segundo eles, pela gafe histórica irão buscar seus direitos junto aos órgãos competentes,
movimento que tem o nome de “SC requer a correção de erro histórico”
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