quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Amigo secreto ou oculto

Amigo secreto ou oculto? Um ou outro adjetivo serve para qualificar a tradicional festa, a brincadeira de confraternização ao final de cada ano com a troca de presentes. Secreto é usual em muitas regiões do país. Oculto em um, ou outro lugar. Evento que não é tradição nacional.
Historia-se que se trata de uma diversão de costumes e tradições de povos pagãos. A pesquisa ensina ainda que pode ter origem entre os povos nórdicos. Narra-se que aqueles povos esperavam amanhecer para trocar presentes e nesta troca expressavam-se assim: “que você jamais esqueça dos deuses sobre nós”. De imediato o presente era trocado para eternizar o pacto, o desejo. Pertinente, vale a indagação. Na história contada o que existe de amigo secreto? Coisa de povo nórdico.
Há outro viés histórico na criação do amigo secreto. Na Grécia antiga, os gregos presenteavam pessoas influentes, escolhidas aleatoriamente, em datas festivas. Assim, pessoas e amigos, expostos e revelados, decididamente nada de secreto.
Na verdade, o presente mais secreto ocorreu na mesma Grécia e ficou conhecido como “presente de Grego”. A história do Cavalo de Tróia, esse sim, na verdade, presente de inimigo secreto.
Especulações, hipóteses, sobre a origem do amigo secreto são diversas conforme relatos históricos da antiguidade. O principio mais razoável e provável, em termos fundamentados está na história mais moderna, exequível a que se propõe, a finalidade do amigo secreto. Nos Estados Unidos, na época da grande depressão, na década dos anos de 1920, dinheiro curtíssimo. Empregados de uma empresa, na confraternização de entrega de presentes para evitar gastos maiores entre eles tiveram uma saída: inventaram o conhecido amigo secreto, desse jeito, unicamente um presente para cada um.

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As duas amigas encontram-se, colegas de trabalho na mesma empresa, e como toda a empresa, a festa de confraternização de Natal com a revelação do amigo secreto.
- Olá, como vai Val? Somente entre nós, quem é teu amigo secreto?
Val, (na verdade Valquiria) , revela para sua amiga Nata (ou seja Natalia) o amigo secreto, ou melhor, a amiga secreta.
- Amiga você não sabe, não acredita o nome que me foi sorteado. Trata-se daquela lambisgoia, a Gê.
- Não acredito. Nem posso imaginar que você terá que dar um presente para ela, a quem você nutre um ódio especial.
Dia da revelação. É obedecida uma ordem. A primeira pessoa a fazer a revelação pode ser por sorteio, ordem alfabética ou qualquer coisa que valha. Nome revelado, entrega do presente. Chegou a vez de Val.
Com indisfarçável cinismo, com indissimulável hipocrisia, revela.
- Minha amiga secreta é a adorável, muito querida Gê. Para você um presente e que faça bom proveito.
Beijinhos e beijinhos, um tanto quanto insossos, espelhando falsidade.
Gê, que é Getrudes, com aquele jeito sem graça, aflorando antipatia, com defeitos de relacionamento, além de intrometida e fofoqueira, na frente de todos desembrulha o presente e surpresa vergonhosa.
Ganhou de Val um estojo completo comprado numa loja de Sex Shop. 


          



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