sábado, 22 de dezembro de 2012

Já era: 21.12.2012


Quinta-feira, dia da semana em que normalmente redijo minha crônica semanal.
 De repente me dou conta. Mas afinal escrever porque, digitar um texto para a publicação no jornal na edição de sexta-feira se nada mais vai existir, que chegou o fim dos tempos, se o mundo acabou, que nada ficará pedra sobre pedra, a humanidade finda.
A preguiça, a falta de vontade em elaborar as mal traçadas linhas de um assunto qualquer, incentiva-me a pensar que a crença escatológica é verdadeira, que chegou o dia do Juízo Final. O mundo vai acabar.
Fico sem escrever. Pronto. Não tem coluna, não tem jornal, não tem mundo.
No entanto é conveniente raciocinar. A peremptória atitude de nada fazer tem por princípio o apocalipse ao 1 minuto de sexta-feira 21. E se assim não acontecer. Se a hecatombe ocorrer ao meio-dia ou mais tarde, à noite, perto das 24 horas.
Será tempo suficiente para ainda se fazer muita coisa, inclusive ler “O Farroupilha”, o que se deduz como obviedade que o jornal circulará.
Circular, chegar às bancas, às casas dos assinantes, sem a minha coluna, um espaço vazio porque disseram que o mundo ia acabar, desculpa besta. Bronca na certa do diretor, esculacho do editor, decepção para a minha meia dúzia de leitores.
E daí. Se nada escrever, sem a publicação da crônica. Queixas, críticas, reclamações nem acontecerão. O mundo acabou.
Mas se de fato nada ocorrer. O cataclismo anunciado foi somente sensacionalismo. Enganos acontecem, profecias não são validadas. Pode ser.
Então a vida continuará serena e alegre, tranquilidade para se ler o jornal e aquela minoria que lê minha coluna. Por isso a iniciativa para um dia normal. É de bom alvitre, sugestivo, escrever.
Mas irá permanecer a incerteza, a dúvida angustiante, a humanidade hesitante até o fim do dia de sexta-feira, quando feliz a humanidade poderá constatar que houve somente o fim de mais um dia da semana.
Toda essa celeuma por causa de um antigo e misterioso calendário maia, agora malfadado e famigerado. A civilização maia se desenvolveu plenamente como uma das culturas pré-colombianas (povos existentes antes do descobrimento da América do Sul e Central), notável por sua língua escrita, sua arte, arquitetura e matemática. Além disso, excelentes astrônomos, os maias tinham verdadeira obsessão pelo tempo. Com exaustiva observação dos astros eles construíram calendários preciosos e previam eventos que determinava a vida de sua civilização. Uma inscrição do século VII faz menção a uma data e correlação feita trata-se de 21.12.2012., último dia do calendário criado pelos maias. O fim do mundo.
Muita gente não está levando a sério esse desgraçado final épico, simplesmente porque o indígena que elaborava o calendário informou ao seu chefe que estava de “saco cheio” e que não faria mais porcaria alguma. Então o “fim” não tem validade pela preguiça.
Em todos os casos teve gente que foi acampar em São Francisco de Paula, ao que parece cidade incólume a catástrofe, conforme afirmação de seu prefeito..   
Tem gente que acredita que por aqui, no Brasil, nada acontecerá. O país não está preparado, não tem estrutura para protagonizar um evento desse porte.
De qualquer maneira, nessa quinta, aguardemos a sexta. Certamente nada acontecerá. Escrevi minha coluna baseado num anunciado fim do mundo. Nada acabou, mas o calendário maia me serviu como tema para o meu texto, assunto para a coluna. 


domingo, 16 de dezembro de 2012

Fenômeno de ganhar dinheiro

Pobres, miseráveis e indigentes, famélicos, são magros pela necessidade, pela fome e não ganham nada, um tostão. O gordo milionário para emagrecer somente 10 quilos ganhará seis milhões de reais. Com essa grana, ele e a Rede Globo, poderia saciar a fome, dar alguma migalha para alguns daqueles que vivem em pleno estado de penúria.
Ronaldo Fenômeno encerrou sua carreira de futebolistas milionário. Graças ao prestígio mundial que o futebol lhe reservou prossegue enriquecendo-se, agora como empresário, além é claro dos seis milhões globais. Ronaldo jogando no Corinthians teve patrocínio na camisa do clube da Hipermarcas (Bozzano, Avanço, Jontex, Doril, Cenoura e Bronze entre dezenas de marcas) faturando 12 milhões de reais em comissão. Há a suspeita de favorecimento para empresa Marfininite  agenciada pela 9nine, agência do Fenômeno que ganhou uma licitação de 8,5 milhões de reais para fornecer assentos para o estádio da Fonte Nova na Bahia. Sem intrigas, simples comentário. Ronaldo é dirigente do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2014.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Polis e Ides


