Em ambiente solene e respeitoso,
plenário da Câmara de Vereadores, local ao que parece frequentado “por pessoas
equilibradas, honestas e idôneas”, desenvolveu-se um diálogo de “alto nível”
pelo envolvimento de dois causídicos, que proporcionou lamentável e profundo
mal-estar junto aos freqüentadores de um tradicional bar na cidade, um ponto
cultural, sem qualquer ironia.
O primeiro foi a tribuna da egrégia Casa
municipal se defender de falsas acusações que foram discutidas de forma leviana,
tipo assim fofocas, no interior do conhecido Bar do Bolacha, que como se sabe
tem a fama de ser a origem de acontecimentos polêmicos, verdades ou inverdades,
de onde surgem mexericos, intrigas, diz-que-diz.
Naquele local se discute e se
divergi em muitos assuntos em razão da personalidade de seus freqüentadores,
por sua própria natureza em que a conversação é predominante, envolvendo
miscelâneas de assunto, onde pessoas conhecidas, amigas ou não, de pensamentos
iguais ou contraditórios, se encontram para aquele saboroso hábito brasileiro:
o cafezinho.
Entre discussões, um ponto de
vista e outro, entre debates, réplica e tréplica, entre teses, argumentos e
explicações, se estabelece por ali uma plena e autêntica tribuna popular
democrática, sem ter reconhecidamente força e capacidade, acredita-se, para ser
mencionada e citada e assim passar para os anais na conhecida “Casa do Povo”.
O segundo bacharel, de forma
peremptória, apoiando claramente o primeiro, diz:
“Poucas pessoas equilibradas, honestas
e idôneas frequentam este ponto cultural que o senhor citou”.
A partir dessa declaração infeliz e
desrespeitosa, verdadeiro despautério, evidentemente fica conceituado, segundo
o bacharel, que os frequentadores do Bar do Bolacha em sua maioria são pessoas desequilibradas,
desonestas e inidôneas.
Sou frequentador do Bar do
Bolacha há muitos anos. Então, a partir daí, a questão se resume a um tom pessoal,
o que me permite o direito de defesa.
Sou uma pessoa completamente
equilibrada - em referência ao equilíbrio mental – pois nunca precisei de
tratamento psiquiátrico.
Sou honrado, decoroso e probo,
tenho honestidade e dignidade, autêntico ficha limpa. Não tenho nome sujo em
SPC ou qualquer agente financeiro. O atestado de bons antecedentes comprova uma
vida pregressa ilibada, sem mácula.
O autor do despropósito, da
absurda qualificação, da leviandade praticada, que também é um edil,
representante do povo no poder legislativo, permite, dá a liberdade para qualquer cidadão a pensar e interpretar que
no ambiente em que desempenha sua função pública, Câmara Municipal, entre seus
pares, que são poucas as pessoas equilibradas, honestas e idôneas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário