quarta-feira, 26 de maio de 2010
Novelas
Novela em televisão é muito chato. Começou uma nova na rede Globo, aquela que chamam "das oito" mas na verdade é a "das nove". Não gosto, não assisto, são chatas mesmo. No entanto, preliminarmente, ao início de qualquer nova novela assisto ao menos uma meia dúzia de capítulos, evidentemente, para formar opinião. Se assiste os primeiroos capítulos e se sabe, sem qualquer novidade, que o roteiro é o padrão da Globo: um núcleo familiar riquissimo, personagens endinheirados (pobre gosta de ver isso), traições, adultérios, corrupção e alguma sacanagem, ardentes amores e como também não pode deixar de acontecer um núcleo familiar de gente de menos dinheiro, que entram no entredo como palhaços, ridicularizados, com cenas depreciativas e cômicas de muito mau gosto. Na nova novela Passione, com esses detalhes gerais e conhecidos e acrescente-se mais um, qual seja, alguns personagens com sotaque italiano, também de muito mau gosto que em algumas situações descamba para o ridículo. Deve ser por se tratar de um produto de exportação.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Mais faixa
Semana passada, uma professora atravessou a rua Benjamim Constant em Porto Alegre e estava defronte ao local onde deveria cumprir um compromisso. Em determinado momento observou um cego que tentava atravessar a mesma rua. Deixou de lado por momento o compromisso e num gesto de solidariedade ajudou o deficiente visual a chegar do outro lado, evidentemente sobre a faixa de segurança. Assim fez. Retornava ao seu compromisso atravessando pela terceira vez a rua. Não chegou do outro lado, não conseguiu cumprir o compromisso. Em cima da faixa de segurança, com o sinal verde a seu favor foi atropelada por um motoqueiro que avançou o sinal vermelho, atropelando a professora deixando-a estatelada no chão morta.
Fiz uma experiência semana passada pelas ruas da cidade testando o respeito dos motoristas as faixas amarelas. Foram cinco oportunidades para os testes. Procedia da seguinte maneira. Descia da calçada e me adiantava um metro por sobre a faixa de segurança demonstrando que tentaria atravessar a rua. Nas cinco oportunidades quatro mpotoristas não respeitaram as ditas faixas, somente um a respeitou me permitindo com segurança atravessar a rua.
Fiz uma experiência semana passada pelas ruas da cidade testando o respeito dos motoristas as faixas amarelas. Foram cinco oportunidades para os testes. Procedia da seguinte maneira. Descia da calçada e me adiantava um metro por sobre a faixa de segurança demonstrando que tentaria atravessar a rua. Nas cinco oportunidades quatro mpotoristas não respeitaram as ditas faixas, somente um a respeitou me permitindo com segurança atravessar a rua.
Com nós, Dunga?
A não ser os desmedidos erros na língua portuguesa, como por exemplo, usar “com nós” quando o certo é conosco, o treinador da seleção brasileira de apelido Dunga, saiu-se de forma razoável ao explicar, porém sem convencer, as convocações de matungos e macróbios no lugar de jovens jogadores ascendentes
No entanto, quando Dunga quer se tornar um professor de civismo, apelar para o discurso da cidadania, o chamamento ao patriotismo ele se perde totalmente. Conservador mistura patriotismo com uma atividade essencialmente profissional como o futebol, que nada tem a ver com a devoção à pátria. Reacionário parece ser personagem do discurso anacrônico, obsoleto e superado.
Lembra uma época, Copa do Mundo de 1970, dos anos de chumbo, da ditadura dos militares, do ditador Médici, do ufanismo misturado ao cretinismo do “Brasil. Ame-o ou deixe-o”, daquela música megalômana ... “90 milhões em ação/Prá frente Brasil/Salve a seleção”. De repente, por tudo isso, numa reflexão comedida, a lembrança vem com o escritor inglês Samuel Johnson e sua famosa frase: “O patriotismo é o refúgio de um canalha”. Nesse aspecto Dunga nada se diferencia do seu também colega treinador de seleção conhecido pela alcunha de Felipão, que era admirador do ditador Pinochet.
