sábado, 27 de abril de 2013

Faz 30 anos


Em setembro de 1981 foi publicado o primeiro número, distribuída ao público a primeira edição do “O Farroupilha”. Na época parecia ser mais uma aventura jornalística, novidade editorial, predestinada ao insucesso por exemplos fracassados de algumas outras tentativas de curto período duradouro.

O novel órgão da imprensa do começo da década de 80 foi em frente, o que significou festejar recentemente, em setembro de 2011, 30 anos de atividade ininterrupta - que agora em 2013 comemora-se 32 anos - uma data histórica em termos jornalísticos em nossa cidade, façanha incrível, depois de frustradas tentativas anteriores e de outras no decorrer do período, todas também malogradas.

Muito justamente “O Farroupilha” passou a ser nessas três décadas, por todas as sua edições, um verdadeiro compendio histórico da cidade, testemunha escrita dos fatos passados mais relevantes da comunidade farroupilhense.

Em razão disso, para realmente comprovar e marcar na lembrança essa trajetória de mais de 30 anos a direção do jornal criou o espaço “Há 30 anos”, que reproduz e revive nas edições atuais fatos ocorridos evidentemente há 30 anos.

O colunista foi designado para pesquisar e editar os “30 anos” e de acordo com o espaço concedido para a publicação é feito um resumido noticiário dos acontecimentos mais palpitantes e por consequência os mais importantes da época.

Há 30 anos tinha gente que nem era nascida, tem gente que nasceu na época e que agora numa lógica contagem de tempo da vida é um jovem de 30 anos.

Gente que naturalmente não viu e agora conhece pelas páginas do jornal uma cidade que não possuía logradouros cobertos por manta asfáltica, ruas somente calçadas por paralelepípedos e muitas outras sem pavimentação.

Rapaziada daqueles anos em que nas noites de boemia se divertiam na Beloni ou na Lomba do Sabão. Os mais aquinhoados eram assíduos na La Gave e Boca D´oro em Caxias do Sul.

Naquele mesmo período “patricinhas” e “mauricinhos”, frequentavam reuniões dançantes e bailes no Clube do Comércio.

Quem tinha 60 anos, para mais ou menos na época, conheceu e sentiu a desastrada e galopante inflação, o cerceamento de liberdade, os entraves ao democrático direito de expressão, rigores impostos pela ditadura militar, mas que assistiu também jubilosamente a continuidade progressista de Farroupilha com a fase áurea industrial.

Período também de predomínio no trânsito de automóveis da indústria nacional, modelos de linha popular como Corcel, Chevette e Fusca e mais sofisticados como Opala e Monza.

Em 1981, quem havia nascido, conhece agora o jornal, a Farroupilha daquela época e poderão ler durante e daqui há 30 anos, obviamente com 60 anos, mais ou menos, os acontecimentos que deverão ocorrer nesse período  ou até mesmo por mais 30 anos (60 no total), com idade de 90 anos a evolução histórica, claro, desde que as pessoas e o jornal possam existir por aquela época. Quem viver, verá.

Quem tinha 60 anos, no começo do jornal, viveram mais 30 anos e com 90 anos de idade muita história a contar, conforme contou o jornal.

Muita história mesmo contada nesses três decênios pelo “O Farroupilha”, indubitavelmente súmula dos conhecimentos relativos à história de Farroupilha, testemunha de 32 anos dos fatos da cidade conforme comprova e lembra as edições de "Há 30 anos".    

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Parece uma zona


Final de tarde, início da noite em Brasilia. Nesse interregno natural do dia para a noite em terras brasilienses acontece, no sagrado templo da democracia e liberdade, Câmara dos Deputados, mais uma sessão plenária. Ali, qualificações inerentes ao recinto como o solene e o cerimonioso devem ser indispensáveis, as formalidades de relacionamento respeitosas entre seus pares, exigidas e cumpridas, enfim, o respeito reverenciado.

Esse ambiente nem sempre é assim. Semana passada cenas de falta de decoro, palavreado chulo e ofensivo, desrespeito como se ali fosse o local de um típico ambiente predominantemente vulgar e ordinário.