Milaneses, vicentinos, trevisanos e trentinos, habitantes da antiga Nova Vicenza, prospera vila, pelo progresso e desenvolvimento alcançou a condição de segundo distrito mais importante do município de Caxias do Sul, afora evidentemente, a sede municipal. Mais que isso - pela prosperidade, pela evolução comercial -, tinham condições de vida própria, ser independentes, libertarem-se do jugo, terminar com a sujeição, aniquilar a submissão, livrarem-se do pátrio poder, deixarem de ser vassalos, pagadores de impostos aos usurpadores caxienses. Todos: milaneses, vicentinos, trevisanos e trentinos, desejavam unicamente, pela emancipação política, tornarem-se cidadãos farroupilhenses, donos de seus próprios caminhos.
Ano de 1934, a liberdade querida e alcançada, a emancipação. Foi num momento democrático, no interregno da ditadura de Getulio Vargas com a constituição daquele ano. Armando Antonello, em 1935, com o voto do povo é eleito prefeito do novo e emancipado município de Farroupilha. Durou pouco o enganador momento democrático. Em 1937, o ditador Vargas, com a criação do Estado Novo, impõe aos brasileiros mais uma vez a condição do estado autocrático no exercício do governo absoluto. Retorna assim, como em 1930, um novo período da era Vargas, do poder onipotente, onipresente e arbitrário. Em razão disso, naquele ano Antonello foi deposto substituído por um prefeito nomeado.
No Brasil a liberdade mais uma vez cassada, a democracia cerceada e por decorrência o fim das eleições, processo de livre escolha de governantes pelo voto direto, direito usurpado ao povo e assim por força ditatorial, pelo governo despótico, cidades brasileiras, entre elas Farroupilha, a população não pode escolher seu prefeito. Prefeitos eram nomeados pelos interventores federais – eles na verdade governadores em cada estado, homens de confiança designados pelo regime de exceção de Vargas.
Depois de 15 anos a redemocratização do país em 1945. Eleições, o povo volta a escolher seus governantes, evidentemente, os farroupilhenses idem.
É então, a partir da redemocratização, da segunda eleição municipal em Farroupilha, se oferece um estudo comportamental político da população farroupilhense sobre questões como politização e ideologia. Na verdade, como em todas as cidades brasileiras são conceitos discutíveis, argumentos dúbios, de somenos importância, afinal brasileiro como o farroupilhense vota pelo momento político representado pelo “homem” que pode ser um político mais adequado aos seus anseios, nem por isso necessariamente seja politizado ou ideológico. A partir da emancipação, das eleições em Farroupilha, pode se fazer um paradigma do comportamento político do seu povo.
José Baumgartner, segundo prefeito farroupilhense eleito pelo voto direto (1947), do Partido Trabalhista Brasileiro, fundado por Getulio Vargas de programa e plataforma popular, direcionado aos trabalhadores brasileiros, sempre enaltecidos por Vargas. Farroupilhenses votaram e elegeram Baumgartner, representante nas bandas de cá do PTB, do carisma e populismo de Getulio Vargas. A cidade conservadora votou pelo momento - porque lhe interessava - no socialismo pelo trabalhismo, na força de um personagem, de um protagonista político de tanto poder, e assim se situa em segundo plano qualquer discussão sobre politização ou algum debate ideológico.
                                                         



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Gordo milionário ganha milhões para emagrecer

Ronaldo Fenômeno, o gordo do milionário, até mesmo com sua extravagante substância untuosa, com o tecido adiposo bem desenvolvido, com seu acentuado volume abdominal, ganha ainda mais dinheiro. Para o programa Fantástico, para o quadro Medida Certa vai receber 6 milhões de reais. Sua assessoria desmente e que realizará suas apresentações de graça. Alguém acredita? Vai ver que faz essa gratuidade pela "Criança Esperança".
A Rede Globo acredita em sua popularidade para aumentar sua audiência principalmente em São Paulo, onde aos domingos pelo Ibope, perde em determinados horários para Silvio Santos (SBT) e para o Pânico (Band). Por isso Fenômeno deve valer seis milhões. Um programa no canal a cabo, GNT (Globosat), tem maiores detalhes do cotidiano do Fenômeno, pelo acompanhamento e opiniões de especialistas.
Um espinhoso, mordaz e azedo crítico pode dizer que a Globo tem dinheiro para os seis milhões ao Ronaldo, mas vem pedir doações, colaborações, dinheiro para o Criança Esperança. Tudo é dinheiro.
A Rede Globo fatura alto com a patrocínios empresariais para programações de um gordo milionário ou de crianças miseráveis.
Ronaldo Fenômeno entrou no programa pesando 118 quilos. Pelo contrato deve perder 18 quilos (vai sair "fininho" do programa com 100 quilos) para ganhar os seis milhões, o que significa que cada quilo perdido vale um pouco mais de 334 MIL REAIS. Não se sabe quantos quilos já perdeu. É mistério, suspense. Daqui a dois programas saberemos. Por seis milhões de reais qualquer mortal gordo fecha a boca, se torna famélico, vira faquir, emagrece 200 quilos. Fenômeno deve alcançar seu objetivo por uma questão de honra, dele e da Rede Globo. Seis milhões para o milionário gordo é troco.
Depois, não muito tempo depois, volta a rotina de comilão, mais gorducho mas com seis milhões de reais. Relembre Zeca Camargo e Regina Celibertti

