terça-feira, 31 de julho de 2012
Andressa cara de pau
Andressa, a mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que traiu o marido e que fez do mais novo senador da República um chifrudo, o Wilder Morais, que entrou no Senado de carona, como um paraquedista no lugar de Demóstenes, foi procurar o juiz responsável pelo processo judicial que envolve as falcatruas e maracutaias do amante. Poderíamos dizer que Andressa foi fazer uma visita de cortesia ao magistrado. Que nada. Ela foi até o Tribunal Federal em Goiânia coagir, pressionar, chantagear a autoridade jurídica. O que se pode pensar sobr o fato. É que, Andressa, como emissária do contraventor, acreditava no sucesso de sua empreitada, naturalmente não pelo seu poder de sedução, mas pela força do dinheiro, pelo poder de corrupção junto aos políticos que os comprova e os corrompia. O bicheiro acreditava ter também esse poder com o Judiciário. Na entrevista com o juiz, o mesmo pediu a permanência de uma assessora na sala. Andressa informou que falaria das intimidades dela com o Cachoeira de forma particular. Assessora dispensada, mas anotações em uma folha de papel são provas do ato criminoso. Andressa quebrou a sua cara de pau. A pretensa sabidinha e esperta fez papel de uma tola imbecil. Resultado: ficou proibida de visitar o bicheiro Carlinhos (para evitar que de novo ela seja emissária em atos desabonadores) e terá que pagar uma fiança de 100 mil reais para não responder o processo de chantagem atras das grades. Oh... Andresa tão bonitinha mas tão ... boba. Aliás Andressa segue passo a passo o caminho da corrupção naturalmente ensinada pelo Cachoeira
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Veja e o Zé
A Editora Abril, por sua revista Veja, desde o surgimento do famigerado Mensalão, tem feito inúmeros editoriais, seguidas reportagens, com o intuito de formar a opinião pública, pequena é verdade (1 milhão de leitores), mas principalmente de magistrados, juízes e advogados, da culpabilidade de todos aqueles envolvidos com o Mensalão, especialmente José Dirceu e alguns comparsas petistas. Trata-se de verdadeira obstinação de diretores, editorialistas, redatores em acusar, em comprovar de fato a corrupção que envolveu Zé Dirceu e sua turma. Autêntica paranoia da direção da Veja que acompanha desconfiada uma possível absolvição dos acusados. Pela pertinácia, irredutível e inflexível, a posição da revista no julgamento dos mensaleiros não haverá outro resultado do julgamento no STF, que não seja a condenação dos acusados. Veja, obstinada e paranoica, realizou diversas reportagens, preparando uma situação em forma de pressão ao judiciário, para que a decisão jurídica lhe seja favorável. Cética, subtende e desconfia, que a maioria dos juízes nomeados por Lula e Dilma, por uma questão qualquer, que não seja estabelecida jurídica, possam absolver os réus. Pois bem. Se de fato o resultado do julgamento for assim. na redação de Veja haverá gente traumatizada, acessos psicóticos, piripaques, infartos, muita depressão.
sábado, 28 de julho de 2012
Ação/Reação
A autoridade policial recomenda para as pessoas, passiveis vitimas de um assalto a mão armada, que jamais faça um ato de reação. Manter-se contido até mesmo pela forte emoção que o medo proporcione. Controlar-se sem fazer menção de qualquer gesto suspeito que possa atrair a ira do marginal e com isso lhe oferecer ensejo de uma atitude mais violenta e normalmente ter como desfecho uma tragédia.
A ação criminosa do bandido poderá ocasionar a reação da vítima, causa e efeito.
