Ditado popular recita: “uma imagem por
si só diz tudo”. Ainda quanto as imagens outra expressão popular, atribuída sua
autoria ao filósofo chinês Confúcio:
“uma imagem vale mais que mil palavras”.
As imagens decididamente não precisam de
palavras. Por elas, simplesmente , com facilidade, compreendemos determinada situação. Não há a
necessidade da fala, o sentido da visão nos faz
perceber com clareza algum fato. Nada escrito, mas tudo explicado pela
imagem no momento em que ela desperta a imaginação, conduz a uma interpretação,
nos faz pensar.
As imagens são diversas: lindas ou
feias, esclarecedoras ou confusas, positivas ou negativas, intrigantes,
instigantes, provocativas e até constrangedoras.
Para atento observador, duas imagens recentes
no noticiário veiculadas em jornal e televisão, chamaram atenção, ligadas a
dois fatos distintos, duas cenas significativas. A primeira, foto em jornal, constrangedora,
enfocando duas pessoas. No corredor, na frente, cheio de pose, com toda
pavonice a que se dá direito, senhor de si, imponente na desnecessária
demonstração de autoridade, o presidente do Superior Tribunal Eleitoral,
polêmico juiz ministro Gilmar Mendes. Aquele mesmo que numa liminar prejudicou
centenas de funcionários gaúchos, trabalhadores em fundações. Atrás dele, cabisbaixo,
submisso ao poder maior, o governador Zé Ivo Sartori, situação característica
de quem pede favor, dependente das benesses do governo federal.
A segunda imagem foi vista na televisão,
TV Senado. No plenário do Supremo Tribunal Federal discuti-se e julga-se toda aquela
encrenca envolvendo o senador Aécio Neves. Resumindo-se, se ele deveria ou não
ser suspenso de suas atividades parlamentares pelo STF. Como ficou decidido a
responsabilidade coube aos colegas senadores e assim definiram que Aécio prosseguirá
ativo na função de congressista. Decisão equilibrada pela diferença de apenas 1
voto, voto de minerva da presidente do STF Carmem Lúcia. Nada de novidade, já
era esperado o resultado. Explica-se: dias antes a juíza presidente esteve
reunida com os presidentes do Senado e Câmara, reunião necessária porque como
se prognosticava, pelo perfil dos outros ministros, haveria um empate (5x5) e então ela decidiria pelo acerto, pelo diálogo
institucional, o respeito mútuo às instituições, preservando o estado
democrático de direito. Assim foi feito. Mas, e aí, a cena de televisão
mencionada. Final da reunião: o destino de Aécio seria determinado pelos seus
companheiros. A imagem: o juiz Gilmar Mendes quase um porta-voz defensor de
Aécio, em atitude de reconhecimento, agradece com um
carinhoso e significativo beijo. O ósculo foi depositado no alto da cabeça da
ministra, enquanto estava sentada em seu trono presidencial. Dá para entender o
beijo !!!
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