sábado, 1 de dezembro de 2012

Vencedores


O levantamento é concernente exclusivamente aos vereadores eleitos e candidatos com boa votação, que mais venceram e consequentemente os mais votados nas diversas seções eleitorais de Farroupilha. A matéria permite ainda verificar claramente, as bases eleitorais de alguns deles:
Arielson Arsego (PMDB) foi incontestável vitorioso, vencedor em 24 urnas.
Ildo Dal Soglio (PT), venceu em 13 urnas, a maioria nos bairros Monte Pasqual, Industrial e 1º de Maio. 
Jorge Cenci (PMDB) não foi eleito, embora tenha sido o 13º mais votado, venceu em 11 urnas, a maioria no bairro Medianeira
José Mario Bellaver (PMDB) ganhador em 10 urnas, todas no interior do município
Vandré Fardin (PSB), boa votação, vencendo em nove urnas, sete localizadas no centro.
Maria da Gloria Menegotto e Paulo Roberto Dalsochio, ambos do PDT, experientes políticos,  venceram em oito e seis urnas respectivamente.
André Policarpo Pezzi (PP) não foi eleito, mas venceu em sete urnas de sua base eleitoral, bairro Nova Vicenza.
Juvelino Ângelo de Bortoli (PMDB) foi vencedor em sete urnas, quatro delas localizadas no bairro Cinquentenário
Marcio Gulden (PT) venceu em seis urnas, todas elas no 3º Distrito.
Roque André Tomazini (PDT), não eleito, venceu em cinco urnas, no 4º Distrito e na E.E. Pe. Rui Lorenzi.
Alberto Maioli (PDT), outro não eleito, venceu em cinco urnas, todas no 4º Distrito.
Raul Herpich (PP) fez voto em quase todas as urnas, mas venceu somente em quatro
Valdemar Ferreira (PMDB), Alderico Bonez de Matos (PSB) e Fabiano Andre Piccoli, não eleitos, cada um deles venceram em três urnas.
Josué Paese Filho (PP), Rudmar Elbio da Silva (PSB), ambos eleitos, Deivid Argenta (PDT), cada um foi vencedor em pelo menos duas urnas.
Maristela R. Pessin Bridi (PMDB) eleita, Rogir Centa (PT), Valmor Chagas dos Santos (PMDB),  Jonas Tomazini (PSDB), Primo Marmentini (PMDB), João Juares P. Dias (PMDB), Dirceu Chies (PP) e Eleonir José Pelicioli (PC do B) venceram cada um em ao menos uma urna. Ocorreram empates em 12 seções eleitorais.
Resumo geral, votação dos vereadores eleitos:
Candidato                    Centro                    Bairro              Interior               Total     
Arielson Arsego      290 (3,89%)          1.229 (4,15%)      491 (5,62%)       2.010 (4,37%)
Maria da Gloria       306 (4,10%)            908 (3,07%)       259 (3,00%)       1.473 (3,20%)
José M. Bellaver      115 (1,54%)            496 (1,68%)      804 (9,21%)       1.415 (3,08%)
Ildo Dal Soglio        117 (1,57%)          1.189 (4,02%)       38 (0,43%)        1.344 (2,92%)
Raul Herpich           218( 2,92%)             934 (3,16%)      112 (1,28%)      1.264 (2,75%)
Paulo Dalsochio      242 (3,24%)             702 (2,37%)       272 (3,11%)      1.216 (2,65%)
Vandré Fardin         295 (3,95%)             743 (2,51%)        138 (1,58%)     1.176 (2,56%)
Marcio Guilden       114 (1,53%)             361 (1,22%)        641 (7,34%)     1.116 (2,43%)
Juvelino Bortoli      132 (1,77%)              786 (2,66%)         97 (1,11%)     1.015 (2,21%)
João R. Arrosi         163 (2,18%)              643 (2,18%)       167 (1,91%)      973 (2,12%)
Sedinei Catafesta     131 (1,76%)             692 (2,34%)       118 (1,35%)       941 (2,05%)
Maristela P. Bridi    181 (2,42%)              475 (1,60%)        76  (0,87%)       732 (1,59%)
Kiko Paese                82 (1,10%)              271 (0,92%)       304 (3,28%)       657 (1,43%)
Lino Troes               146 (1,96%)              280 (0,95%)       169 (1,94%)       595 (1,29%)
Rudmar E. Silva       90 (1,20%)               473 (1,59%)         31 (0,35%)       594 (1,29%)