A recomendação para não reagir a um assalto é assunto de psicologia forense por resultados. A maioria das vítimas reage e se machuca. Se o agressor tem uma arma de fogo a reação quase sempre resulta em morte. A reação aos assaltos é impelida por forte emoção. Em muitas vezes a vítima perde o controle da situação em não se manter tranquila, segura de si, na tentativa de dominar com calma o revés. O medo e a sensação de impotência podem levá-la a tomar uma atitude de confronto e ao reagir sua vida pode ser colocada em risco de perdê-la. Tem gente que reage apesar de todos os perigos iminentes provenientes da ação criminosa. Assim se portam todos os seres humanos que trazem consigo o impulso agressivo, que não tem o controle emocional em situação belicosa, como também reagem as pessoas que tem demasiado apego as coisas materiais e o desespero pela possível perda de sua posse. Mas há as pessoas que se mostram despojadas das fortes emoções, personalidade tranquila, até mesmo nas mais variadas vicissitudes. Pessoas que por natureza, pelo conjunto de caracteres, jamais poderiam vislumbrar uma reação num episodio adverso, num momento periclitante.
Jovem de 25 anos. As pessoas moradoras no bairro, os vizinhos, o conheciam como uma pessoa serena, tranqüila por natureza. De pouco dialogo, sua conversa resumia-se a poucas frases, pequenos períodos. Personalidade definida como introvertida.
O rapaz ajudava a mãe na micro empresa, prestadora de serviços de limpeza. A noite, como melhoria de renda, era responsável pelo funcionamento de uma quadra esportiva. Numa noite de sábado a desgraça o cercou, a tragédia lhe alcançou. Perto da meia-noite, no fechamento das atividades dois indivíduos invadem o local reservado ao trabalho do jovem. No lado da cabeça uma arma é apontada. O jovem segura a mão de um dos bandidos. Busca ao que parece em um dos bolsos o seu celular já roubado. O bandido se mostra naquele momento frio e calculista, o que não acontece com o rapaz assaltado. Toda essa cena é gravada pelas câmeras de segurança do local. Em determinado momento o trio sai de cena, não são mais alcançados pelas câmeras. Passam para um outro cenário, agora despercebido, local onde ocorre o crime, a tragédia anunciada. O jovem recebe um tiro no peito, outro na perna. Morre no atendimento hospitalar. Nada se vê no momento trágico. Não há câmeras para testemunhar, mas se deduz que a vítima prosseguiu reagindo até terminar com a paciência, com a “bondade” criminosa dos assassinos. Tiros e morte. Contra quem. Contra uma pessoa, que moradores do bairro, vizinhos, sempre o acharam tranqüilo, calmo, quieto, sossegado.
Algumas reações humanas são incompreensíveis.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Record x Ibope/Montenegro
Domingo, no programa Domingo Espetacular, a Tv Record iniciou uma série de reportagens sobre o presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro. A emissora levantou uma série de desconfiança sobre os negócios de Montenegro, alegando inclusive, por exemplo, que ele ganhou milhões de reais com negócios suspeitos ao enviar quantias fabulosas para paraísos fiscais, além de possíveis fraudes cometidas pelo instituto. Montenegro e o Ibope estão pensando em entrar com uma ação na Justiça para evitar a continuação das reportagens. Nessa encrenca toda sobrou para a Rede Globo, em relação de um diretor da Globo com Montenegro. Record X Globo formam uma briga particular, desde o momento que a Record conseguiu, em canal aberto pela televisão, a primazia da transmissão dos Jogos Olímpicos. Por falar em Olimpíada a Record formou um grande time para a cobertura dos jogos, tentou inclusive contratar o locutor Cleber Machado. Ele não aceitou o convite. Por sua fidelidade a Rede Globo resolveu passar seu salário para 700 mil reais.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
O Chifrudo
A imagem mais divulgada de Brasília, verdadeira cartão-postal da cidade, é o edifício do Congresso Nacional, um conjunto de construções onde se destacam duas cúpulas que representam e abrigam o poder legislativo do país. Sob a cúpula maior, de forma côncava, situa-se em seu interior a Câmara dos Deputados. A cúpula menor, de formato convexo, abriga o plenário do Senado Federal.
O cartunista Marco Aurélio publicou em seu espaço jornalístico, domingo passado, uma caricatura representando um momento da vida política nacional. A sátira envolve o Senado Federal. Por sobre a cúpula do prédio, um apêndice, um par de chifres.
Como sabem o senador Demóstenes Torres teve seus direitos políticos cassados em votação no plenário, por falta de decoro, pelo seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Sai um, o titular, entra outro, o suplente.