Entre o poente e o começo da noite transmite ao vivo a TV Câmara. Suas câmeras registram em vídeo e áudio a baixaria parlamentar.

Debates sobre o Fundo Partidário, discussões sobre o tempo a ser ocupado pelos partidos no espaço gratuito na televisão e rádio, controvérsias concernentes a formação de novos partidos com o consequente aliciamento de deputados.

Começa a desavergonhada e aviltante sessão plenária, início de situações constrangedoras e humilhantes. Da tribuna a insolência e desrespeito, o linguajar de prostíbulos com inumeráveis expressões grotescas, apropriadas somente aos chulos ambientes de zonas do meretrício, de bordeis, de prostituição, canalhices e bandalheiras.

O deputado Garotinho diz que o aliciamento aos deputados tem que terminar e nesse caso o maior prejudicado foi o DEM pela criação do PSD de Gilberto Kassab.

Rodrigo Maia que é do DEM dispara: “Meu partido foi estuprado”.

Silvio Costa do PTB chama companheiros de pilantras, moleques. O tempo esquenta, a tensão aumenta, seu microfone é ameaçado em ser desligado, em nome do decoro.

O careca Esperidião comparando os assuntos discutidos, usando metáfora, parafraseando eminente político, diz “... ficamos mais ou menos na situação da prostituta que, tendo se aposentado com o dinheiro que ganhou, acha que a virtude pública exige o fechamento da zona”. Mais adiante se torna mais claro e afirma que conforme o texto que prega a ortodoxia eleitoral estará fechado o mercado, ou mais claramente a zona. Vale perguntar ao deputado, zona da Câmara?

Roberto Freire PPS de São Paulo não gostou: “Quando o bordel era para as prostitutas do governo ficou aberto”. Tudo pela televisão. O mero espectador, gente do povo em voz alta incrédulo pergunta: “ Isso é ai é a Câmara dos Deputados ou a zona”    

                                                               *** ***

Margaret Thatcher , precursora da doutrina conservadora que acabou conhecida como thatcherismo, a líder representante do neoliberalismo, expoente de reacionários direitistas, rainha das privatizações, foi enterrada quarta-feira, funeral que custou 30 milhões de reais, ironicamente, despesas pagas com dinheiro público. Conforme seu pensamento o funeral deveria ser privatizado. Margaret foi primeira ministra inglesa de 1979 a 1990. Afirmam que salvou a Inglaterra da bancarrota, do descalabro econômico, mas a troco de quê? Do fechamento de minas e milhares de mineiros desempregados.

Radical conservadora era amigona de Ronald Reagan, extremado republicano direitista, admiradora do ditador chileno Pinochet, favorável ao apartheid africano, taxava Nelson Mandella como terrorista.  Na tragédia no estádio de futebol do Liverpool 96 torcedores morreram pisoteados. O governo de Thatcher disse que toda a culpa foi em razão do mau comportamento da torcida. Ano passado ficou comprovado que tudo aconteceu por incompetência policial que não abriu portões para a torcida escapar. Até hoje a torcida do Liverpool tem gritos de guerra contra Margarete.

Em 1982 seu governo estava em decadência e provavelmente perderia a eleição. Foi salva por patéticos e tresloucados militares da ditadura argentina. Para fazer média com a população invadiram as Malvinas, possessão inglesa. Foram derrotados, afugentados, escorraçados. Margaret antes disso, da invasão se realizar, não quis negociar para a retirada dos argentinos. Valia a vitória fácil por uma eleição difícil. Vitoriosos os ingleses vibraram, Margarete reeleita, as custa de quase mil jovens argentinos mortos.  

                                                          *** ***

 

 

 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A sortuda Caxias do Sul

Guartainguetá (SP), em termos de loteria á a cidade mais sortuda do país. Suas lotéricas ofereceram três grandes prêmios da mega-sena aos seus sortudos.
Em 2004, sorteio 601, R$ 11.8 milhões
Em 2005, sorteio 685, R$ 44.3 milhões
Em 2009, sorteio 1.101, R$ 22.3 milhões
Além desses prêmios da mega--sena, a sortuda cidade paulista já teve três acertadores no concurso da quina: em 2009, R$ 3 milhões; no mesmo ano R$ 412.3 mil e em 2010, R$ 3.4 milhões.
A segunda cidade mais sortuda nas loterias é Caxias do Sul. Em um mês foi sorteado para Caxias os prêmios maiores da lotofácil: concurso 880, R$ 881 mil; concurso 884, R$ 1.5 milhão, concurso 886, R$ 973 mil.além do bilhete da loteria federal de R$ 250 mil,um prêmios da lotomania de 1 milhão de reais ano passado e uma mega-sena, alguns anos atrás de 28 milhões de reais.

