sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Virginia

Afinal, o que ele estaria fazendo naquele lugar? Esperando alguém ou ninguém?
O local, uma pequena arborizada e frondosa praça, semelhante a tantas outras do interior, espetacularmente linda, com jardins e canteiros repletos de flores, com imensa variedade de cores, numa miscelânea adorável multicolorida.
Com tanta beleza natural, o que estaria ali fazendo Carlos Augusto? Apreciando tão somente aquele magnífico cenário que comprova a existência da vida?
Caminha, anda de um lado para outro, dá inúmeras voltas e de súbito está envolvido com uma pequena multidão. São algumas dezenas de pessoas totalmente desconhecidas.
Tem a sensação de perdido no meio daquele grupamento. Afinal nada tem a ver com o ambiente. As pessoas ali postadas se mostram agitadas. Dão a nítida impressão de que estão esperando a chegada de alguém ou outrem .
Conversam de maneira animada, mostram-se alegres e felizes, exaltando satisfação.
Evidentemente que aguardam parentes ou queridos amigos.
Num canto, num pequeno grupo, alguém conta uma aventura hilariante e os circunstantes dão gostosas gargalhadas.
Carlos Augusto ouve, não acha graça alguma. Acha sim, coisa bem boba.
Outra meia dúzia de gente conversa, falam de assuntos comuns, do cotidiano, das vantagens e realizações de cada um, coisas de final de anos, coisas despropositadas para a oportunidade. E Carlos Augusto, fazendo o quê ali? Filosoficamente como se diz, um rosto perdido no meio da multidão.
Passa o tempo, não sabe exatamente quanto. Uma hora, talvez. Tempo em que Carlos Augusto se sente desnorteado, sem rumo, decididamente perdido.
De repente há um burburinho, um alvoroço através de uma manifestação alegre e agitada. Pessoas com os braços levantados e sacolejantes  é a demonstração de contagiante alegria. É quando a ansiedade se desfaz.
Aproxima-se um ônibus. Agora se sabe o porquê das pessoas ali reunidas.
Esperavam o ônibus com seus passageiros, aguardados com angstia.
Os passageiros descem vagarosamente do coletivo e são efusivamente recepcionados pelos que os esperam. Muitos beijos e abraços. Lágrimas emotivas são derramadas pela sensibilidade do tão esperado reencontro.
Carlos Augusto a média distância observa. Ele que estava completamente alheio ao ambiente sente alguma emoção. Emoção pela alegria que é uma forma de felicidade.
Carlos Augusto em observância continua seduzido, atraído pela movimentação.
Desceram, não contou, mas aproximadamente 15 passageiros. O ritmo da emoção prossegue quando uma linda moça, deslumbrante pela beleza, loira de profundos, belíssimos e estonteantes olhos azuis chama a atenção do nosso observador.
Seus olhos, como um instantâneo fotográfico, gravam a imagem daquela divindade feminina. Sentiu-se desconexado, apalermado, surpreendido, espantado, enfim boquiaberto, quando aquele encanto de mulher gritou:
- Carlos Augusto.... Carlos Augusto... Sou eu, Virginia.
Carlos Augusto esfregou as mãos sobre a pele. Chamou baixinho a si pelo seu próprio nome para ter certeza de que era ele o Carlos Augusto chamado.
Mas é quem era Virginia? A Virginia, casta, virgem, da lucidez incomum, das coisas certas. Seria essa a Virginia? Ou simplesmente uma ilusão, algo enganador, uma coisa efêmera? Ouve de novo com insistência por três, quatro vezes: Carlos Augusto, Carlos Augusto... Ele se aproxima daquela que poderia ser sua mulher, mais que isso sua deusa. Sente aquele odor perfumado, não pela fragrância de um produto industrializado, mas pelo seu natural e atraente aroma produzido pelo aquele corpo divino.
Carlos Augusto está pertinho dela. Carlos Augusto e Virginia beijam-se. Sons de sininhos distantes, luzes, muitas luzes, alegria e emoção.
Na verdade tudo longe da realidade. Imagens de um sono, pura fantasia, somente devaneio. Simplesmente um sonho de uma noite.