O novo senador chama-se Wilder Morais (Dem/Go), rico empresário goiano. Rei morto, rei posto. Uma simples substituição. Nada demais. Em termos gerais, nem tanto. Pois o senhor Wilder que agora se tornou senador, alcançou essa condição por ser suplente de Demóstenes, que lhe ofereceu a suplência como um favor relativo (afinal quem poderia pensar na cassação de Demóstenes) por ter sido o maior doador financeiro na campanha eleitoral. Wilder Morais assumiu como senador é um chifre apareceu na cúpula do Senado. O chifre representa uma difícil situação conjugal que envolve adultério, traição. O fato envolvendo o novel senador poderia fazer parte das crônicas da vida cotidiana do genial Nelson Rodrigues, dos amores proibidos, da infidelidade conjugal. A exuberante jovem e bela mulher que trai o marido em busca da felicidade com outro alguém, amigo do marido, poderia ser um enredo, um roteiro de tantos folhetins de Nelson Rodrigues tendo como sugestivos títulos “Segredos da Alcova de Brasília”.
O senador Wilde de Morais marido de Andressa foi amigo do Carlinhos Cachoeira. Cachoeira tornou-se amante de Andressa e Wilde foi traído, o que significa no popular ser chifrudo. Uma versão brasiliana do famoso e polêmico poema de Carlos Drumond cabe no episodio: “Wilde amava Andressa, que amava Carlinhos Cachoeira, que fingia gostar de Demóstenes, que não amava ninguém, mas adorava o poder”.
O Senado da República já teve cassação de dois corruptos senadores. Outros também corrompidos por falcatruas escaparam de punição por estratagema político como a renúncia. O Senado foi palco de um episódio tragicamente escandaloso, quando o senador Arnon de Mello, em plenário, assassinou com três tiros o também senador Silvestre Péricles. Senado, local representativo de um dos poderes da República, agora passa por uma situação de depravação, constrangedor momento quando é diplomado um senador desmoralizado pela opinião pública como cônjuge traído, chifrudo e também sobre suspeição de corrupção. Assim é a vida política, “a vida como ela é”, segundo Nelson Rodrigues.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Rosane vende livro
Na eleição presidencial de 1989, a primeira verdadeiramente democrática, com voto direto popular depois da ditadura militar, apresentaram-se como candidatos a presidente da República nomes de envergadura política como Lula, Brizola, Ulisses Guimarães, Mario Covas e Paulo Maluf. Entre eles surgiu um nome desconhecido, lançado como candidato de um pequeno partido (PRN). Nome dele: Fernando Collor, governador do estado de Alagoas.
Sua rápida ascensão foi graças a uma verdadeira campanha promocional política por parte da Rede Globo, a partir da criação de um personagem (o próprio Collor)que ficou conhecido como o "Caçador de Marajós". Enfim, esse fato, mais aqueloutro, do debate televisivo entre ele e Lula, que foi direcionado pela Globo para a vitória de Collor, que todos sabem: deu no que deu. A Rede Globo presta outro favor a família Collor, ao menos uma ex-Collor, no caso Rosane, ex-mulher de Fernando. Numa entrevista em um programa de grande audiência como o Fantástico com base em intenso sensacionalismo, a Rosane ex-Collor, acabou dizendo nada com nada, revelou fatos que são de domínio público. Rosane convocou a entrevista prometendo revelações sensacionais. Não revelou nada de mais. Na verdade aproveitou-se da Globo para divulgar o lançamento de seu livro. Nada demais na entrevista. Sem nenhuma coincidência. Melhor sem nenhuma Jesuscidência.
sábado, 14 de julho de 2012
Dia dp Homem
O macho consciente de suas autênticas virtudes, de indiscutíveis convicções masculinas, talvez não saiba, porque não é chegado para algumas frescuras.
O alfa macho, líder por natureza, preocupado com o seu trabalho, com o sustento da casa, não está ligado.
O macho verdadeiro, enérgico, másculo e viril, ou mais ou menos (não existe macho sem virilidade), por sua maneira de ser, não liga para afetações, insensível a alguma manifestação exagerada.
O macho do cotidiano, da labuta diária, da vida quase nada heróica ou aventureira, das obrigações familiares, não tem tempo suficiente para comemorações desnecessárias.
