quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Ano de 1981: Lula é preso, Lady casa, Papa sofre atentado, Gremio e Flamengo campeões

1981: os principais acontecimentos
A cada anofatos importantes acontecem, ficam marcados para a posteridade como o ano 1981, ano do número 1do “O Farroupilha”. Concomitantemente os principais acontecimentos naquele ano, mês a mês
JANEIRO
- Ronald Reagan é empossado como o 40º presidente dos Estados Unidos
Fevereiro
- Lula é preso e condenado a 3 anos de prisão pela Justiça Militar por incitar o movimento grevista.
Março
- O presidente Ronald Reagan dos EE.UU sofre atentado no Texas
Abril
- Duas bombas explodem no Riocentro (RJ) durante um show comemorativo ao Dia do Trabalhador matando um sargento e ferindo um capitão do exército

Maio
- O papa João Paulo II sofre um atentado na praça de São Pedro

- Morre o compositor jamaicano Bob Marley
- Grêmio pela primeira vez sagra-se campeão brasileiro ao derrotar o São Paulo no Morumbi por 1x0 gol de Baltazar


Junho
- O casamento do século assim foi marcado pelo enlace do Príncipe Charles e a aristocrata Diana Spencer que virou Lady Di

- Morre o comediante Mazzaropi
Julho
- Pelé recebe o título de Atleta do Século eleito pelo jornal francês L´Equipe
Agosto
- Surgia o canal de televisão SBT do empresário e apresentador Silvio Santos. A cerimonia da assinatura de concessão foi transmitida ao vivo

- A IBM lança o primeiro computador portátil
- Morre o cineasta Glauber Rocha do filme Terra em Transe
- Promulgada a lei que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente
- Iniciadas as filmagens do famoso filme de Steven Spielberg ET Terrestre
- Primeira transmissão da Musical Television Vídeo (MTV), canal norte-americano de música
- Lançado pela IBM o primeiro computador portátil (PC)


Setembro
- É inaugurado em Brasília o memorial JK em homenagem ao fundador da cidade, presidente Juscelino Kubitschek
- Em Goiânia acontece com o Césio 137, o maior acidente radiológico no mundo, contaminando centenas de pessoas
- Nasce a estrela pop Beyoncê

- No Pará, Rio Amazonas, o barco Sobral Santos II com 500 passageiros afunda. Morrem 300
Outubro
- Anwar Sadat, presidente do Egito é assassinado por extremistas islâmicos no Cairo
- Nos EE.UU. nasce o primeiro bebê de proveta
- Nelson Piquet sagra-se campeão mundial da Formula 1 em Las Vegas
Novembro
 - Na Mauritanea foi abolida a escravatura, último país a fazê-la
- Morre Claudio Coutinho, ex-treinador da seleção brasileira e do Flamengo
- Termina novela Os Imigrantes, que tratou da saga dos imigrantes italianos. O maior e único sucesso de teledramaturgia da Rede Bandeirantes
- Xerox Corporation produz o computador portátil Star com mouse, janelas e atalhos.
- O Flamengo em Montevideo ao vencer o Cobreloa do Chile por 2x0 sagra-se campeão da Copa Libertadores da América

- Na Mauritanea foi a abolida a escravatura, último país a fazê-la
-Dezembro
- O Flamengo em Tokio, sagra-se campeão pela primeira vez da Copa Intercontinental ou Mundial Interclubes ao vencer o Liverpool da Inglaterra por 3x0

- O território de Rondônia passa a ser o 23º estado da federação brasileira
- Declarado pela ONU o “Ano Internacional das Pessoas com Deficiência”
- Nos EE.UU, realizado pelo dr. Bruce Reitz, primeiro transplante de coração e pulmão de forma conjunta.

- Reconhecida nos EE.UU a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) 

domingo, 24 de setembro de 2017

Deputado Fanton: criador do horário politico gratuito em radio e televisão

No dia 12 de setembro a lembrança da morte de Lidovino Antônio Fanton, o político mais importante de Farroupilha, figura carismática de profundo conhecimento legislativo, que alcançou respeito e reconhecimento não só entre os farroupilhenses, mas no âmbito estadual e nacional.

