terça-feira, 27 de agosto de 2019

Demóneste


Demóstenes não se pautava pelo verborragia, tinha cuidado na escolha das palavras, jamais escatológicas, quando referendo para a algum excremento não usaria o termo cocô e, sim fezes.
A cultura, o jeito de ser de Demóstenes, a habilidade do convencimento se tem conhecimento através de uma historieta.
Certa vez, promovendo uma assembleia pública em Atenas, para tratar dos interesses da pátria grega, Demóstenes viu-se apupado pela turba impaciente, que fazia menção de retirar-se sem ouvi-lo. Então, elevando a voz, disse que tinha uma história interessante a contar, obteve assim silêncio e a atenção de todos e começou.
-“Certo jovem, precisando ir para sua casa durante o auge do verão, alugou um burro, pondo-se a caminho. Quando o sol ficou a pino, ardentíssimo, tanto o jovem como o dono do animal alugado tiveram vontade de sentar-se à do sombra do burro, e começaram a empurra-se mutuamente, a fim de ficar com o melhor lugar. Dizia o dono do animal, que apenas alugara o burro e não a sua sombra. O outro personagem afirmava que tendo pago o aluguel do burro, pagara também a sua sombra, pois tudo quanto pertencia ao burro era dele.”
A essa altura, Demóstenes levantou-se e fez menção de retirar-se. A multidão protestou desejosa de ouvir o resto da história. Foi então que o prodigioso orador, erguendo-se em toda sua altura, encarando com firmeza o auditório declarou com voz trovejante.
- “Atenienses, que espécie de homens sois, que insistem em saber a história da sombra de um burro.
 e recusais tomar conhecimento dos fatos mais graves que vos dizem respeito”?’
Só então pode fazer o discurso que pretendia para um auditório envergonhado, mas atento, que ficou sem saber o fim da história da sombra do burro.
Demóstenes, decente, inteligente, capacitado orador, sem o excessivo uso de palavras chulas


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