O macho dominante, de plena testosterona, estimulado pelo metabolismo, com a energia do estimulo sexual pela libido, comedor e predador, não está informado.
Pois saibam, machos de todas as índoles ou de qualquer característica, que no próximo domingo, dia 15 será comemorado o Dia Internacional do Homem.
Homem é homem. Simplesmente isso, sem empolados conceitos. Não tem tempo a perder com comemorações e manifestações.
O homem tem mais que fazer na dura rotina diária. Homem é macho. Macho de vida árdua e difícil, que pode ser comparada, similar de forma conceitual, com a palavra homógrafa macho, a ferramenta que tem a função de gerar roscas internas em furos para um devido rosqueamento.
Homem de atitudes indômitas, de força inquebrantável, brioso, raçudo e decidido não precisa, não sente necessidade de homenagens.
O Dia do Homem, embora já venha sendo comemorado desde o ano de 1999, tem pouca divulgação. Começa a ser mais comentado recentemente por uma questão comercial. Afinal, homem também gosta de um presentinho, nem que seja o tradicional par de meia. Na verdade o Dia do Homem vem sendo tratado com certo preconceito, de alguma maneira pelo sexismo por parte da mulherada. Declarou uma senhora com respeito ao Dia do Homem: “E uma excelente ideia para equilibrar os gêneros”
O mulherio faz festa no Dia Internacional da Mulher. Muita festa, muita comemoração, verdadeiro fuzuê. O máximo que o homem faz em seu dia é jogar uma pelada, bebericar a cervejinha, falar como sempre acontece das mulheres.
Domingo lá em casa, festinha, com os amigos homens. Afinal se existe o Dia do Homem vamos comemorar. Com um churrasco. Um costelão bovino gordo, ou um mocotó, que são autênticas comidas do macho. Com um senão, a bem da verdade: se minha mulher permitir.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Dia do homem
O homem, seus sacrifícios, suas virtudes.
Quem é o único que se atreve a comer de tudo o que lhe servem (ou se atrevia) sem dar um pio?
O abnegado homem
Quem ergue os pés quando estão fazendo faxina?
O prestativo homem
Quem é que vai vestido de preto ao matrimônio?
O humilde homem
Quem é que se expõe a uma otite aguda cada vez que chega em casa?
O doce e meigo homem
A quem cabe ficar olhando para o colchão ao invés de desfrutar da decoração do teto e ao mesmo tempo agüentar os gritos em plena orelha?
O sacrificado homem
Quem se expõe a uma úlcera por conta do stress quando, ao chegar em casa, não encontra a limpeza terminada, a comida quentinha, as crianças com o banho feito e a roupinha trocada, a roupa lavada e passada, a cozinha limpa, o jornal em cima da mesa e a mulher com os rolinhos nos cabelos?
O incompreendido homem
Quem é que se arrepende até aos cabelos cada vez que repreende a esposa?
O terno e doce homem
A quem cabe o risco de ser roubado ou morrer apunhalado em um bar barra pesada ou amanhecer com a boca cheia de formigas, cada vez que participa dessas salutares reuniões noturnas com os seus amigos, enquanto a outra está dormitando na caminha bem quentinha?
O desprotegido homem
Quem é que apesar do cansaço e do stress jamais poderá fingir um orgasmo?
O sincero homem
A quem cabe trabalhar duro para poder quitar as contas de água, luz, porque a dona do lar não faz outra coisa senão passar, lustrar, usar o aspirador e lavar durante pelo menos umas 9 horas diárias?
O sofrido homem
A quem cabe matar as baratas e os ratos da casa porque Sua Alteza sente pavor?
O valente homem
Quem segura a "cauda do rojão" quando chega em casa com marca de batom na camisa?
O incompreendido homem.
Por acaso ninguém pode ter um amigo que trabalhe como palhaço?
Quem é que tem de barbear-se todos os dias?
O pobre homem...e bem...quer dizer...a sogra também
Quem manda na casa? A sogra, a esposa, os cunhados, a empregada, o cachorro e até a vizinha do acabrunhado homem.