O farroupilhense
Filho de imigrantes italianos, nascido em 1920, no interior de Farroupilha, em Linha São Luiz, Lidovino Antônio Fanton foi estudar em Porto Alegre na UFRGS, onde se formou em Direito e nessa condição ingressou no Ministério Público, mais tarde na carreira política. Ligado na vida comunitária farroupilhense, afora da política, tentou ser um investidor, quando em sociedade com Dr. Jayme Rossler, Avelino Varisco e outros, criou o primeiro loteamento particular em Farroupilha, hoje bairro Planalto. Mas seus anseios, seus ideais estavam decididos pela vida política e pública e por ela ascendeu a cargos como importante legislador.

Carreira política
O início da carreira política de Fanton ocorreu na juventude quando foi eleito presidente municipal do diretório farroupilhense do PTB. Em 1958, na primeira eleição de que participou ficou na suplência à Assembléia Legislativa. Nas legislaturas de 1963/67, 1967/71 e 1971/75 eleito como deputado estadual. Na assembléia estadual, pelo seu saber legislativo participou de diversas e importantes comissões o que lhe deu condição de eleger-se deputado federal nas eleições dos anos de 1974 e 1978.
A ditadura militar por ato institucional extinguiu os partidos políticos. Tempos depois os militares criaram o bipartidarismo (ARENA E MDB). Nessa condição os trabalhistas do PTB ingressaram no MDB. A abertura política decreta o fim do bipartidarismo e por essa razão, Leonel Brizola, com líderes trabalhistas, entre eles Fanton, fundou o PTB, do qual Fanton se tornou secretário geral.

O saber
Pelo seu saber jurídico e administrativo, Leonel Brizola, governador do estado na época, nomeou Fanton como Diretor Geral de Departamentos das Prefeituras Municipais. Foi nessa função que Fanton  incentivou, assessorou e assumiu a bandeira municipalista com a emancipação e criação de diversos municípios como Feliz, Portão, Nova Bassano, Parai, Nova Araça, entre outros.
Ainda mais. Em 1977  descobriu que a legislação eleitoral dava aos partidos o direito de utilizar gratuitamente uma hora por ano em rede nacional de rádio e televisão. Sugeriu então aos dirigentes políticos que utilizassem este recurso legal o que ocorreu a partir de junho daquele ano, direito adquirido até os dias de hoje.
Homenagens
A marcante trajetória política de Fanton no estado propicia que sua memória continue viva, que as lembranças se mantenham, através de designações com o seu nome em escolas e logradouros públicos.
Em Farroupilha o plenário da Câmara de Vereadores é denominado Casa Legislativa Dr. Lidovino Antônio Fanton. Escolas municipais levam seu nome: uma no bairro Sarandi em Porto Alegre, outra no bairro
Caturita em Santa Maria. Há ruas homenageando-o no bairro Serraria em Porto Alegre, nas cidades de Lajeado, Esteio e Sapucaia do Sul e uma praça na Feliz. Justas, merecidas e devidas homenagens ao farroupilhense Lidovino Antônio Fanton.
  


    








sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Os Dias Eram Assim... ou não eram !!!

A Rede Globo, nos anos 80, lançou em sua programação, exibida por volta das 23 horas, as minisséries, programas com roteiros ficcionais, mas que abordavam a realidade, o cotidiano dos diversos segmentos da sociedade, o prazer com as fases felizes, os lamentos com os infortúnios, regozijo com a alegria, a lastima com a tristeza. Na época as minisséries tinham como tempo de exibição um mês, no máximo 20 episódios. Contemporaneamente as minisséries passaram a ser séries com a duração de meses, com dezenas de capítulos e assim transformaram-se em “novelão das 11”.
Com a série “Os dias eram assim” imaginava-se um roteiro histórico, relembranças do período da ditadura militar, a possibilidade de reviver os infortunados anos de chumbo, como ficou sendo conhecida aquela época.
A série retratou superficialmente aquele passado. Em seu introdutório se mostrava abranger substancialmente o autoritarismo do regime militar. Não foi bem assim. Foi exibido um dramalhão com a duração de cinco meses em 84 capítulos com excessos de tragédias, exageros nas tensões emocionais, longos e desnecessários relacionamentos frustrados, traições amorosas sem contexto, personagens dispensáveis. O roteiro se aproxima de romances, senão impossíveis, incompreensíveis. Todo esse conteúdo dramatúrgico de qualidade discutível se entende como um melodrama. Diversas tramas paralelas sem sentido e assim não empolgaram. Na verdade nem todo enredo foi desprezível. Há sim referências quanto a ditadura militar. Aparecem cenas de tortura, assassinatos em nome da ordem pública, ultraje aos direitos do cidadão, afronta ao estado democrático. Todo esse pavor consumou-se, foi facilitado pela união dos militares com empresários. Na série o execrável fato é mostrado com o empresário de nome Arnaldo, espécime golpista comungado com a ditadura militar. É ficção, mas não longe da realidade. Empresários paulistas junto com militares formaram uma força de repressão que ficou conhecida como Operação Bandeirantes cometendo toda espécie de arbitrariedades e violações. Dela fazia parte, entre outros, o famigerado delegado Fleury (Doi-Codi) que no folhetim da Globo se faz presente como o odioso delegado Amaral.
“Os dias eram assim” começa seu roteiro nos anos 70 com a ditadura militar. Chega a década de 80 e com ela o começo da devastadora epidemia da AIDS, que contaminou e matou milhões de pessoas mundo afora. A moléstia especialmente fez do amor e do sexo um prazer perigoso. Na série esse assunto é mencionado. A protagonista do episodio tem o nome de Nanda. Uma aidética. Sua interpretação proporciona cenas pungentes. Tratava-se de uma doença quase sempre fatal que consumia seus pacientes de forma lenta e sofrida. A jovem Nanda não escapa desse périplo maligno. Em fase terminal vê dissipar-se seu futuro, desvanecer sua vida. Para Nanda seus dias foram assim, desesperadamente sofridos.   
                                                  *** ***
Discutível o roteiro da série, o desenrolar da trama. O que se impõe, indiscutível, é a qualidade da trilha sonora. São quase 30 belíssimas composições musicais, destacando-se sucessos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Secos e Molhados, Raul Seixas, entre outros.