Na entrevista coletiva concedida, em certo momento da entrevista, quando ele se refere ao assunto do tempo da escravidão ou a ditadura militar diz não saber de nada, que não viveu aqueles momentos. Não precisava viver naquela época porque a história conta os fatos, se aprende na escola, nos livros, se adquiri conhecimentos, principalmente para quem é filho de uma professora de História para se saber os malefícios da escravidão e a tirania da ditadura.
Dunga falou, insistiu na coerência, comprometimento e patriotismo. Dunga se mostra um sujeito sadio, sem vícios – e parece ser assim. Mas a coerência Dunga, como fica? Para quem faz publicidade de bebida alcoólica de uma cervejaria, quando se é brahmeiro a coisa parece incoerência? Nem aspecto não parece ser bom exemplo.
Ainda a coerência de Dunga!!! Na entrevista disse Dunga que na dispensa de Adriano falou mais alto a razão do que o coração. Procurou ajudá-lo, mas não conseguiu. Ficou fora. Quanto ao goleiro Doni o coração foi mais importante que a razão. Reserva no time italiano do Roma foi chamado em detrimento de outros goleiros, como Vitor. Explicou Dunga que numas convocações da seleção Doni foi convocado a contragosto do time italiano e por isso o puniu, colocando-o na reserva. Em reconhecimento ao fato foi convocado para a Copa do Mundo. Nesse caso o coração falou mais alto que a razão.
E o comprometimento que fala Dunga. Será o compromisso com todos aqueles patrocinadores da CBF: empresa telefônica, guaraná, banco e até uma empresa fabricante de salsichas. Fala em patriotismo o Dunga. Mas isso tudo, todos os interesses capitalistas, milhões de dólares em jogo certamente nada tem a ver com o amor a pátria, a consciência dos deveres expressamente cívicos. O autentico patriotismo não está na ponta das chuteiras, na bola rolando, numa Copa do Mundo. O máximo que pode haver é uma admiração pelas coisas do país como, por exemplo, o futebol.
A sua ideia de patriotismo Dunga, com nós não. Desculpe, conosco não. O patriota não busca refúgios. O verdadeiro não se trata como um canalha.
No entanto, quando Dunga quer se tornar um professor de civismo, apelar para o discurso da cidadania, o chamamento ao patriotismo ele se perde totalmente. Conservador mistura patriotismo com uma atividade essencialmente profissional como o futebol, que nada tem a ver com a devoção à pátria. Reacionário parece ser personagem do discurso anacrônico, obsoleto e superado.
Lembra uma época, Copa do Mundo de 1970, dos anos de chumbo, da ditadura dos militares, do ditador Médici, do ufanismo misturado ao cretinismo do “Brasil. Ame-o ou deixe-o”, daquela música megalômana ... “90 milhões em ação/Prá frente Brasil/Salve a seleção”. De repente, por tudo isso, numa reflexão comedida, a lembrança vem com o escritor inglês Samuel Johnson e sua famosa frase: “O patriotismo é o refúgio de um canalha”. Nesse aspecto Dunga nada se diferencia do seu também colega treinador de seleção conhecido pela alcunha de Felipão, que era admirador do ditador Pinochet.
Na entrevista coletiva concedida, em certo momento da entrevista, quando ele se refere ao assunto do tempo da escravidão ou a ditadura militar diz não saber de nada, que não viveu aqueles momentos. Não precisava viver naquela época porque a história conta os fatos, se aprende na escola, nos livros, se adquiri conhecimentos, principalmente para quem é filho de uma professora de História para se saber os malefícios da escravidão e a tirania da ditadura.
Dunga falou, insistiu na coerência, comprometimento e patriotismo. Dunga se mostra um sujeito sadio, sem vícios – e parece ser assim. Mas a coerência Dunga, como fica? Para quem faz publicidade de bebida alcoólica de uma cervejaria, quando se é brahmeiro a coisa parece incoerência? Nem aspecto não parece ser bom exemplo.