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Advento/Natal

Nas quatro semanas que antecedem o Natal, os cristãos se preparam para as comemorações natalinas, liturgia denominada de Advento (do latim adventus, que pode significar vinda ou chegada).
É um tempo com o ritual de preparação em que predomina a alegria, a imensa expectativa dos fiéis esperando o nascimento de Jesus Cristo, tempo em que vivem o amor, a fraternidade e a paz.
Tem outra gente – talvez não tão cristã assim - que se prepara para o Natal até dois meses com antecedência. Seriam os infiéis, ateus ou agnósticos, descrentes profanos com suas irreverências em relação às coisas sagradas, como o nascimento de Cristo.
Seriam todos aqueles em que o Natal não teria aspecto tão rigorosamente religioso.
O Natal concernente ao capitalismo, as cifras, as vendas, a ganância sem limites, o exagero em agradar, contentar a sociedade de consumo.
Sociedade que esta ligada ao materialismo, a luxuria, à satisfação pessoal ou de outrem, com espiritualidade em segundo plano, se não for totalmente esquecida.
Casas de famílias cristãs com árvore de Natal montada.
Luzinhas piscantes a envolvem como se fossem estrelas guias assinalando o caminho da fraternidade, da paz, da esperança, do amor, na estrada da vida.
As luzonas de lojas possuem aquele forte fluxo radiante de estonteantes cores, capaz de estimular a vontade de compra, chamar a atenção de um distraído passante.
No lar cristão há sempre a exposição do presépio com o menino na manjedoura, simbolismo da humilde.
Para o consumo essa imagem da modéstia, da simplicidade não interessa.
O substancial é o poder para adquirir, condição para comprar, materialismo em forma de dinheiro.
A real comemoração do Natal, o nascimento de Jesus Cristo, fica restrita aos cristãos.
Na sociedade de consumo a figura de Cristo é substituída pelo lendário e tradicional Papai Noel, hoje em dia, o elemento simbólico do consumismo.
Uma imagem deturpada, pois o verdadeiro Papai Noel, mais precisamente São Nicolau Taumaturgo, arcebispo turco, costumava ajudar as pessoas pobres da cidade de Mira com presentes.
As crianças - que no dia do nascimento também foram “jesus” - enlevadas se encantam com Papai Noel, o bom velinho, que significa presentes e que está a serviço da sociedade consumista da classe média.
Como se observa esse texto nos remete a clássica e antiga discussão que envolve a espiritualidade e materialismo, os dogmas religiosos e a sociedade de subsistência, conceitos ideológicos, o capitalismo selvagem, desenfreado ou não.
São assuntos polêmicos, discutíveis, de focos diferenciados pela vontade e opinião de cada um, pelo jeito de ver de cada qual ao encontro do interesse de cada um.
Conforme o ceticismo são teses baseadas na dúvida constante, na renúncia de atingir a verdade absoluta.
Assim há os do lado de cá, tem os do lado de lá, respeitando a doutrina religiosa, o pensamento filosófico de cada um, até mesmo daquele “que nem tá ai”, “tá fora dessa”.
Assim conceitos, opiniões e definições se houverem, nesse aspecto serão eternas.
Algo é certo e obrigatoriamente se busca entender. Na verdade existe a vida espiritual, mas há a filosofia do materialismo, obviamente em que perdura a matéria, o dinheiro, o consumo, a subsistência humana, o conjunto das coisas necessárias para o sustento da vida, necessidades para mover a roda da fortuna, a roda da vida.    
     


