Prova de redação do Enem, condição preliminar e importante
num exame institucional de um órgão público federal como o Ministério da
Educação.
Pois bem. Surge então um gaiato tentando fazer da seriedade
uma brincadeira, coisa mais grave, uma chacota, achincalhe para com uma
instituição e o pior, isso agradou de modo profundamente positivo os bobocas e
apalermados militantes da direita reacionária. Erros merecem críticas, porém
sem o radicalismo de extremistas.
O rapaz travesso e malicioso, que nem precisava do Enem (já
é estudante de curso superior) resolveu desafiar a proposta, competência e
lisura do exame em troca, talvez por aqueles famosos minutos de fama, ou a
serviço da necessidade dos alunos se prepararem nos famigerados “cursinhos” com
a mensagem de que também para o Enem é preciso realizar um curso preparatório,
ou ainda, a serviço de algum órgão oposicionista e radical, com clara intenção
de tumultuar, desmoralizar toda e qualquer iniciativa que tenha como pretensão
fortalecer a educação pública. Como a hipocrisia que nos cerca, como o baixo
senso crítico que nos rodeia, abobados bateram palmas para a infantil e imbecil
atitude.
Muitas vezes a censura por parte de algumas pessoas é inadequada
por não terem a capacidade da crítica, cínica pela desfaçatez e assim, pelo
conjunto da obra, despropositada e incoerente.
Fácil reparar erros grosseiros na escrita, mas há pessoas
(esses ditos críticos) que numa publicação de texto precisam de revisores para
evitar barbaridades lingüistas, como exemplos, usar o trema, quando empregar o
hífen, o uso adequado de uma vírgula.
Pessoas públicas, comunicadores, políticos, etc. se
expressam sem qualquer obediência as mais simples concordâncias nominais ou
verbais e pronunciam disparates, absurdos lingüísticos, ditos amiúde, como tu
vai? Tu quer ? Nós vamo!!!
Pessoas com rudimentar conhecimento da língua portuguesa só
podem mesmo tratar, até onde permite precários conhecimentos, de uma simplista
receita de miojo e que se sentem soberanos ao criticar bizarrices no português.
O rapaz que protagonizou a palhaçada é pouco criativo, não
mostrou qualquer inventividade ao incluir em sua redação uma receita de miojo,
o macarrão instantâneo, que qualquer ignorante, na educação ou culinária,
prepara sem precisar de qualquer receita. Mais. È discutível seu paladar.
Aparenta gosto culinário de profundo mau gosto: se satisfaz com um insosso prato
de miojo, ou é parceiro da lei do menor esforço ao se alimentar. Porém
convenhamos, em termos saudáveis, preferível o enjoativo miojo ao invés de um
hambúrguer carregado de calorias, parceiro do colesterol.
Ainda, pensando em termos de paladar até que um miojo é
melhor do que algumas ditas especiarias, por exemplo, o ensopado do amargo jiló
ou quiabo cozido com miúdos de galinha, como moelas, acompanhado de maxixe em
conserva e uma salada de chuchu.
Da próxima vez o engraçadinho do Enem pode aproveitar, combinando
com o seu bizarro gosto literário, receitas de quiabo, chuchu e maxixe. Pode
ser que se satisfaça.
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