sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Uma rica profissão

O sujeito estuda, chega à faculdade. Forma-se num curso superior, encaminha-se para uma profissão liberal. De repente por uma questão ideológica, por acaso, por crença, convidado por um militante político e principalmente pelo futuro promissor oferecido de ganhar dinheiro, torna-se político. Começa como vereador, quem sabe prefeito, deputado, vai galgando gradativamente objetivos e partir daí se torna um profissional da política. Mas de repente sua carreira é truncada no aspecto eletivo, quando as urnas não lhes são mais favoráveis, os eleitores o esquecem, perde votos. O político profissional não se atormenta. Como companheiro de partido sempre encontrará um emprego, como apaniguado estará à disposição de qualquer boquinha, sempre com a ajuda de um padrinho político em plano superior, evidentemente, desde que seja bem remunerado. Certamente deu para ganhar dinheiro suficiente, formou seu pé de meia, poupança para investimentos, acumulou bens, garantiu uma boa aposentadoria, enfim tornou-se um político rico, porque nessa profissão, político pobre inexiste.
Mas o que dizer do milionário, do afortunado endinheirado que se enreda pelos caminhos da política, qual o seu interesse. Ganhar dinheiro certamente não. Projeção pessoal, prestígio, talvez. Interesses particulares a defender no Parlamento, provavelmente. Por tudo isso, se não for por vaidade, existe muito a questionar.
Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso, candidato ao Senado, magnata do agro-negócio, o maior plantador individual de soja no mundo está na política por qual razão.
Lírio Parisoto na região alguém já ouviu falar dele. Começou em Caxias do Sul com uma loja locadora de filmes. Buscou a fortuna na Zona Franca de Manaus com a produção de DVDs tornando a marca Audiolar uma das mais importantes. Seu patrimônio é avaliado em mais de R$ 600 milhões. Com toda essa dinheirama é candidato como segundo suplente de senador por Amazonas. Certamente é o financiador de campanha do candidato titular, que mais do que nunca no Senado defenderá interesses da Zona Franca.. É bem provável. E de repente, de lambuja, pode se tornar senador sem um voto sequer. Aliás 40% dos senadores atualmente exercem mandatos pela carona.
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Político além de rico gosta de gastar dinheiro dos outros. No caso, dinheiro do otário contribuinte. Que beleza. A turma de vereadores passeando com dinheiro do povo. Realizaram um curso prático de turismo. Ao vivo nas quedas da água. Nada de teoria. Foram pegos em flagrante na maior farra turística. Não foi a primeira vez. Quatro anos antes 16 vereadores, fazendo turismo sob pretexto de algum curso.
Culpa do eleitor que também passa por otário. Pois bem. Dos vereadores inescrupulosos 11 foram reeleitos. Os outros não foram eleitos porque não se candidataram.

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