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A viagem nupcial

A princípio a lua de mel, a viagem de núpcias, ocorre logo após o casamento.
É aquele momento após a solenidade da união legitima entre o homem e a mulher, depois da festa, em que acontece a celebração íntima por parte do casal preferencialmente com uma viagem. Viagem de amor,de romance.
Nos tempos de hoje, de vida competitiva, do pãonossodecadia, nem sempre a lua de mel, a viagem, ocorre de imediato, após as núpcias.
Há o aspecto profissional, do trabalho que não se pode afastar.
Minha filha Carolina depois de quase um ano de matrimônio, realizou sua fortunosa lua de mel, a venturosa viagem de núpcias, diríamos, já meio fora de época, atrasada em razão de obrigações profissionais, a oportunidade de gozar o período de férias nem sempre no momento desejado, mas de acordo com as conveniências da empresa empregadora.
Assim Carolina, e o mais novo agregado à família, meu genro Rafael, embarcaram para a Europa. Carolina tem como colega de trabalho, Leticia, que também esperava a oportunidade para a viagem de núpcias. Leticia tem uma tia (gaúcha de Três de Maio) que vive na Alemanha há mais de 30 anos.  
A tia moradora na cidade de Leer, estado da Baixa Saxonia, conhecedora e viajante européia tratou de traçar um roteiro, providenciar traslado e fazer reservas em hotéis.
Assim, os casais, dispensando agência de viagem, com aquele protocolo que oferece o indispensável itinerário de dias e horas marcadas, com as manjadas visitas programadas, realizaram uma viagem calma e bem diferenciada. .
Carolina e Rafael, junto com Leticia e o marido Cristiano, chegaram ao aeroporto de Frankfurt onde a tia esperava. De Frankfurt, uma viagem de trem de duas horas até Munich, onde passaram o dia, conhecendo a cidade e inclusive, o majestoso estádio do poderoso e campeoníssimo Bayer de Munich. 
De Munich, em viagem de oito horas de trem dormitório, chegada à Veneza e fazer o que é tradicional: passear na praça de São Marcos e de barco percorrer os canais que banham a cidade. Em três dias de estada foi tempo suficiente para o conhecimento. Falar da beleza da cidade, desnecessário.
Mas nem tudo é bonito, relata minha filha; em Veneza, pelas ruas e comum ver mulheres mulçumanas, com suas tradicionais vestes, pedintes, implorando esmolas.
Na praça de São Marcos há os inconvenientes pombos. A pessoa pode ser incomodada, sujada, com alguma expelição aérea de excrementos como a matéria fecal.
Menos mal (com água se limpa), relacionado em adquirir doença por alguma bactéria.
De trem, foram até Modena. Dali até Maranello, a cidade da Ferrari, distante quase 20 quilômetros. Quase uma obrigação ir até lá, principalmente para quem gosta de automobilismo, como o genro Rafael que ali realizou o sonho de pilotar uma Ferrari na estrada a 170 quilômetros por hora. Em Maranello aluga-se Ferrari e ao lado do instrutor, com uma licença internacional fornecida pelo Detran daqui, passeia-se em terra italiana. De Modena a Roma, mais uma viagem de trem com a duração de mais ou menos quatro horas. Impressionou aos viajantes o aspecto negativo, obscuro, dando a impressão de insegurança na estação ferroviária. Alguma sujeira, pessoas malencaradas por parte de asiáticos, africanos e muçulmanos. Por ali, o comércio de hotéis, hospedarias tem como proprietários árabes e coreanos.
Outra má impressão de Roma junto as ruínas romanas - Coliseu, Forum – mais mendigos pedindo esmola. Depois de três dias em Roma, os dois felizes casaizinhos em lua de mel, viagem de núpcias, de avião se mandam para Paris.
Depois Amsterdam e de lá novamente Alemanha, em Leer, casa da tia de Leticia.
   

