segunda-feira, 12 de março de 2018

NÃO É NÃO !!!


 A Organização das Nações Unidas (ONU) promulgou em 8 de março de 1975 o Dia Internacional da Mulher. Uma data celebrada, comemorada anualmente, criada sem qualquer intuito de apelo comercial, de congratulações, abraços, beijos, um buquê de flores – pode até ser – mas fundamentalmente as homenagens as mulheres empresárias, trabalhadoras, donas de casa, as mães de todos os homens. Uma data que deve ser um reparo aos maus tratos, um resguardo as agressões.
O dia 8 de março registra a valorização da mulher, a luta pela igualdade de gênero, a batalha por direitos iguais, o empenho pelo igualitarismo, o desafio as amarras machistas, antigas reivindicações que remontam ao início do século XX com protestos ao redor do mundo principalmente na época envolvendo no contexto das lutas femininas as melhores condições de vida e trabalho. Na linha do tempo os primeiros protestos.
Nova York 1909. Pelas ruas da cidade uma imensa passeata, aproximadamente 15 mil mulheres além da reivindicação do direito ao voto exigiam equiparação aos homens concernente a jornada de trabalho: elas enfrentavam um expediente de 12 a 16 horas de trabalho, em algumas oportunidades até os domingos. A estatística é comprovada por um incêndio ocorrido numa fábrica em 1991 em que 146 trabalhadores morreram entre eles 125 mulheres, que não tinham a desejada condição melhor de trabalho, trabalhando muito mais que os homens.
Rússia 1917. Mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra, um dos movimentos que originou o início da revolução russa.
As reivindicações atuais das mulheres continuam ainda implicando nas  condições iguais de gênero concernente as questões trabalhistas. Na época atual esse contexto vai mais além quando constatada violência, o avanço do feminicídio (crime definido como assassinato de mulheres).
Foram registrados em 2017, 4473 homicídios dolosos (intenção de matar) contra as mulheres, 6,5% a mais em relação ao ano de 2016. Os dados estatísticos informam que a cada duas horas no Brasil uma mulher é assassinada, por dia 12 mulheres são vitimas de homicídios.
Questão muito atual é o assédio sexual às mulheres. Em pesquisa realizada 86% das mulheres brasileiras afirmaram ter sofrido assédio em locais públicos, fato registrado entre mulheres de todo o mundo (Tailândia os mesmo 86%, Índia 79%, Inglaterra 75%). Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo mundo 52% das mulheres em local de trabalho já sofreram algum assédio sexual. 
A questão de assédio está aberta, é relevante, mais do que nunca atual. Mulheres corajosas tomam posição, libertam-se, revelam e acusam homens mau caráter em busca do sexo não consensual, como aconteceu na entrega de prêmio em Los Angeles.
Durante o carnaval, moças criativas, para evitar os avanços de caráter sexual não aceitável, não requerido, tomaram posição contra os abusados e atrevidos, que se aproveitavam da barafunda, a folia dos blocos carnavalescos. Uma campanha com uma mensagem obvia, uma frase simples e clara estampada no corpo daquelas moças em forma de tatuagens temporárias, um adereço, um aviso, uma proteção diante de qualquer assédio sexual, a frase: Não é Não.   





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