A maior rede
de televisão do país trocou a programação do seu horário nobre de entretenimento,
um concorrido noticiário e retardou a transmissão do jogo de futebol, enfim,
trocou sua programação normal para transmitir mais um espetáculo constrangedor
e deprimente com agressões verbais e até físicas vivenciado por políticos em
Brasília, quando da votação sobre a investigação (“sim” ou “não”) concernente
ao presidente Michel. Nessa votação opiniões diversas em nada de acordo com a
proposta à votar. Deputados “sim” votando pela estabilidade econômica. Outros
“sim” justificando que o presidente seja investigado quando cidadão comum. Uma incoerência. Os que votaram “não” disseram
que o voto era contra as reformas. Mais um detalhe: teve deputado que disse “sim”
baixinho, meio acabrunhado. Ganhou o “sim” contra toda ou qualquer investigação
quanto ao presidente. Era o esperado. O governo intensificou uma barganha com
sua base aliada, o famoso “toma lá, da cá”. Segundo a ONG Contas Abertas foram
exatos 2,12 bilhões de reais gastos com os deputados pelas emendas
parlamentares, que aconteceram nada coincidentemente às vésperas da crucial
votação que tem todos indícios da conhecida
ação enganosa, a sofisticada rubrica de “compra de votos”. Outra maneira de
caça a votos são cargos em confiança distribuídos. Essa farra com dinheiro público,
grana do contribuinte pagador de impostos foi distribuída entre a base aliada e
indecisos transformados em “fieis” partidários. O governo fez mais para
angariar votos. Agradou a bancada ruralista 211 deputados , 41% dos votos na
Câmara com a edição da medida provisória que ficou conhecida como refis do
Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) pleito dos ruralistas com
o parcelamento de débitos, negócio do governo com a perda da receita em reais
de 1 bilhão. Mais um agrado aos ruralistas por mais votos. Boa parte de uma
reserva no Pará será diminuída para oferecer terras para a produção agrícola,
nem que isso importe num crime ambiental. As emendas distribuídas, as benesses
foram em sua maior parte aos deputados do Norte e Nordeste. Alguns deputados foram aquinhoados com valores
significativos. Segundo a ONG Contas Abertas, os seis primeiros de uma listagem
receberam em torno de um pouco mais de 10 milhões três outros na faixa de nove milhões. A lista
vai diminuindo em valores a partir dos oito milhões de reais e entre eles está
o deputado Wladimir Costa (SD-Pa) que exibicionista mostrou uma ridícula tatuagem
com o nome Michel. Diz ele que o trabalho artístico custou R$1.200,00. É bom
constar que o deputado pela campanha eleitoral foi agraciado com 250 mil da JBS.
Tatuadores afirmam que a tatuagem foi concebida pelo processo de pintura com
henna, que permanece por algum tempo. O deputado deve ter utilizado este
material para no futuro, quando Temer se tornar um simples mortal não pagar
“mico”. Se fosse uma verdadeira tatuagem estaria condenado a carregar consigo a
imagem da falta de ética, da imoralidade, da corrupção. Definitivo é que em
qualquer hipótese valeu o “trabalho artístico” de oito milhões de reais.
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