Farroupilhenses: 28.995 habitantes (1981)

O IBGE divulgou o censo realizado no ano de 1980. Assim em 1981,  Farroupilha tinha 28.995 habitantes.
A partir de 1940 o IBGE passou a usar uma metadologia mais eficiente para realização dos censos e que passou a ser oficializada que informa os números da população brasileira. Assim, desde os anos 40, a cada 10 anos, podemos conferir o aumento populacional do Brasil e especialmente de Farroupilha.
(N.R.) A partir de 2014 são estimativas fornecidas pelo IBGE
( Por favor fazer um boxe)
Anos                    População             Aumento %
1940                       12.511                     - - -
1950                       12.823                     2,49%
1960                       16.106                    25,60%
1970                       19.318                    16,63%
1980                       28.995                     50,09%
1990                       43.910                     51,43%
2000                        55.308                    25,96%
2010                        63.635                     15.06%
2014                        68.368                       7,47%
2015                         68.562                       0,28%
2016                          69.066                     0,73%
2017                          69.542                     0,69%
Em 1940 o censo informou que em Farroupilha havia 12.511 farroupilhenses. Em 2017, 69.542 farroupilhenses, significando um aumento de 57.031 habitantes, 455,84%.
Pelas estimativas e de acordo com o censo do 2020 a população farroupilhense poderá oscilar entre 70.500 habitantes e 71.000.
(Fonte: Dados Gerais do Munícipio)


Farroupilha: ano de 1981

1981 em Farroupilha
A história farroupilhense está devidamente registrada no “O Farroupilha”, a partir de sua primeira edição, no mês de setembro. Os principais acontecimentos ocorridos a partir daquela época
Setembro
- Primeira edição, o número1 do jornal “O Farroupilha”
- Acidente com ônibus da empresa Ozelame da linha Antônio Prado/Farroupilha/Caxias do sul. Proveniente de Antônio Prado, entre Nova Roma do Sul e Farroupilha o coletivo  caiu num precipício perto do capitel São Cristovão. Morreram 5 passageiros e 43 feridos
Outubro
- CNEC liquida sua divida com a Caixa Econômica Federal concernente ao seu empréstimo para financiar a compra do Colégio São Tiago
- Rádio Miriam escolhe e entrega o Troféu Distinção.
- O Corpo de Bombeiros comemora 25 anos em Farroupilha
- Cooperativa São João de Vila Jansen comemora 50 anos de fundação
- Inauguração do templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus
- Uma comitiva de parlamentares italianos (2 senadores, 3 deputados), estiveram visitando a cidade
Novembro
- A Rádio Miriam comemora 25 anos de serviços
Dezembro
- Iniciam-se os festejos da VII Semana de Farroupilha em comemoração aos 47 anos de emancipação do município
- Estréia o Coral Municipal
- Inaugurada a agência da poupança Habitasul



