Época do
Império. Imperador Dom Pedro I, depois na ordem natural da sucessão Dom Pedro
II. Outro Pedro, o Simon, do partido político que tem como sigla quatro
consoantes p,m,d,b, foi conselheiro e até ministro dos dois imperadores.
Dizem ainda,
em tempos de antanho, de Dom João VI, que Ulisses Guimarães era seu consultor
político. Assim se acredita que em remoto passado e como hoje, o PMDB não era
governo, mas estava no governo. O PMDB só não foi assim em sua sina fisiológica
durante a ditadura de Getulio Vargas e o golpe militar de 1º de abri de 64, mas
voltou ao seu destino na condição ubíqua, onipresente no estado político do
país como governo e parte do governo na
redemocratização em década de 80.
O quadro
acima descrito pode valer como uma metáfora, um exagero no sentido figurado,
irreverência histórica do nada acontecido, enfim, uma analogia bem-humorada,
uma sátira, uma censura jocosa para demonstrar a capacidade do PMDB em desenvolver
ações políticas com a troca de favores na busca do objetivo em obter resultados
desejados, as benesses, o famigerado “tomá lá dá cá” que resulta no
aquinhoamento com cargos públicos em órgãos governamentais, ministérios e
empresas estatais, para satisfação de todos apaniguados peemedebistas.
Partido
adesista, oportunista político, apóia qualquer governo de forma espúria,
independente da coerência ideológica, de uma coesão doutrinária programática.
Apesar de
todos esses procedimentos políticos em que os mais críticos denotam falta absoluta
da ética e moral política, há de se considerar que a ciência referente ao
Estado de direito e democrático, com seus sistemas e organizações, permite
negociações partidárias, habilidade de se impor nas questões políticas de forma
sorrateira, de modo matreiro, astuto e sagaz por seus interesses.
Isso o PMDB faz eficientemente, que talvez possa
ser politicamente incorreto. Pode se discutir se são procedimentos antiéticos,
conceitos imorais, o que pouco importa quando se obtém os resultados desejados
de estar governo, ser governo.
Política
pela política conceitualmente maquiavélica quando os fins justificam os meios.
Nesse
aspecto os peemedebistas tem muito a ensinar aos petralhas e aos coxinhas, praticantes
e executantes de política nos moldes de alunos pertencentes a grêmio
estudantil. Quanto ao PMDB é pós-graduado em causas políticas, diploma de
doutorado pelo pragmatismo político, honoris causa em filigranas e chicanas
políticas.
O PMDB foi
governo com José Sarney e Itamar Franco. Está no governo desde Fernando
Henrique, passado por Lula e prossegue com Dilma. Somados os anos em ser
governo e estar no governo são quase 30, uma majestosa epopéia política
histórica.
De repente
os peemedebistas vão deixar de estar no governo e ser governo. São promissoras
essas possibilidades pelas desventuras do governo do PT com Dilma.
Mais de
repente ainda, o PMDB pode fazer coro, apoiar aos golpistas que desejam o
impeachment de Dilma. O processo chega ao Congresso e se faz valer a força
política do PMDB junto aos aliados e a oposição.
Assim, pela
força política peemedebista Dilma é “impecheada” e nessa condição conforme a
Constituição assume o vicce-presidente que é Michel Temer que nada coincidentemente
é do PMDB e o PMDB já não está mais no governo, passa a ser de fato e direito
governo.
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