Quem é que tem de ficar segurando a vontade de chorar?
Nós, os machos, não choramos
Quem é que tem de gastar consideráveis somas de dinheiro comprando presentes para o Dia das Mães, Da Esposa, Da Secretária, Da Amizade, São Valentim, Natal, Aniversário e outras festas inventadas pelo homem para satisfazer à mulher? Adivinhem...
O Burro do homem
Quem é que nunca leva a melhor, jamais pede que lhe repitam uma pergunta e se veste em menos de dez minutos?
O ágil homem
Quem é que chega inocente e puro ao matrimônio?
Sem dúvida alguma, o homem (ninguém contrai o matrimônio sem conhecimento de causa)
Quem está lendo isto às escondidas para poder dar boas risadas, já que se for surpreendido está sujeito a ser agarrado pelo pescoço?
Os vigiados e policiados homens
Quem jamais poderá contar uma mentira?
Os sinceros homens (somos inocentes até que se prove o contrário)
Quem tem de agüentar aquelas frases típicas "Você já não é mais o mesmo!"; "Este fio de cabelo não é meu!" "Não me vá sair esta noite!" ou "Eu vou pra casa de mamãe!"
O resignado homem
Em nome de quem estão os recibos de quitação, o telefone na lista e a escritura da casa?
Em nome do valoroso homem
terça-feira, 10 de julho de 2012
Tom e Katie
Um sistema de crenças chamado de cientologia, foi fundado por um tal de Hubbard em 1954. A doutrina tem influências de outras religiões como o budismo e o hinduísmo e de ciências humanas como a psicologia. Através de suas técnicas e ideias promovia seu movimento religioso. Ensina sua igreja que a humanidade seja imortal e divina e de que o homem é composto por três divisões: alma. mente e corpo. A principio Hubbard vivia num recluso secreto. Em 1986 morreu, apos passar a maior parte de seus últimos dias viajando tranquilamente em seu iate. A doutrina era desenvolvida através do que se chama "lavagem cerebral". O astro famoso Tom Cruise é membro dessa crença. Está se separando da não menos famoso Katie Holmes. Tem gente que afirma que a separação decorre em razão de que Katie não aturava mais o Tom e encheu o saco com a sua cientologia.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
História
O desenvolvimento humano, a relação do homem e o tempo, os processos de acontecimentos narrados passados, envolvendo, pessoas, lugares e fatos podem ser fixados na memória, em pastas dentro de um arquivo de aço, no conteúdo de um computador. A narração metódica dos conhecimentos políticos, sociais e econômicos notáveis, dignos de serem conservados na lembrança do passado e quando é o desejo, resgatados no presente, tudo isso guardado e arquivado pela ciência que se chama e conceitua-se como História.
Certamente o envolvimento político de Lula com Paulo Maluf em nome de uma coligação partidária para a eleição na cidade de São Paulo, em busca de um pouco mais de um minuto em programa eleitoral ficará eternizado na História. Aquele fraterno abraço – será que foi autenticamente fraterno – entre risos amarelados num ambiente inóspito e hostil, até anteriormente para Lula – a casa de Maluf – historicamente será marcado como um fato dos mais esdrúxulos e incoerentes da política nacional. Juntos, quem diria. De um lado o sindicalista, líder popular de idéias progressistas, combatente diante da ditadura militar. No outro lado o reacionário, destaque maior do conservadorismo de direita, filhote da ditadura, procurado pela Interpol: Lula & Maluf.
A História vai contar e como já conta agora outras duas desagradáveis e inconseqüentes atitudes de Lula. Em busca de sua eleição para presidente pela terceira vez, meses antes da eleição – mês de maio – publicou uma carta aberta para a Nação, em que repudiava todos seus conceitos doutrinários, abria mão de uma ideologia, para satisfazer a elite formada por burgueses, em forma de ricos empresários e milionários banqueiros.
Com essa primazia às elites Lula elegeu-se presidente. Em outro ato de puro cinismo e hipocrisia, tempos depois, como presidente, foi visitar o representante do quarto maior poder, o empresário Roberto Marinho da Rede Globo, esse mesmo que em outra eleição, numa tramóia televisiva havia lhe tirado a chance de vitória.