Roseana,mais aposentadoria

Pois bem. Roseana Sarnei, como se sabe aposentou-se como analista legislativa do Senado,nível III,padrão S-45, com o mais alto salário da categoria, teto do funcionalismo público de R$ 26.700 mil, porém,no fechamento das contas seu salário será um pouco mais de 21mil reais e isso acreditem por três anos como servidora pública. Sua trajetória "funcional".
Em 1974 numa espécie de "trem da alegria" promovidopelo ex-senador Jarbas Passarinho (Arena), Roseana conseguiu seu empregosem necessidade de concurso público, mas foi efetivada. De fato Roseana trabalhou entre 1982 e 1985 quando o pai José Sarney era senador.  Dessa forma com
vasta folha de serviço,aposentou-se.
Roseana quer mais. Solicitou sua aposentadoria como senadora, remuneração de um pouco mais de 26 mil reais. Hoje, como governadora do Maranhão recebe R$ 15.409.95 mensal. Quando terminar seu governo terá direito a esses mesmos valores como pensão vitalicia.
Excelente profissão essa de político

sábado, 13 de abril de 2013

Fofocas


Em ambiente solene e respeitoso, plenário da Câmara de Vereadores, local ao que parece frequentado “por pessoas equilibradas, honestas e idôneas”, desenvolveu-se um diálogo de “alto nível” pelo envolvimento de dois causídicos, que proporcionou lamentável e profundo mal-estar junto aos freqüentadores de um tradicional bar na cidade, um ponto cultural, sem qualquer ironia.

 O primeiro foi a tribuna da egrégia Casa municipal se defender de falsas acusações que foram discutidas de forma leviana, tipo assim fofocas, no interior do conhecido Bar do Bolacha, que como se sabe tem a fama de ser a origem de acontecimentos polêmicos, verdades ou inverdades, de onde surgem mexericos, intrigas, diz-que-diz.

Naquele local se discute e se divergi em muitos assuntos em razão da personalidade de seus freqüentadores, por sua própria natureza em que a conversação é predominante, envolvendo miscelâneas de assunto, onde pessoas conhecidas, amigas ou não, de pensamentos iguais ou contraditórios, se encontram para aquele saboroso hábito brasileiro: o cafezinho.

Entre discussões, um ponto de vista e outro, entre debates, réplica e tréplica, entre teses, argumentos e explicações, se estabelece por ali uma plena e autêntica tribuna popular democrática, sem ter reconhecidamente força e capacidade, acredita-se, para ser mencionada e citada e assim passar para os anais na conhecida “Casa do Povo”.

O segundo bacharel, de forma peremptória, apoiando claramente o primeiro, diz:

“Poucas pessoas equilibradas, honestas e idôneas frequentam este ponto cultural que o senhor citou”.

 A partir dessa declaração infeliz e desrespeitosa, verdadeiro despautério, evidentemente fica conceituado, segundo o bacharel, que os frequentadores do Bar do Bolacha em sua maioria são pessoas desequilibradas, desonestas e inidôneas.

Sou frequentador do Bar do Bolacha há muitos anos. Então, a partir daí, a questão se resume a um tom pessoal, o que me permite o direito de defesa.

Sou uma pessoa completamente equilibrada - em referência ao equilíbrio mental – pois nunca precisei de tratamento psiquiátrico.

Sou honrado, decoroso e probo, tenho honestidade e dignidade, autêntico ficha limpa. Não tenho nome sujo em SPC ou qualquer agente financeiro. O atestado de bons antecedentes comprova uma vida pregressa ilibada, sem mácula.

