Faz quatro
anos. Posto de abastecimento para combustíveis usual em prestação de serviçoso:
o fornecimento de gasolina, troca de óleo, a loja de conveniências, o lava jato,
cortesia da administração do posto para com a sua freguesia. Além do comércio
normal, nada decente e honesto também pode ocorrer. Outros negócios paralelos aconteciam
de forma criminosa, adjetivados como escusos, qualificados como escabrosos. Enfim,
negociatas escandalosas, mutretas, falcatruas, uma série de atividades
ilícitas, envolvendo a Petrobras, políticos e grandes empreiteiras, descobertas
pela polícia com a investigação deflagrada para descobrir o esquema de lavagem
e desvio de dinheiro, originadas em posto de serviço com lava-jato, em razão
disso operação policial o levou o epíteto de Lava Jato. Faz sentido.
A
investigação policial tem como um dos principais protagonista no esquema criminoso,
o sujeito de nome Alberto Youssef.
O homem
nascido em Londrina (PR) de família oriunda do Oriente Médio. Criança, pelas
ruas de Londrina, vendia salgadinhos. Cresceu. Adolescente iniciou sua vida
bandida. Seu banditismo começou como sacoleiro: mercadorias compradas no
Paraguai, sem o devido pagamento de impostos, revendidas no Brasil.
Por esse
comércio ilícito foi detido cinco vezes. Perdia a muamba, mas ficava em
liberdade para novas aventuras desonestas internacionais.
Youssef
cresceu na vida bandida. De muambeiro passou a ser um doleiro. Como agente de
câmbio, operante no mercado paralelo, esteve envolvido em falcatruas do Banestado.
Naquela ocasião enviou de maneira irregular 30 milhões de dólares para o
exterior do banco paranaense. Ao mesmo tempo Youssef administrava contas
bancárias no estrangeiro, utilizadas para remessas de dinheiro. Na época, por
tudo isso, foi condenado. Conhecido também como dedo-duro, pela delação
premiada entregou seus parceiros e como prêmio a liberdade. Tem mais. As
atividades criminosas de Youssef eram diversificadas. Ainda, no ano de 2002,
esteve envolvido com a Cia. Paranaense de Energia por um desconfiado e suspeito
pagamento de milhões de reais. A eficiência do doleiro no Paraná foi
aproveitada em nível nacional, no chamado Petrolão , com a incumbência em
enviar ilicitamente dólares para o exterior provenientes de propinas. Na
delação premiada da operação Lava Jato o alcaguete declarou que ouviu do falecido
ex-deputado José Janene (PP) e do presidente de uma empresa que prestava
serviços a Furnas (Eletrobrás) que o então deputado Aécio Neves recebia propina daquela empresa, valores
entre 100 mil e 150 mil dólares. Youssef se envolveu também com o senador
mineiro Antônio Anastasia (PSDB) com a suspeita de pagamento de 1 milhão de
reais de origem duvidosa. A vida bandida de Youssef é dessa maneira. Politicamente
correto na desonestidade, pois serve a todo e qualquer político desde que seja
bem aquinhoado.
Para a
polícia, quando foi condenado pelas negociatas do Banestado (2002), admitiu ser
dono de cinco milhões de dólares. Por escutas telefônicas, mais recentemente, a
polícia descobriu que numa conversa de Youssef com alguém, lamentava que tinha em
conta 150 milhões de dólares, mas faliu e ficou no negativo financeiro de 20
milhões. Alguém acredita. Como dedo-duro, pela delação premiada, pela progressão
de regime de pena está em liberdade. O único desconforto é usar a tornozeleira
eletrônica.
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