terça-feira, 27 de novembro de 2018

Golpes de Estado republicanos


Golpes, golpes de Estado, conta história republicana brasileira, oportunamente lembrados pela passagem do dia 15 de novembro, Proclamação da República.
O mais recente ocorrido, teve como protagonista a ex-presidente Dilma Rousseff, ela sentindo-se golpeada. A história toda contada é de conhecimento público. Na verdade Dilma foi defenestrada do poder mais em razão de seus erros, por gerir o país de forma incompetente e desastrada. Havia dezenas de ações de impeachment, algumas com valores jurídicos razoáveis, outras nem tanto, mais uma foi suficiente para provocar seu impedimento na presidência do país. O processo teve como causa e efeito as pedaladas que originalmente provem de pedais, instrumento que impulsiona aquele aparelho hibrido conhecido como bicicleta e serviu como instrumento legal para pedaladas fiscais termo que se tornou referência às operações orçamentárias. Pelas pedaladas – e se Dilma não soubesse andar de bicicleta como seria? Talvez por caminhadas? – o golpe de Estado concretizado, afirmação clara e convicta de petistas.
Nessa história toda de golpe ou não, um detalhe pouco discutido, quase nada lembrado, envolvendo uma indagação: e se Dilma não fosse tão durona, inflexível, intolerante diante do então presidente da Câmara deputado na época, hoje presidiário Eduardo Cunha?
Há tempos, pedidos de impeachment abarrotavam gavetas do então deputado. Eleição para a presidência da Câmara, reeleição de Cunha. Dilma teve o atrevimento de enfrentá-lo lançando um candidato próprio, do seu partido PT, que foi derrotado fragorosamente. Deu no que deu. Cunha não gostou. Foi reeleito. Desafiado retirou da gaveta o primeiro processo de impeachment. Dilma fora. Vale a pergunta: se Dilma não fosse tão marrenta, se fosse mais condescendente, não provocasse incitando Cunha, tudo estaria bem, talvez não houvesse impeachment? Trata-se é claro de uma simples e hipotética, talvez inexequível dedução, porém no ambiente da política muito plausível.
Outro golpe: protagonista general Getúlio Vargas, em 1930, decretando o fim da Velha República, que foi a primeira e por consequência outorgando, criando o Estado Novo.
Ano 1889, golpe de Estado, esse também político-militar, que proporcionou a promulgação da República, a forma republicana presidencialista de governo o que implicava no término da monarquia constitucional parlamentarista do império. Compêndios narram que a Republica surgiu por um golpe. Até 15 de novembro de 1889, o Brasil como país republicano era uma utopia. No Congresso deputados republicanos eram minoria e assim legalmente, licitamente nenhuma oportunidade do Império transforma-se em República. Mas enfim, o país transformou-se republicano por um golpe, cujo protagonista foi o marechal Deodoro da Fonseca, principal autoridade militar na época, que era monarquista e amigo pessoal do imperador, mas foi convencido pelos conspiradores, mais objetivamente pelos golpistas. Assim pelo golpe surgiu a Republica.
Golpe político-militar também ocorreu não faz muito tempo, no ano 1964. Esse nada contra o Império, mas sim afrontando a República, a liberdade e a democracia. Brasil republicano de golpe em golpe protagonizado principalmente por militares. O país, conforme o exposto, que tem a idiossincrasia golpista, curioso, deseja saber quando acontecerá o próximo golpe.





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