O autor do despropósito, da absurda qualificação, da leviandade praticada, que também é um edil, representante do povo no poder legislativo, permite, dá a liberdade para  qualquer cidadão a pensar e interpretar que no ambiente em que desempenha sua função pública, Câmara Municipal, entre seus pares, que são poucas as pessoas equilibradas, honestas e idôneas.

                                                   

 

 

 

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Roseana e Margaret

Governadora Rosenana Sarney (Maranhão) obteve ontem sua aposentadoria como analista legislativa, nivel III, padrão S45, o mais alto do Senado: o valor supera o teto do funcionalismo público. Após o redutor vai receber 26,7 mil de reais. Deve ter sido alguma "boquinha" conseguida com o pai, o sempre enterno senador Zé Sarney.

O cineasta Ken Loac, crítico de Margaret Thatcher sobre a discussão a respeito do gasto de R$ 30 milhões de dinheiro público com o funeral da Dama de Ferro:
- O enterro deveria ser privatizado. Como ela gostava abre-se uma concorrência e quem oferecer a proposta mais barata faz.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Receita de miojo


Prova de redação do Enem, condição preliminar e importante num exame institucional de um órgão público federal como o Ministério da Educação. 

Pois bem. Surge então um gaiato tentando fazer da seriedade uma brincadeira, coisa mais grave, uma chacota, achincalhe para com uma instituição e o pior, isso agradou de modo profundamente positivo os bobocas e apalermados militantes da direita reacionária. Erros merecem críticas, porém sem o radicalismo de extremistas.

O rapaz travesso e malicioso, que nem precisava do Enem (já é estudante de curso superior) resolveu desafiar a proposta, competência e lisura do exame em troca, talvez por aqueles famosos minutos de fama, ou a serviço da necessidade dos alunos se prepararem nos famigerados “cursinhos” com a mensagem de que também para o Enem é preciso realizar um curso preparatório, ou ainda, a serviço de algum órgão oposicionista e radical, com clara intenção de tumultuar, desmoralizar toda e qualquer iniciativa que tenha como pretensão fortalecer a educação pública. Como a hipocrisia que nos cerca, como o baixo senso crítico que nos rodeia, abobados bateram palmas para a infantil e imbecil atitude.

Muitas vezes a censura por parte de algumas pessoas é inadequada por não terem a capacidade da crítica, cínica pela desfaçatez e assim, pelo conjunto da obra, despropositada e incoerente.

Fácil reparar erros grosseiros na escrita, mas há pessoas (esses ditos críticos) que numa publicação de texto precisam de revisores para evitar barbaridades lingüistas, como exemplos, usar o trema, quando empregar o hífen, o uso adequado de uma vírgula.

Pessoas públicas, comunicadores, políticos, etc. se expressam sem qualquer obediência as mais simples concordâncias nominais ou verbais e pronunciam disparates, absurdos lingüísticos, ditos amiúde, como tu vai? Tu quer ? Nós vamo!!!

Pessoas com rudimentar conhecimento da língua portuguesa só podem mesmo tratar, até onde permite precários conhecimentos, de uma simplista receita de miojo e que se sentem soberanos ao criticar bizarrices no português.             

O rapaz que protagonizou a palhaçada é pouco criativo, não mostrou qualquer inventividade ao incluir em sua redação uma receita de miojo, o macarrão instantâneo, que qualquer ignorante, na educação ou culinária, prepara sem precisar de qualquer receita. Mais. È discutível seu paladar. Aparenta gosto culinário de profundo mau gosto: se satisfaz com um insosso prato de miojo, ou é parceiro da lei do menor esforço ao se alimentar. Porém convenhamos, em termos saudáveis, preferível o enjoativo miojo ao invés de um hambúrguer carregado de calorias, parceiro do colesterol.

Ainda, pensando em termos de paladar até que um miojo é melhor do que algumas ditas especiarias, por exemplo, o ensopado do amargo jiló ou quiabo cozido com miúdos de galinha, como moelas, acompanhado de maxixe em conserva e uma salada de chuchu.

Da próxima vez o engraçadinho do Enem pode aproveitar, combinando com o seu bizarro gosto literário, receitas de quiabo, chuchu e maxixe. Pode ser que se satisfaça.