Em setembro de 1981 foi publicado o primeiro número, distribuída
ao público a primeira edição do “O Farroupilha”. Na época parecia ser mais uma
aventura jornalística, novidade editorial, predestinada ao insucesso por
exemplos fracassados de algumas outras tentativas de curto período duradouro.
O novel órgão da imprensa do começo da década de 80 foi em
frente, o que significou festejar recentemente, em setembro de 2011, 30 anos de
atividade ininterrupta - que agora em 2013 comemora-se 32 anos - uma data
histórica em termos jornalísticos em nossa cidade, façanha incrível, depois de
frustradas tentativas anteriores e de outras no decorrer do período, todas
também malogradas.
Muito justamente “O Farroupilha” passou a ser nessas três
décadas, por todas as sua edições, um verdadeiro compendio histórico da cidade,
testemunha escrita dos fatos passados mais relevantes da comunidade
farroupilhense.
Em razão disso, para realmente comprovar e marcar na
lembrança essa trajetória de mais de 30 anos a direção do jornal criou o espaço
“Há 30 anos”, que reproduz e revive nas edições atuais fatos ocorridos evidentemente
há 30 anos.
O colunista foi designado para pesquisar e editar os “30 anos”
e de acordo com o espaço concedido para a publicação é feito um resumido
noticiário dos acontecimentos mais palpitantes e por consequência os mais
importantes da época.
Há 30 anos tinha gente que nem era nascida, tem gente que
nasceu na época e que agora numa lógica contagem de tempo da vida é um jovem de
30 anos.
Gente que naturalmente não viu e agora conhece pelas páginas
do jornal uma cidade que não possuía logradouros cobertos por manta asfáltica,
ruas somente calçadas por paralelepípedos e muitas outras sem pavimentação.
Rapaziada daqueles anos em que nas noites de boemia se
divertiam na Beloni ou na Lomba do Sabão. Os mais aquinhoados eram assíduos na
La Gave e Boca D´oro em Caxias do Sul.
Naquele mesmo período “patricinhas” e “mauricinhos”, frequentavam
reuniões dançantes e bailes no Clube do Comércio.
Quem tinha 60 anos, para mais ou menos na época, conheceu e
sentiu a desastrada e galopante inflação, o cerceamento de liberdade, os
entraves ao democrático direito de expressão, rigores impostos pela ditadura
militar, mas que assistiu também jubilosamente a continuidade progressista de
Farroupilha com a fase áurea industrial.
Período também de predomínio no trânsito de automóveis da
indústria nacional, modelos de linha popular como Corcel, Chevette e Fusca e
mais sofisticados como Opala e Monza.
Em 1981, quem havia nascido, conhece agora o jornal, a
Farroupilha daquela época e poderão ler durante e daqui há 30 anos, obviamente com
60 anos, mais ou menos, os acontecimentos que deverão ocorrer nesse período ou até mesmo por mais 30 anos (60 no total),
com idade de 90 anos a evolução histórica, claro, desde que as pessoas e o
jornal possam existir por aquela época. Quem viver, verá.
Quem tinha 60 anos, no começo do jornal, viveram mais 30
anos e com 90 anos de idade muita história a contar, conforme contou o jornal.
Muita história mesmo contada nesses três decênios pelo “O
Farroupilha”, indubitavelmente súmula dos conhecimentos relativos à história de
Farroupilha, testemunha de 32 anos dos fatos da cidade conforme comprova e lembra
as edições de "Há 30 anos".