terça-feira, 17 de março de 2015

Coxinhas e Petralhas aprendam com o PMDB

Época do Império. Imperador Dom Pedro I, depois na ordem natural da sucessão Dom Pedro II. Outro Pedro, o Simon, do partido político que tem como sigla quatro consoantes p,m,d,b, foi conselheiro e até ministro dos dois imperadores.
Dizem ainda, em tempos de antanho, de Dom João VI, que Ulisses Guimarães era seu consultor político. Assim se acredita que em remoto passado e como hoje, o PMDB não era governo, mas estava no governo. O PMDB só não foi assim em sua sina fisiológica durante a ditadura de Getulio Vargas e o golpe militar de 1º de abri de 64, mas voltou ao seu destino na condição ubíqua, onipresente no estado político do país  como governo e parte do governo na redemocratização em década de 80.
O quadro acima descrito pode valer como uma metáfora, um exagero no sentido figurado, irreverência histórica do nada acontecido, enfim, uma analogia bem-humorada, uma sátira, uma censura jocosa para demonstrar a capacidade do PMDB em desenvolver ações políticas com a troca de favores na busca do objetivo em obter resultados desejados, as benesses, o famigerado “tomá lá dá cá” que resulta no aquinhoamento com cargos públicos em órgãos governamentais, ministérios e empresas estatais, para satisfação de todos apaniguados peemedebistas.  
Partido adesista, oportunista político, apóia qualquer governo de forma espúria, independente da coerência ideológica, de uma coesão doutrinária programática.
Apesar de todos esses procedimentos políticos em que os mais críticos denotam falta absoluta da ética e moral política, há de se considerar que a ciência referente ao Estado de direito e democrático, com seus sistemas e organizações, permite negociações partidárias, habilidade de se impor nas questões políticas de forma sorrateira, de modo matreiro, astuto e sagaz por seus interesses.
 Isso o PMDB faz eficientemente, que talvez possa ser politicamente incorreto. Pode se discutir se são procedimentos antiéticos, conceitos imorais, o que pouco importa quando se obtém os resultados desejados de estar governo, ser governo.
Política pela política conceitualmente maquiavélica quando os fins justificam os meios.
Nesse aspecto os peemedebistas tem muito a ensinar aos petralhas e aos coxinhas, praticantes e executantes de política nos moldes de alunos pertencentes a grêmio estudantil. Quanto ao PMDB é pós-graduado em causas políticas, diploma de doutorado pelo pragmatismo político, honoris causa em filigranas e chicanas políticas.
O PMDB foi governo com José Sarney e Itamar Franco. Está no governo desde Fernando Henrique, passado por Lula e prossegue com Dilma. Somados os anos em ser governo e estar no governo são quase 30, uma majestosa epopéia política histórica.
De repente os peemedebistas vão deixar de estar no governo e ser governo. São promissoras essas possibilidades pelas desventuras do governo do PT com Dilma.
Mais de repente ainda, o PMDB pode fazer coro, apoiar aos golpistas que desejam o impeachment de Dilma. O processo chega ao Congresso e se faz valer a força política do PMDB junto aos aliados e a oposição.
Assim, pela força política peemedebista Dilma é “impecheada” e nessa condição conforme a Constituição assume o vicce-presidente que é Michel Temer que nada coincidentemente é do PMDB e o PMDB já não está mais no governo, passa a ser de fato e direito governo.


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