Um posto de
abastecimento para combustíveis é usual em sua prestação de serviços, o fornecimento
de gasolina, troca de óleo, a loja de conveniências, o lava jato para rápidas
lavagens, cortesia da administração do posto para com a sua freguesia.
Além do
comércio normal, nada decente e honesto também pode ocorrer. Outros negócios
paralelos acontecem de forma criminosa, adjetivados como escusos, qualificados
como escabrosos. Enfim, negociatas escandalosas, mutretas e falcatruas, uma
série de atividades ilícitas, envolvendo a Petrobras, políticos e grandes
empreiteiras, que foram descobertas pela polícia com a investigação deflagrada
iniciada para descobrir o esquema de lavagem e desvio de dinheiro, evasão de
divisas, que foram flagradas, originadas em posto de gasolina. Por isso a operação
policial da lavagem rapidinha em posto levou o epíteto de Lava Jato. Faz
sentido.
A
investigação policial tem como um dos principais protagonista no esquema criminoso,
o sujeito de nome Alberto Youssef.
O homem
nascido em Londrina (PR) é de família oriunda do Oriente Médio. Criança, pelas
ruas de Londrina, vendia salgadinhos. Cresceu. Adolescente iniciou sua vida
bandida. Seu banditismo começou como sacoleiro: mercadorias compradas no
Paraguai, sem o devido pagamento de impostos, revendidas no Brasil.
Por esse
comércio ilícito foi detido cinco vezes. Perdia a muamba, mas ficava em
liberdade para novas aventuras desonestas internacionais.
Youssef
cresceu na vida bandida. De muambeiro passou a ser um doleiro.
Como agente
de câmbio negro, operante no mercado paralelo da compra e venda de dólares,
esteve envolvido em falcatruas do Banestado. Naquela ocasião enviou de maneira
irregular 30 milhões de dólares para o exterior do banco paranaense. Ao mesmo
tempo Youssef administrava contas bancárias no estrangeiro, utilizadas para
remessas de dinheiro. Na época, por tudo isso, foi condenado. Conhecido também
como dedo-duro, pela delação premiada entregou seus parceiros e como prêmio
ficou em liberdade. As atividades criminosas de Youssef eram diversificadas.
Ainda, no ano de 2002, esteve envolvido com a Cia. Paranaense de Energia por um
desconfiado e suspeito pagamento de milhões de reais.
A eficiência
do doleiro no Paraná foi aproveitada a nível nacional, no chamado Petrolão , com
a incumbência em enviar ilicitamente dólares para o exterior de achacadores,
provenientes de propinas, de extorsões de dinheiro na Petrobras.
A vida
bandida de Youssef remonta aos anos 90. Na delação premiada pela operação Lava
Jato (gravação em vídeo Youssef Furnas no YouTube) o alcaguete declarou que
ouviu do falecido ex-deputado José Janene (PP) e do presidente da empresa
Bauruense que prestava serviços a Furnas (Eletrobrás) que o então deputado
Aécio Neves recebia propina daquela
empresa, valores entre 100 mil e 150 mil dólares ao final dos anos 90. Youssef
se envolveu também com o senador mineiro Antônio Anastasia (PSDB) com a
suspeita de ter pago 1 milhão de reais de origem duvidosa.
A vida
bandida de Youssef é dessa maneira. Politicamente correto, pois serve a todo e
qualquer partido político, claro desde que seja bem aquinhoado.
Para a
polícia, quando foi condenado pelas negociatas do Banestado (2002), admitiu ser
dono de cinco milhões de dólares. Por escutas telefônicas, mais recentemente, a
polícia descobriu que numa conversa de Youssef com alguém, lamentava que possuía
em conta 150 milhões de dólares, mas faliu e ficou no negativo financeiro de 20
milhões de dólares. Que peninha. Alguém acredita.
Como dedo-duro, pela delação premiada, como já
aconteceu anteriormente, não demorará muito e estará em liberdade para
desfrutar aqueles dólares nunca denunciados em algum esconderijo fiscal no
exterior. Excelente prêmio.
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