Esses registros farão parte da História do Brasil para lamento de muita gente, como também para o próprio Lula. A História de Lula ficará manchada, maculada, por essas estrambóticas atitudes.
A História, guarda, lembra, jamais esquece. Outro grande líder popular manchou sua história por atitudes incoerentes. Leonel Brisola, deportado, teve que viver no exílio por imposição da ditadura militar. Retornou ao país, foi eleito governador do Rio. No momento em que suas aspirações políticas discutíveis eram do maior interesse pessoal deixou de lado autênticos princípios políticos, quando apoiou mais dois anos de governo para o presidente militar de João Figueiredo. Depois, pensando nas construções de Cieps com ajuda do governo federal, apoiou de forma incondicional o presidente Fernando Collor.
A História guarda e registra todos os momentos, especialmente os políticos nessa lembrança aqui refeita, por mais desagradáveis e constrangedores que possam ser.
domingo, 1 de julho de 2012
Quanto vale 95 segundos
Quando a pessoa necessita solucionar a venda de um bem, de maneira rápida, simples e prática recorre ao leilão. Aquilo que é de sua propriedade e deseja vender precisa ser formalizado, descrito em catálogo, entre diversos outros lotes. O processo licitatório de vendas através de pregões oferece uma disputa para decidir quem dará o maior lance e com isso adquirir o bem colocado em hasta pública. O que vai se tratar aqui não diz respeito a um leilão legal, formal e público. Trata-se de um processo de desatinados, a principio feito de modo recôndito, realizado e embaralhado por interesses diretos de alguns, diferente, inusitado, surreal, típico de um conluio político eleitoral, longe daquele que gosta e deve meter o bedelho, ou os intrometidos em conversa ou assunto que muito lhes dizem respeito, no caso lamentavelmente, o eleitor.
No leilão a ser descrito a coisa de valor era o tempo de 1 minuto e 35 segundos no horário político gratuito na televisão pela campanha eleitoral para prefeito da cidade de São Paulo. O PSDB do candidato José Serra participa do leilão patrocinado pelo PP de Paulo Maluf, sem candidato a prefeito. Os tucanos entram no “quem dá mais” dos progressistas, oferecendo alguma secretaria no futuro governo municipal. Nem pensar. É muito pouco. O lance mínimo para o leilão do PP agora, no presente, é uma secretaria no governo estadual dos tucanos para um apadrinhado malufista. Esse preço mínimo é muito caro para os tucanos. Rejeitado, vencido.
O leilão continua. A vez agora é do PT, do candidato Fernando Haddad e de seu padrinho Lula se enrabichar para o lado progressista. O lance petista é atraente, apetitoso, satisfatório para o PP. É uma secretaria em plano federal. O Ministério das Cidades é comandado pelo PP, e o lance petista oferecia uma das secretarias do mesmo ministério. Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três. Batido o martelo, leilão vencido pelo PT, e com isso adquiriu o “bem” leiloado: 95 segundos na televisão. Ah...O PT e o PP coligados ( o que é a política) e o apadrinhado malufista empregado. O PSDB perdeu o leilão, os 95 segundos. Que nada. Meteu-se em outro leilão, desta feita, patrocinado pelo PR, partido de Valdemar da Costa Neto, um dos réus do “mensalão” e do espetacular e impagável deputado Tiririca. Portanto PSDB e PR juntos (o que é a política). Os 95 segundos perdidos com o PP foram recuperados com o PR, mais o ideal seriam 180 segundos, ou seja, três minutos no concorrido e desejado horário político gratuito. Por esse espaço chuta-se o balde. A história política dos partidos é menosprezada, o ideário proposto esquecido, a doutrina, o conjunto básico de princípios políticos escorraçado, a ideologia, convicções e convenções ultrajadas. A decência é sufocada, o decoro abafado pela imoralidade política.
Cinismo, descaramento, caradurismo, safadeza, enfim, um monte de sem-vergonhice para programas televisivos que tem pífia audiência segundo pesquisas. Mas na política é assim: ninguém que dar o braço a torcer e com isso é perdida a honra, o pudor e o caráter político.
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