A turma pé de chinelo e do colarinho branco: diferenças

A turma do crime de colarinho branco anda por aí, pessoas de alta posição, de conceito supostamente ilibado, gente de enganosa respeitabilidade, políticos. Carregam de um lado para outro pixuleco em mochilas, propina em malas. Dinheirama achacada do erário, extorquido do contribuinte, pagador de impostos. Dinheiro sério e limpo, transformado em sujeira, imundície, emporcalhado pela corrupção. Lógico que essa ladroagem não é praticada por nenhum pé de chinelo. Nem pensar, não tem condição para roubar em alto nível. Não são da classe política. Cenas profundamente desagradáveis são mostradas na televisão. Sujeitos enfiando dinheiro em malas, bolsas e mochilas. Envolvida mulher prefeita, homens com cargos políticos. Entre eles, um trapalhão que tenta enfiar a grana nos bolsos. São pequenos, insiste, o dinheiro não cabe e se esparrama pelo chão. Ridículo, momento de escárnio, de zombaria, de achincalhe. Bandalheira total. O que chama a atenção é que a bandidagem, diríamos, a turma do pé de chinelo, nem desconfiou de tanta gente carregando dinheiro ilícito de lá para cá e vice e versa. Poderiam assaltar com facilidade um por vez ou todos juntos. Pé de chinelo não tem gabarito para ser bandido de colarinho branco.  
O sujeito sai apressadinho de uma pizzaria com uma mala na mão. Coloca no porta-malas de um taxi e se manda. Não é uma mala qualquer de viagem. É um objeto de couro com 500 mil reais. Mais uma vez pela televisão, em horário nobre se assiste cenas de falta de pudor, constrangimento em ver a ação indecorosa. Um deboche ao cidadão. Mais safadeza. A bandidagem, pé de chinelo mais uma vez perde outra oportunidade de um assalto facilitado pela transação ilegal.  Ninguém iria reagir. São todos ladrões. Sem remorsos. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
 Mais cenas desaforadas, patifaria. Um apartamento com caixas e malas abarrotadas de dinheiro, negócio de mais de 50 milhões. Cenário surreal de uma comédia pastelão, chanchada pitoresca do mau gosto. Dinheiro fácil, isolado entre quatro paredes. Detalhe: a bandidagem mais uma vez nada descobriu, passa por otária. Ao invés de gastar dinamite em explodir caixas eletrônicos, com um simples arrombamento de uma porta teria uma fortuna.
                                             *** *** ***
Humor numa hora dessa:
- A Polícia Federal vai até a residência de Geddel e informa que foi encontrada uma quantia em dinheiro. Geddel emocionado, abobalhado, chorando, agradece a PF. Ele não sabia onde tinha guardado o dinheiro.
- Enganaram o Geddel. Alarme falso. Alguém gritou para ele que aquele famigerado apartamento estava pegando fogo, tudo destruído. Geddel, alucinado chorando: “Perdi minhas economias”.  
- O procurador Janot bebe uma cerveja com advogado de Joesley num bar qualquer. Puro merchandising. Foto mostra engradados de cervejas das marcas Brahma e Heineken
- Joesley e Ricardo conversam bebericando aquele whisky importado. As vozes são pastosas, denotando o consumo da bebida. Os diálogos, nada republicanos, são arrastados, quase incompreensíveis. O trago proporcionou a distração. Um gravador estava ligado. Aconteceu. Foi parar na PGR. Bebuns idiotas




terça-feira, 12 de setembro de 2017

Papagaio de pirata, mensalão e petrolão

“Papagaio de pirata” é uma figura baseada em desenhos animados de contos infantis onde aparecem diversos piratas. Para distinguir o pirata chefe entre tantos, ele carrega sobre os ombros um papagaio. No jornalismo há um jargão conhecido também como “papagaio de pirata”. É aquele sujeito que busca a melhor localização atrás de pessoas entrevistadas com o intuito de aparecer junto.  Tem dois deputados gaúchos (Pereira e Perondi –PMDB-) que são useiros e vezeiros, contumazes “papagaios de pirata” junto ao chefe Michel, onde surgem com ares irônicos, misturados com a arrogância, transfigurados em poderosos. Não sei se é negócio para os dois puxa-sacos serem “papagaios de piratas” de alguém que tem reprovação pública de quase 100%.
                                                 ***   ***
Da corrupção: o “mensalão” tinha como principais protagonistas os corruptos políticos do PT.  No “petrolão” se destaca como protagonistas os corruptos políticos do PP. Salienta-se que nos dois processos de corrupção, da deterioração política, se faz necessário mencionar a presença como coadjuvantes dos corruptos políticos do PMDB.     

