sábado, 13 de abril de 2013

Fofocas


Em ambiente solene e respeitoso, plenário da Câmara de Vereadores, local ao que parece frequentado “por pessoas equilibradas, honestas e idôneas”, desenvolveu-se um diálogo de “alto nível” pelo envolvimento de dois causídicos, que proporcionou lamentável e profundo mal-estar junto aos freqüentadores de um tradicional bar na cidade, um ponto cultural, sem qualquer ironia.

 O primeiro foi a tribuna da egrégia Casa municipal se defender de falsas acusações que foram discutidas de forma leviana, tipo assim fofocas, no interior do conhecido Bar do Bolacha, que como se sabe tem a fama de ser a origem de acontecimentos polêmicos, verdades ou inverdades, de onde surgem mexericos, intrigas, diz-que-diz.

Naquele local se discute e se divergi em muitos assuntos em razão da personalidade de seus freqüentadores, por sua própria natureza em que a conversação é predominante, envolvendo miscelâneas de assunto, onde pessoas conhecidas, amigas ou não, de pensamentos iguais ou contraditórios, se encontram para aquele saboroso hábito brasileiro: o cafezinho.

Entre discussões, um ponto de vista e outro, entre debates, réplica e tréplica, entre teses, argumentos e explicações, se estabelece por ali uma plena e autêntica tribuna popular democrática, sem ter reconhecidamente força e capacidade, acredita-se, para ser mencionada e citada e assim passar para os anais na conhecida “Casa do Povo”.

O segundo bacharel, de forma peremptória, apoiando claramente o primeiro, diz:

“Poucas pessoas equilibradas, honestas e idôneas frequentam este ponto cultural que o senhor citou”.

 A partir dessa declaração infeliz e desrespeitosa, verdadeiro despautério, evidentemente fica conceituado, segundo o bacharel, que os frequentadores do Bar do Bolacha em sua maioria são pessoas desequilibradas, desonestas e inidôneas.

Sou frequentador do Bar do Bolacha há muitos anos. Então, a partir daí, a questão se resume a um tom pessoal, o que me permite o direito de defesa.

Sou uma pessoa completamente equilibrada - em referência ao equilíbrio mental – pois nunca precisei de tratamento psiquiátrico.

Sou honrado, decoroso e probo, tenho honestidade e dignidade, autêntico ficha limpa. Não tenho nome sujo em SPC ou qualquer agente financeiro. O atestado de bons antecedentes comprova uma vida pregressa ilibada, sem mácula.

O autor do despropósito, da absurda qualificação, da leviandade praticada, que também é um edil, representante do povo no poder legislativo, permite, dá a liberdade para  qualquer cidadão a pensar e interpretar que no ambiente em que desempenha sua função pública, Câmara Municipal, entre seus pares, que são poucas as pessoas equilibradas, honestas e idôneas.

                                                   

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário