segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A facada no capitão Bolsonaro: quem procura acha


Estado do Acre tem o poder e o domínio político comandado pelo o PT. Tem o maior número de filiados e em diversos pleitos eleitorais elege governadores e senadores. O Acre é o estado natal do ativista político e ambientalista falecido Chico Mendes, ligado ao PT. Foi lá que também nasceu Marina Silva, que foi senadora pelo PT.
Dias desses, esteve por lá o capitão Bolsonaro fazendo campanha política como candidato à presidência da República. Sentiu-se em terra estranha, em lugar incomum, esquisito, ele, líder da ideologia política da extrema direita, se encontrava em território petista. Provavelmente por essa situação, pelo sentimento de profunda aversão política, radicalmente contrário a ideologia de esquerda, aflorou ao capitão, intenso rancor, forte ressentimento. No seu desígnio oratório, com seu comportamento histriônico, empunhando um tripé como se fosse uma metralhadora, discursou com execrável, abominável repugnância, características demonstradas pela face rígida, o rosto transfigurado, os movimentos tensos. Foi dito pelo candidato: “Vamos fuzilar a petralhada, vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem mortadela e aí galera vão ter que comer é capim mesmo”. Essa fúria tempestuosa demonstrada com a tentativa de agredir alguém, coincidentemente ocorreu na real dias depois com aquele mesmo candidato. Por um capricho do destino foi atingido por uma facada de um desafeto incentivado também por emoção odiosa, pelo sentimento de raiva que nem lá no Acre.
Carregado nos ombros por correligionários o candidato se tornou alvo fácil para a agressão. Poderia ter sido atingido com maior facilidade por um tiro de revolver partido de qualquer janela de algum prédio vizinho. Possuir uma arma é o direito incontestável do cidadão para defender-se da violência para que ele mesmo faça justiça, afirma o capitão. Paradoxalmente uma arma na mão de um radical elemento poderia tê-lo matado. Por suas atitudes, por seus conceitos, pela forma que se expressa com palavras ofensivas e exacerbadas afronta adversários políticos. Com sua violência verbal humilha todos aqueles que são contra suas soluções violentas. Sua linguagem insultuosa atinge determinada parte da sociedade, as minorias, os índios indolentes, os negros preguiçosos e malandros, as pessoas ligadas ao movimento LGBT, gera contra Bolsonaro forte repulsa por parte do cidadão comum.
O capitão tem consigo muitos ressentimentos, não respeita a diversidade, não reconhece os direitos das pessoas contrárias aos seus conceitos. Não aceita a pluralidade, não atura o dissenso. Para ele na maioria das questões peremptoriamente não há acordo, prevalece sua opinião.   
Temos que compreender que uma vítima é sempre uma vítima, não se pode desconhecer, mesmo sendo ela o capitão Bolsonaro, muito embora a pessoa sofra os resultados infelizes por seus próprios atos.
Não se sabe o que pode resultar em termos da campanha política com o objetivo da presidência do país. Desconhece-se o que pode ocorrer pela patética comoção emocional ocorrida. Capitão Bolsonaro pode se tornar um mártir da pátria, uma vítima da intolerância que ele pratica.


  

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