segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Marina morena, Marina, você se enganou

O mais importante e altaneiro projeto de quem faz carreira política, na realização de seu objetivo maior, é eleger-se presidente de uma nação e no caso específico aqui a ser mencionado, permite uma pergunta direta, indispensável e fundamental:
A pessoa que não tem capacidade de organizar e fundar um partido político teria competência em governar um país?
Marina Silva não conseguiu satisfazer as exigências da Justiça eleitoral para regularizar o seu partido Rede Sustentabilidade. Não teve como arregimentar o número mínimo de assinaturas (496 mil) devidamente autenticadas. A adesão esperada de eleitores para satisfazer os procedimentos legais não teve o espírito, o desejo não foi correspondido ao que foi proposto, a oficialização partidária.
Sabia que se tratava de uma causa perdida, pela não observação da legislação para registro de um partido, mas esteve lá, na última instância, presente evangelicamente e piedosa na platéia do tribunal, quando seu processo foi apreciado, acreditando na benevolência, na comiseração, na condescendência dos senhores juízes do Tribunal Superior Eleitoral.
Mas se fez a lei. Prevaleceram os requisitos impostos pela legislação o que foi verificado e esclarecido conforme julgamento pelos senhores juízes, de forma insofismável, inequívoca e inquestionável.
Marina perdeu e acusou o PT de pérfido. O seu ex-partido tentou obstruir de todas as maneiras a criação do Rede Sustentabilidade, primeiro num projeto no Congresso, depois pela má vontade dos cartórios eleitorais e segundo seu pensamento, funcionários a serviço da ordem petista. Seriam milhares de petistas em cartórios nacionais, mas ao que parece, não. Faltou competência ao Rede para se mostrar lídimo, se legitimar como partido. No Cartório Eleitoral de Caxias do Sul, cidade que ultrapassa aos 322 mil eleitores, 560 eleitores assinaram ficha pelo Rede. Desses somente 438 foram legitimados, 93 assinaturas não conferiram com documentos (portanto falsas) e 46 eleitores nem pertenciam a cidade. No Cartório Eleitoral de Farroupilha, somente 185 assinaturas, foram devidamente aceitas e registradas num universo de pouco mais de 51 mil eleitores. Talvez acreditando em seu carisma, não tão comprovado assim agora, e nos milhões de votos na última eleição, por isso tudo Marina, mostrou exagerada convicção, uma deslumbrada autoconfiança, de que o tempo não seria problema, o curto espaço de tempo sete meses.
O recém criado Solidariedade, que tem como base a força dos sindicatos dos trabalhadores, levou dois anos para se organizar e atender os requisitos da legislação. O outro novel partido criado PROS, seu líder levou seis anos para se organizar.
Marina, na tentativa frustrada de fundar seu partido político, foi com desalento que teve que adiar a ideia de ter uma agremiação como paradigma autêntico da ética, uma associação pela decência no exercício da atividade política de acordo com os valores morais da conduta humana.
Marina não conseguiu, perdeu. Sem o partido ideal da integridade de caráter político, inevitável a postergação de uma candidatura para uma eleição presidencial por mais quatro anos. Não quis esperar. Esqueceu seus propósitos idealistas, desprezou os princípios de uma política pela retidão. Quis ser imediatista ou vingativa. De imediato não teve a paciência da espera, não poderia ficar afastada do próximo pleito eleitoral, por isso a adesão a outro partido, o que pode ter decepcionado, imaculado profundamente seus puristas seguidores.
Dona de 20 milhões de votos na última eleição, o que determinou um segundo turno no pleito de 2010, Marisa com o espírito vingativo, buscando a desforra, não poderia ficar fora em 2014, não ficaria sem atrapalhar mais uma vez a eleição do PT, determinando provavelmente mais um segundo turno ou até mesmo vencer a eleição desde que o PSB de Eduardo Campos permitir. Imediatista ou vingativa a verdade é de que Marisa traiu os princípios, a ética, do morto no nascedouro Rede Sustentabilidade.








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