Demóstenes não se pautava pelo verborragia, tinha
cuidado na escolha das palavras, jamais escatológicas, quando referendo para a
algum excremento não usaria o termo cocô e, sim fezes.
A cultura, o jeito de ser de Demóstenes, a habilidade
do convencimento se tem conhecimento através de uma historieta.
Certa vez, promovendo uma assembleia pública em Atenas,
para tratar dos interesses da pátria grega, Demóstenes viu-se apupado pela
turba impaciente, que fazia menção de retirar-se sem ouvi-lo. Então, elevando a
voz, disse que tinha uma história interessante a contar, obteve assim silêncio
e a atenção de todos e começou.
-“Certo jovem, precisando ir para sua casa durante o
auge do verão, alugou um burro, pondo-se a caminho. Quando o sol ficou a pino,
ardentíssimo, tanto o jovem como o dono do animal alugado tiveram vontade de
sentar-se à do sombra do burro, e começaram a empurra-se mutuamente, a fim de
ficar com o melhor lugar. Dizia o dono do animal, que apenas alugara o burro e
não a sua sombra. O outro personagem afirmava que tendo pago o aluguel do burro,
pagara também a sua sombra, pois tudo quanto pertencia ao burro era dele.”
A essa altura, Demóstenes levantou-se e fez menção de
retirar-se. A multidão protestou desejosa de ouvir o resto da história. Foi
então que o prodigioso orador, erguendo-se em toda sua altura, encarando com
firmeza o auditório declarou com voz trovejante.
- “Atenienses, que espécie de homens sois, que
insistem em saber a história da sombra de um burro.
e recusais
tomar conhecimento dos fatos mais graves que vos dizem respeito”?’
Só então pode fazer o discurso que pretendia para um
auditório envergonhado, mas atento, que ficou sem saber o fim da história da
sombra do burro.
Demóstenes, decente, inteligente, capacitado orador, sem
o excessivo uso de palavras chulas
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