Liturgia tem origem no grego “
leitourgos”, palavra que era usada para fazer menção a alguém que realizava
serviço público ou liderava uma solenidade sagrada, obra sempre em benefício do
povo. A Igreja assumiu o termo e o aplicou como liturgia no sentido de “serviço
divino” ou seja serviço religioso e ritual. Assim, a liturgia é a reunião do
conjunto de atos formais e solenes de caráter religioso, um rito de regras
especificas especialmente, concernentes aos ofícios divinos das igrejas
cristãs. Liturgia é aplicada nas missas
ou rituais da igreja católica. A manifestação central da liturgia é a
celebração da morte e ressureição de Jesus Cristo e a prestação do culto a
Deus. A palavra liturgia foi usada na Antiguidade. Passou a ser utilizada mais
tarde no contexto da eucaristia na Igreja grega. Bem mais tarde, o termo passou
a fazer parte da igreja católica. Inicialmente a liturgia era da
responsabilidade dos apóstolos e bispos, no entanto algumas igrejas criaram sua
própria liturgia, isso porque não havia uma regra geral e obrigatória para a
mesma. Mais tarde o Concilio Vaticano II implementou uma renovação na liturgia
dando maior relevo a Sagrada Escritura, incluindo a utilização de outras línguas
e não somente o latim, de forma que mais pessoas pudessem participar de forma
mais ativa.
Indispensável para os cristão é a
liturgia pelas celebrações que Cristo reúne em assembleia numa ação única. A
liturgia deve-se a continuação da lembrança de Cristo.
Religiosamente a explanação, dissertação,
conforme ensinamento e informação do portal TV Escola/ Educação. Então, chegamos
aos finalmentes: a liturgia e a política.
O ex-presidente José Sarney, não foi um
presidente carismático, envolvente, emblemático e até não fazia parte daquele
pequeno bloco de políticos decentes e honestos, mas era um litúrgico. Segundo
ele, em discurso, estabeleceu o poder sempre atento com a “liturgia do cargo”.
Não parece. Conforme descrição de liturgia um principal segmento é “um serviço
público sempre em benefício do povo”. Mais ainda: José Sarney deixou de lado a
polidez e a liturgia ao reclamar com palavreado chulo, o resultado das eleições,
quando sua família foi fragorosamente derrotada no Maranhão.
Giorgio Agamben, filosofo italiano,
afirma: “O poder necessita de formas litúrgicas para seu exercício em que há
estreita imbricação entre o poder e a liturgia que se realiza através dos
dispositivos da aclamação, as chamadas democracias de massa”.
A liturgia tem ordem e forma para a
governabilidade, é a representação de poder e autenticidade. Estar fora desse
contexto significa estar fora da legitimidade e questionar o poder
estabelecido.
A liturgia do cargo exige muito? Não,
somente o adequado comportamento pela exigência do cargo.
Há dois presidentes atualmente,
presidentes que necessitam conhecer para compreender a liturgia do cargo. Um,
de cabelos claros ou descoloridos, com topete, magnata bilionário, racista, desumano
com o povo miserável e que tem o topete de ser dono do mundo de ser o dono do
mundo. O outro, nem tanto, capitão do exército, uma cópia quase autêntica do
sujeito do Tio Sam. E a liturgia?