terça-feira, 19 de março de 2019

ANA JÚLIA a formosa criatura


Verão. Andei por ai. Praias do Atlântico Sul. Sol cintilante, maravilhoso e fascinante, com seu esplendoroso brilho refletido no mar de água transluzente e no romantismo da natureza, parece acariciá-lo.
Diáfana manhã. O vento, na verdade uma brisa, proveniente do mar de deslumbrante cor azul, afagante, de intenso frescor, proporcionando uma sensação prazerosa.
Invariavelmente esse é o panorama do cotidiano praiano, acrescentando mais: sol e mar estão cercados por superabundante vegetação engajadas nas encostas dos morros, com tonalidade predominantemente, tal e qual uma aquarela.
Dia de plena e magnifica luminosidade com as graças do astro rei, mar infinito, sonho lúcido, devaneio. Verão.
Além de desfrutar e apreciar a soberba natureza, tenho como lazer, a caminhada matinal, acompanhado de minha mulher, duração de 40 a 60 minutos, em média cinco quilômetros de andança.
Depois do exercício, mais tarde o sol em intensa resplandecência, abrasador, motivo pelo qual há necessidade de proteção de um guarda-sol.
O segundo lazer, protegido, trata-se de leitura. Reli um livro, lançamento no ano 2.000, “Os cem melhores contos brasileiros”. São 617 páginas do cartapácio, leitura de alguns dias, fácil e muito agradável, conto por conto. São exatamente 100 contos de 100 contistas. Os primeiros contos compreendem o período de 1900 a 1930 (três décadas). Como não poderia ser diferente a primazia do primeiro conto, o melhor de todos os contistas, Machado de Assis, com o conto “Pai contra mãe”. Num desenvolvimento de ordem progressiva, a cada década (dos 40 a 90 anos), os contos publicados compreendem os melhores contistas do seu tempo (a critério da editora foi escolhido o melhor conto de cada um dos contistas). São admiráveis escritores, gênios de diversas estórias, fantasias de variados conteúdos: romanceados, humorísticos, trágicos, espantosos, eróticos.
Paro de ler. Por instante, olhar perdido no horizonte, onde o mar não tem limites.
De repente, pelo barulho, algo me chama a atenção. Um grupo de jovens, em plena algazarra aproxima-se. Descontraída farra com comportamento de total euforia.
No grupo destaca-se graciosa jovem, de olhos amendoados, esplendorosamente azuis, pele parecendo ser sedosa e sedutora. No aspecto físico, diríamos tipo mignon ou petit, altura que corresponde a Tatá Werneck. Com seu jeito jovial, desinibida, em certo momento está frente ao grupo e de modo até engraçado, meio desengonçada corre de costas e o pessoal se diverte pelo seu jeito. Mais adiante, a radiosa formosura, chuta as espumas criadas pela agitação do mar.
Linda e atraente é também charmosa. O seu charme provém de suas atitudes. Cabelo negro, com o penteado tipo rabo de cavalo, preso por elástico. Vez por outra, retira o elástico, cabelos soltos, sacode a cabeça, em seguida com dedo indicador enrola parte do cabelo voltando ao original rabo de cavalo. Outro detalhe charmoso. Na face caem propositadamente alguns fios do cabelo. A cada instante o charme é demonstrado quando uma vez mais, com o dedo indicador enrola os poucos fiapos.
Dizem que a formosa criatura tem o nome de Ana Julia.




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