                                        

Temer e puxa-sacos

Michel levou à China de carona uma turma de bajuladores, baba-ovos, a camarilha de oportunistas deputados que em escusas situações, em reuniões estabelecem conluios, em recônditos gabinetes tramam normalmente ilícitos para defender, para eles, o onipotente e onipresente chefe Michel, que benévolo oferece a todos desejadas emendas parlamentares e cargos comissionados e viagem a China

Temer e as gafes

 Ainda a viagem à China.

Assessores de Michel recomendaram que ele evitasse gafes assim como ocorreu no Paraguai trocando-o por Portugal; na Dinamarca saudou o rei local como se fosse da Suécia; na Rússia mencionou empresários russos como soviéticos. Michel entendeu, mas não muito. Disse para o assessor: “Na China vou aproveitar e saborear sushi e yakissoba”. 

Temer e os "negócios da China"

A locução “negócio da China”, muito conhecida, tem como significado negócio muito lucrativo e vantajoso. A expressão idiomática originou-se das viagens do aventureiro, explorador e negociante, natural de Veneza, de nome Marco Polo. O viajante veneziano perambulou por terras distantes, pelo Oriente, especialmente pela China, no século XII. Por suas andanças em lugares chineses encontrou coisas nada comuns, exóticas e mirabolantes.  Esse conjunto de coisas surpreendentes narradas por Marco Polo motivou o desenvolvimento de atividades comerciais e  grandes “negócios da China”. Nos dias de hoje o Brasil não tem o veneziano Marco Polo, mas temos o bem brasileiro Michel. Michel anda fazendo negócios da China na China. Há muito tempo os chineses contentavam-se em exportar aos brasileiros quinquilharias e bugigangas. Agora no século XXI chega de "negocinhos". Os chineses querem negócios muito mais lucrativos, enfim negócios da China. Michel andou por lá e ofertou daqui "negocinhões" de estatais como Eletrobrás, Nuclebrás, pedágios em estradas, até desmatamento na Amazônia em busca de minérios (ou serão os canadenses) que fazem parte de vantajoso intercambio comercial. Negócios da China, para a China. Privatização brasileira em terra chinesa ou liquidação?
Imaginem essa dominação chinesa em terras brasileiras. Conta de luz em incompreensível mandarim. Informações nos postos de pedágios em caracteres muito parecidos com hieróglifos. Tudo em nome de "negócios da China", do "made in China", negócios muitas mamatas. 

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Floyd Maywearther e Conor Mc Gregor

No oeste americano situa-se o estado de Nevada ao pé das Montanhas Rochosas. A colonização espanhola iniciou-se pelo México, passando pelo Novo México, Texas e Califórnia se estendendo até Nevada, cujo nome, não poderia ser diferente, proveniente das geladas montanhas vizinhas, com a presença da neve. Pelo histórico da colonização espanhola o estado de Nevada pertenceu ao México como outros estados do sudoeste americano.  A guerra Mexicano-Americana, vencida pelos norte-americanos, propiciou aos yankees se apoderarem e ocupar todo aquele território, iniciando-se a partir daí, sucedendo-se aos espanhóis, a colonização inglesa. Nevada entre os anos de 1990 e 2000 teve um índice de crescimento populacional exuberante a mais de 66%, enquanto no mundo era um pouco mais de 13%. Esse fenômeno habitacional, a intensa demanda, foi ocasionado por imigrantes mexicanos e a migração entre os próprios americanos. Sua economia baseia-se na exploração de minérios. No entanto sua força econômica é o turismo de forma espetacular, grandiosa e única, com resultado financeiro bilionário excepcional, o do entretenimento variado super moderno, das diversas atrações, que nada tem de fantasia, tratando-se da realidade, do mundo sofisticado, fora do alcance da imaginação. Tudo é ostentação, mundo das coisas supérfluas, de muito dinheiro, da vida mundana, de grandiosos índices populacionais, esse mundo fantástico proporcionado pela cidade de Las Vegas, cidade que nunca dorme vivendo 24 horas . Cidade que surgiu em pleno árido deserto e que do ermo local transformou-se em verdadeiro oásis maravilhoso de variadas cores de luzes, do pisca-pisca dos neons, dos cassinos, de seus hotéis luxuosos. Las Vegas lugar dos maiores espetáculos musicais, de shows maravilhosos e de grandiosas atrações esportivas. Foi ali, semana passada, uma luta bilionária de boxe que reuniu Floyd  Maywearther campeão boxe e o também campeão mundial de mma Conor Mc Gregor. A luta foi responsável por adjetivos qualificativos como formidável, imponente e financeiramente invejável. O super campeão Floyd, diríamos quase aposentado, com um cartel de 50 lutas, invicto, sem perder nenhuma, multimilionário com uma fortuna nas cifras de 1 bilhão de dólares ( um pouco mais de 3 bilhões de reais), possuidor de mais de 10 luxuosos carros no valor cada qual de aproximadamente 2 milhões de dolares, proprietário de dois   aviões a jato (um para transportar sua família o outro para seus seguranças). Pois bem, o homem de inestimável riqueza, com 40 anos de idade, depois de dois anos parado resolveu lutar novamente. Valeu para aumentar seu patrimônio: cachê de 300 mil dólares. A luta bilionária envolveu um recorde de bilheteria, transmissão para quase 200 países, publicidade, os valores do direito de televisão através do pay-per vien (no Brasil, pelo canal Combate assistir a luta valeu 90 reais), tudo isso ultrapassou a fabulosa cifra de 1 bilhão de dólares. Nesses valores incluem-se as apostas do público na preferência de um vencedor. Felizmente, o grande favorito para o público apostador foi Floyd Mayweather. Ocorrendo o contrário, a vitória do desafiante Conor Mc Gregor levaria inúmeras agências de apostas à bancarrota.  
Esse espetáculo de turismo valoriza a antiga e desértica Las Vegas.       