  


  

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

História

A partir de 1930 o país passou a ser comandado pelo ditador Getulio Vargas.
Por força do tiranismo subiu ao poder com um golpe de estado pela revolução de 30, que despojou pela força das armas, o presidente da República Washington Luiz e impediu a posse do presidente eleito democraticamente naquele ano, Julio Prestes.
Esse movimento revolucionário provocou queda da chamada República Velha e início de um processo político denominado Governo Provisório, que de provisório nada tinha, perdurando por alguns anos
A Revolução Constitucionalista de 1932 provocada pelos paulistas tinha como bandeira de luta o retorno pleno da democracia. Superado e passado o momento revolucionário a questão política recrudesceu. Eleições realizadas e uma Assembléia Constituinte proclamou a Constituição de 1934, a segunda republicana.
Como toda a Constituição, foi redigida para organizar um regime democrático assegurando a Nação a unidade, a liberdade, a justiça, o bem-estar social e econômico.
Na realidade trata-se de uma retórica com um conjunto de regras nem sempre fielmente obedecido, sem o cumprimento à risca de seus princípios.
Foi a Constituição na história brasileira que menos durou, três anos, na verdade oficialmente durou apenas um ano. Em 1938, constitucionalmente, haveria eleições livres inclusive para presidente da República.
Não houve. Em 1937 surge uma nova constituição, essa autoritária, que foi outorgada por Getulio Vargas e assim ele, Vargas, continuando presidente e ditador e o pleno estado revolucionário autoritário.
Pois bem, todo esse preâmbulo, essa lenga-lenga revolucionária ditatorial, o texto histórico republicano é para afirmar que Farroupilha nasceu, emancipou-se, num interregno democrático de um ano, num breve período de liberdade, durante a Constituição e o ano de 1934.
Sendo assim surgiu Farroupilha num curto período de plena democracia, na verdade nem tanto assim, meio falseado, meio fajuto.
Num momento constitucional emancipou-se Farroupilha, mas foi necessário o poder despótico, o regime de exceção, a participação dos homens, governantes e governados, pertencentes ao regime autoritário, membros de um sistema ilícito, figuras da ilegalidade, para que o grito emancipador da liberdade ecoasse, para que o povo dessa
terra farroupilha livra-se do jugo, submissão, sujeição e opressão da autoridade caxiense.  Estava prestes a terminar o espólio, a privação das riquezas farroupilhenses por  Caxias do Sul, através da cobrança de escorchantes impostos, gente explorada pelo vizinho município por não possuir autonomia e independência.
General Flores da Cunha era uma dessas personalidades, protagonista ativo do momento revolucionário, da era Vargas, de quem era amigo e companheiro, súdito fiel.
Flores da Cunha, no período do governo totalitário de Vargas foi interventor nomeado,  ou seja, representante do governo federal no Rio Grande do Sul, desde 1930.   
Com a Constituição de 1934, com eleições programadas, Flores da Cunha tinha o desejo de legalmente se eleger governador e foi nessa campanha eleitoral junto aos futuros farroupilhenses que o general prometeu a emancipação política.
Há uma foto, já publicada pelo “O Farroupilha”, em que Flores da Cunha, em campanha política prometendo a emancipação, chega a antiga estação férrea de Nova Vicenza e aparece garbosamente uniformizado, descendo do trem. Sua visita não foi em vão.
Algum tempo depois uma comitiva de 35 farroupilhenses, liderada por Ângelo Antonello, representante das comunidades de Nova Vicenza, Nova Milano, Nova Sardenha e Vila Jansen, entregou a petição reivindicatória de emancipação.
E assim foi feito, criada a cidade de Farroupilha através do decreto estadual 5.779 de 11 de agosto de 1934 e o neófito município daquela maneira batizado, em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha, que seria comemorado no ano seguinte (1935). 
De certa maneira sinto-me honrado, me causa imensa satisfação nesse processo de emancipação, em razão de uma ligação familiar. Meu avô, Faustino Gomes, espanhol, radicado em terra farroupilhense, fez parte da comissão de emancipação.
Parabéns à Farroupilha e ao seu povo pelos 79 anos.
  






