sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A turma pé de chinelo e do colarinho branco: diferenças

A turma do crime de colarinho branco anda por aí, pessoas de alta posição, de conceito supostamente ilibado, gente de enganosa respeitabilidade, políticos. Carregam de um lado para outro pixuleco em mochilas, propina em malas. Dinheirama achacada do erário, extorquido do contribuinte, pagador de impostos. Dinheiro sério e limpo, transformado em sujeira, imundície, emporcalhado pela corrupção. Lógico que essa ladroagem não é praticada por nenhum pé de chinelo. Nem pensar, não tem condição para roubar em alto nível. Não são da classe política. Cenas profundamente desagradáveis são mostradas na televisão. Sujeitos enfiando dinheiro em malas, bolsas e mochilas. Envolvida mulher prefeita, homens com cargos políticos. Entre eles, um trapalhão que tenta enfiar a grana nos bolsos. São pequenos, insiste, o dinheiro não cabe e se esparrama pelo chão. Ridículo, momento de escárnio, de zombaria, de achincalhe. Bandalheira total. O que chama a atenção é que a bandidagem, diríamos, a turma do pé de chinelo, nem desconfiou de tanta gente carregando dinheiro ilícito de lá para cá e vice e versa. Poderiam assaltar com facilidade um por vez ou todos juntos. Pé de chinelo não tem gabarito para ser bandido de colarinho branco.  
O sujeito sai apressadinho de uma pizzaria com uma mala na mão. Coloca no porta-malas de um taxi e se manda. Não é uma mala qualquer de viagem. É um objeto de couro com 500 mil reais. Mais uma vez pela televisão, em horário nobre se assiste cenas de falta de pudor, constrangimento em ver a ação indecorosa. Um deboche ao cidadão. Mais safadeza. A bandidagem, pé de chinelo mais uma vez perde outra oportunidade de um assalto facilitado pela transação ilegal.  Ninguém iria reagir. São todos ladrões. Sem remorsos. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
 Mais cenas desaforadas, patifaria. Um apartamento com caixas e malas abarrotadas de dinheiro, negócio de mais de 50 milhões. Cenário surreal de uma comédia pastelão, chanchada pitoresca do mau gosto. Dinheiro fácil, isolado entre quatro paredes. Detalhe: a bandidagem mais uma vez nada descobriu, passa por otária. Ao invés de gastar dinamite em explodir caixas eletrônicos, com um simples arrombamento de uma porta teria uma fortuna.
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Humor numa hora dessa:
- A Polícia Federal vai até a residência de Geddel e informa que foi encontrada uma quantia em dinheiro. Geddel emocionado, abobalhado, chorando, agradece a PF. Ele não sabia onde tinha guardado o dinheiro.
- Enganaram o Geddel. Alarme falso. Alguém gritou para ele que aquele famigerado apartamento estava pegando fogo, tudo destruído. Geddel, alucinado chorando: “Perdi minhas economias”.  
- O procurador Janot bebe uma cerveja com advogado de Joesley num bar qualquer. Puro merchandising. Foto mostra engradados de cervejas das marcas Brahma e Heineken
- Joesley e Ricardo conversam bebericando aquele whisky importado. As vozes são pastosas, denotando o consumo da bebida. Os diálogos, nada republicanos, são arrastados, quase incompreensíveis. O trago proporcionou a distração. Um gravador estava ligado. Aconteceu. Foi parar na PGR. Bebuns idiotas




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