Cultura desprezada

A ciência que estuda fatos passados com referências a um povo, um país, uma cidade, caso especifico de Farroupilha, denomina-se História. É a maneira pela qual se analisam processos históricos envolvendo personagens e fatos para compreender determinado período.  
A instituição dedicada a conservar e guardar valores culturais, exibir objetos concernentes à História, denomina-se museu. É a entidade onde se preserva a memória de fatos ocorridos, que nos fazem viajar no tempo, lugar de relembrar o passado para pensarmos no presente.   
Biblioteca é um espaço físico onde se arquivam livros, enciclopédias, dicionários, monografias, revistas, jornais, local onde se aprimora ou complementa-se o conhecimento. Onde se busca a informação, elementos para a pesquisa, lugar para o lazer passando algum tempo lendo  um livro. A História, parte da memória farroupilhense, se encontra resguardada em dois museus: Museu do Casal Moschetti e o Museu Municipal da Casa de Pedra. O Museu do Casal Moschetti apresenta-se em boas condições. Fundado por Lidia Moschetti, inaugurado em abril em 1972 foi consagrado como primeiro museu da região nordeste do estado, o único no país em seu gênero, revelando a grande odisséia dos imigrantes peninsulares. O museu é formado em sua maioria de bens doados pelo casal Moschetti, objetos que servem para cultuar a tradição de imigrantes italianos.
O outro museu é o Municipal da Casa de Pedra instalado numa construção de pedra do ano de 1896, residência e casa de comércio da família Finn.
No térreo a entrada do museu se mostra convincente. No andar superior o desencanto. A imagem que se tem é deplorável. Uma imensa lona preta cobre o assoalho servindo de proteção em dia de chuva, evitando goteiras. No mesmo museu uma obra abandonada. O que deveria ser um elevador para facilitar a visita de cadeirantes tem somente vestígios.
A Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac, cânone da cultura farroupilhense, com um acervo de 77 anos, está abandonada, esquecida, relegada, desprezada. Sem planejamento, iniciou-se uma reforma, para a retirada do reboco em razão de paredes que apresentavam-se úmidas e que revelaram visíveis problemas maiores e a necessidade de uma reforma total. Obra paralisada. A biblioteca teria que mudar de endereço. Ainda pela falta de planejamento: não havia sido escolhido o novo local. Ao que parece já existe um alugado e apresenta dois inconvenientes: sua má localização fica na contra-mão para acesso principalmente de estudantes; segundo fala-se numa sala e a indagação: caberão 17 mil exemplares?  O tradicional prédio no centro da cidade está as penúrias. Situação abominável. Sujeira, sensação de pleno abandono. Há aproximadamente três meses dezenas de caixas espalhadas, contendo exemplares para serem transportados. Os funcionários mal acomodados. Já faz um trimestre para quem deseja adentrar à biblioteca fará por apertada porta lateral. E o principal: a dificuldade para o usuário efetuar consultas, adquirir ensinamento e conhecimento. Lamentável a situação pelo abandono de algo tão fundamental: a cultura, pela qual se constrói a História.