 


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

LULU

As duas jovens mantém um dialogo, uma conversação através do hashtags no facebook, utilizando um novel, moderno e neófito aplicativo chamado Lulu.
Graci (apelido derivado do nome da jovem que é Graciela) se comunica com a amiga Manu (na verdade no batismo e registro civil Manuela).
- Manu, sabe o Paulinho, você conhece, parece até já ficou com ele.
- Sim, conheço Graci. Mas nunca fiquei com ele. Ele é um cara muito galinha.
- Pois é Manu, mas eu fiquei. Eu não poderia rejeitar aquele possante Apolo loiro de quase dois metros de altura, de um tórax e braços super delineados, de coxas e pernas bem torneadas. Aquele monumento humano me fez apaixonar. Fiquei.
- E ai Graci, como foi?
- Nem te conto Manu. Uma decepção.
A amiga, com intensa curiosidade, querendo saber detalhes, para quem sabe, serem utilizados no Lulu, para comentar especialmente o desempenho de Paulinho.
- Diga Graci, o que aconteceu.
Pois é. Sabe aquela aparência física exuberante é enganadora. “Aquilo”, você sabe Manu ao que estou me referindo, é simplesmente um total desapontamento, incrível desilusão, coisa, acredite amiga, que nem chega a oito centímetros.
- Na verdade Graci, eu nada quis com Paulinho porque no Lulu já havia sido comentada a medida dele.
Graci informa que não é mais ficante de Paulinho. Explica não somente por causa da medida comentada, mas por ser ele um egocêntrico, orgulhoso, com aquela aparência externa de um gigante, de um Poseidon, mas naquela peça bem intima, um nanico.
Graci dá continuidade ao papo e pergunta por Betinho, namorado de Manu.
- Está tudo bem. Betinho não é nenhum Deus grego, mas ele é muito gostosinho.
- Mas Manu como é que você pode gostar daquele baixinho? Indaga Graci.
- Graci, ele não tão baixinho assim, tem um 1 metro e 70, em compensação “aquilo” tem 18 centímetros. Ele é um parrudo.
Graci e Manu encerram a conversação e certamente as “medidas certas” ou mais ou menos certas, serão comentadas no Lulu, pelas amigas de Graci e Manu e por outras amigas de outras amigas. Ruim para o falso Paulinho, bom para o bem dotado Betinho.
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Pois bem. Lulu é um aplicativo especial da mulherada, ferramenta que está causando a maior sensação, proporcionando a elas comentários exclusivos sobre amigos, parceiros e namorados, desde as coisas pouco significativas como a cor da cueca, se faz depilação ou não, até os segredos da alcova.
Por ali, pelo Lulu, todos os detalhes dos ficantes, entre elas, são revelados.
A turma do clube das Luluzinhas são praticantes compulsivas do programa.
Não tem prá homem. O pessoal da casa do Bolinha está fora, não tem pra eles.
Uma turma que muito provavelmente está sendo espionada, avaliada e comentada pelo Lulu. A rapaziada, em comentários entre as garotas, é avaliada pelo seu desempenho, por suas valências físicas, pelo primeiro encontro, o primeiro beijo, o primeiro de fato ficar, o sexo, avaliação feita inclusive por notas entre zero e 10.
Tem homem que não sabe que recebeu nota 10, o que seria uma massagem de realização no ego, a vaidosa autoestima.
Mas, também tem aqueles que foram reprovados com zero. Bom para esses não se decepcionarem com o resultado, evidentemente por não saberem.
No Lulu há fantasias, verdades e mentiras, que os homens não sabem se são verdadeiras ou falsas, pois a eles é proibida qualquer descoberta.
Entre elas nem tudo é verdadeiro, ou se é, às vezes nada é comentado.
Se vangloriar, comentar no Lulu e informar que o namorado é nota 10, da medida certa, a moiçola está correndo sério risco de perder o seu bofe.