Cochilo é
aquele momento em que a pessoa adormece rapidamente e de repente acorda. Um dos
movimentos da cochilada é quando a pessoa está sentada e a cabeça tem a
tendência de descair para frente e subitamente é erguida (essa deslocação da
cabeça é popularmente conhecida como “pescar”). Outro movimento é a cabeça
pender para o lado direito ou esquerdo. Normalmente quando alguém cochila
sentado pode se tornar inconveniente. Incomoda a pessoa que está ao lado - numa
condução, numa sala de espera, num banco de praça - quando a ação do cochilo
faz a cabeça pender para um dos lados. A cabeça do cochilante pende e as vezes
encontra, faz contato com o ombro de alguém. Alguns cochilantes acordam
babando. O vizinho que ampara a cochilada não gosta, resmunga. O cochilante
acorda e com a cara de pateta, constrangido, solta um sorriso amarelo, sem
graça e pede desculpa. O pior é de que não demora muito a cena se repete. Uma
figura expressiva do governo, senhor Meireles, teve uma inspiração involuntária
com a boca aberta - o popular bocejo – na tentativa de ficar acordado. Não
resistiu e se entregou aos braços de Morfeu. Cochilou publicamente. Ao que
parece não babou. O cochilo pode ser causado por uma noite mal dormida,
sonolência ou por uma simples questão de hábito, quando a pessoa relaxada
refestela-se num sofá. O senhor Meireles, ao que tudo indica não cochilou por
nenhuma das três razões expostas. Muito provavelmente em razão do discurso de
seu chefe Michel na Argentina. Detalhe: imagine-se, caso Michel estivesse ao lado
de Meireles: “encosta sua cabecinha em meu ombro e chora”. Os discursos de
Michel são entediantes, enfadonhos, chatos mesmo, o que faz, além de Meireles,
o povo brasileiro também cochilar. Michel surge para entediantes e enganosas
exposições de ideias, retórica manjada em sua argumentação fantasiosa,
mentirosa, longe da veracidade dos fatos em razão de um modo diferente e falso
em ver a realidade na terra de Pindorama. Não se envergonha em minimizar os
fatos, sua popularidade. As vezes parece embravecido com os brasileiros e
vingativo destaca e elogia, o que todos parecem desconhecer, resultado positivo da economia, na verdade
muito frágil. Tem a coragem de pedir compreensão ao povo. Michel quase
diariamente aparece para mais uma peça oratória de falsa persuasão. Baixinho,
surge dos bastidores com um caminhar semelhante a um soldadinho de chumbo. Tem
pose de mordomo de filme de terror, como afirmava o senador Antonio Carlos
Magalhães. Ganhou ainda o epíteto de vampiro na delação da Odebrecht,
sanguessuga do dinheiro público. Chama atenção seu gestual pela movimentação
das mãos aparentando agonia. Gesticula, esfrega uma mão com a outra parecendo
mostrar insegurança. Na miscelânea corporal as mãos de Tremer se mostram
trêmulas. Chega. Fim de discursos. O brasileiro compreende sim, tem paciência,
cochila com tantos desacertos governamentais.
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