Amigo secreto ou oculto? Um ou outro
adjetivo serve para qualificar a tradicional festa, a brincadeira de confraternização
ao final de cada ano com a troca de presentes. Secreto é usual em muitas
regiões do país. Oculto em um, ou outro lugar. Evento que não é tradição
nacional.
Historia-se que se trata de uma diversão
de costumes e tradições de povos pagãos. A pesquisa ensina ainda que pode ter origem
entre os povos nórdicos. Narra-se que aqueles povos esperavam amanhecer para
trocar presentes e nesta troca expressavam-se assim: “que você jamais esqueça dos
deuses sobre nós”. De imediato o presente era trocado para eternizar o pacto, o
desejo. Pertinente, vale a indagação. Na história contada o que existe de amigo
secreto? Coisa de povo nórdico.
Há outro viés histórico na criação do
amigo secreto. Na Grécia antiga, os gregos presenteavam pessoas influentes, escolhidas
aleatoriamente, em datas festivas. Assim, pessoas e amigos, expostos e
revelados, decididamente nada de secreto.
Na verdade, o presente mais secreto ocorreu
na mesma Grécia e ficou conhecido como “presente de Grego”. A história do
Cavalo de Tróia, esse sim, na verdade, presente de inimigo secreto.
Especulações, hipóteses, sobre a origem
do amigo secreto são diversas conforme relatos históricos da antiguidade. O
principio mais razoável e provável, em termos fundamentados está na história
mais moderna, exequível a que se propõe, a finalidade do amigo secreto. Nos
Estados Unidos, na época da grande depressão, na década dos anos de 1920,
dinheiro curtíssimo. Empregados de uma empresa, na confraternização de entrega
de presentes para evitar gastos maiores entre eles tiveram uma saída: inventaram
o conhecido amigo secreto, desse jeito, unicamente um presente para cada um.
*** ***
As duas amigas encontram-se, colegas de
trabalho na mesma empresa, e como toda a empresa, a festa de confraternização
de Natal com a revelação do amigo secreto.
- Olá, como vai Val? Somente entre nós,
quem é teu amigo secreto?
Val, (na verdade Valquiria) , revela
para sua amiga Nata (ou seja Natalia) o amigo secreto, ou melhor, a amiga
secreta.
- Amiga você não sabe, não acredita o
nome que me foi sorteado. Trata-se daquela lambisgoia, a Gê.
- Não acredito. Nem posso imaginar que
você terá que dar um presente para ela, a quem você nutre um ódio especial.
Dia da revelação. É obedecida uma ordem.
A primeira pessoa a fazer a revelação pode ser por sorteio, ordem alfabética ou
qualquer coisa que valha. Nome revelado, entrega do presente. Chegou a vez de
Val.
Com indisfarçável cinismo, com indissimulável
hipocrisia, revela.
- Minha amiga secreta é a adorável,
muito querida Gê. Para você um presente e que faça bom proveito.
Beijinhos e beijinhos, um tanto quanto
insossos, espelhando falsidade.
Gê, que é Getrudes, com aquele jeito sem
graça, aflorando antipatia, com defeitos de relacionamento, além de intrometida
e fofoqueira, na frente de todos desembrulha o presente e surpresa vergonhosa.
Ganhou de Val um estojo completo
comprado numa loja de Sex Shop.
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