Ainda a coerência de Dunga!!! Na entrevista disse Dunga que na dispensa de Adriano falou mais alto a razão do que o coração. Procurou ajudá-lo, mas não conseguiu. Ficou fora. Quanto ao goleiro Doni o coração foi mais importante que a razão. Reserva no time italiano do Roma foi chamado em detrimento de outros goleiros, como Vitor. Explicou Dunga que numas convocações da seleção Doni foi convocado a contragosto do time italiano e por isso o puniu, colocando-o na reserva. Em reconhecimento ao fato foi convocado para a Copa do Mundo. Nesse caso o coração falou mais alto que a razão.
E o comprometimento que fala Dunga. Será o compromisso com todos aqueles patrocinadores da CBF: empresa telefônica, guaraná, banco e até uma empresa fabricante de salsichas. Fala em patriotismo o Dunga. Mas isso tudo, todos os interesses capitalistas, milhões de dólares em jogo certamente nada tem a ver com o amor a pátria, a consciência dos deveres expressamente cívicos. O autentico patriotismo não está na ponta das chuteiras, na bola rolando, numa Copa do Mundo. O máximo que pode haver é uma admiração pelas coisas do país como, por exemplo, o futebol.
A sua ideia de patriotismo Dunga, com nós não. Desculpe, conosco não. O patriota não busca refúgios. O verdadeiro não se trata como um canalha.
Com nós, Dunga?
A não ser os desmedidos erros na língua portuguesa, como por exemplo, usar “com nós” quando o certo é conosco, o treinador da seleção brasileira de apelido Dunga, saiu-se de forma razoável ao explicar, porém sem convencer, as convocações de matungos e macróbios no lugar de jovens jogadores ascendentes
No entanto, quando Dunga quer se tornar um professor de civismo, apelar para o discurso da cidadania, o chamamento ao patriotismo ele se perde totalmente. Conservador mistura patriotismo com uma atividade essencialmente profissional como o futebol, que nada tem a ver com a devoção à pátria. Reacionário parece ser personagem do discurso anacrônico, obsoleto e superado.
Lembra uma época, Copa do Mundo de 1970, dos anos de chumbo, da ditadura dos militares, do ditador Médici, do ufanismo misturado ao cretinismo do “Brasil. Ame-o ou deixe-o”, daquela música megalômana ... “90 milhões em ação/Prá frente Brasil/Salve a seleção”. De repente, por tudo isso, numa reflexão comedida, a lembrança vem com o escritor inglês Samuel Johnson e sua famosa frase: “O patriotismo é o refúgio de um canalha”. Nesse aspecto Dunga nada se diferencia do seu também colega treinador de seleção conhecido pela alcunha de Felipão, que era admirador do ditador Pinochet.
Na entrevista coletiva concedida, em certo momento da entrevista, quando ele se refere ao assunto do tempo da escravidão ou a ditadura militar diz não saber de nada, que não viveu aqueles momentos. Não precisava viver naquela época porque a história conta os fatos, se aprende na escola, nos livros, se adquiri conhecimentos, principalmente para quem é filho de uma professora de História para se saber os malefícios da escravidão e a tirania da ditadura.
Dunga falou, insistiu na coerência, comprometimento e patriotismo. Dunga se mostra um sujeito sadio, sem vícios – e parece ser assim. Mas a coerência Dunga, como fica? Para quem faz publicidade de bebida alcoólica de uma cervejaria, quando se é brahmeiro a coisa parece incoerência? Nem aspecto não parece ser bom exemplo.
Ainda a coerência de Dunga!!! Na entrevista disse Dunga que na dispensa de Adriano falou mais alto a razão do que o coração. Procurou ajudá-lo, mas não conseguiu. Ficou fora. Quanto ao goleiro Doni o coração foi mais importante que a razão. Reserva no time italiano do Roma foi chamado em detrimento de outros goleiros, como Vitor. Explicou Dunga que numas convocações da seleção Doni foi convocado a contragosto do time italiano e por isso o puniu, colocando-o na reserva. Em reconhecimento ao fato foi convocado para a Copa do Mundo. Nesse caso o coração falou mais alto que a razão.
E o comprometimento que fala Dunga. Será o compromisso com todos aqueles patrocinadores da CBF: empresa telefônica, guaraná, banco e até uma empresa fabricante de salsichas. Fala em patriotismo o Dunga. Mas isso tudo, todos os interesses capitalistas, milhões de dólares em jogo certamente nada tem a ver com o amor a pátria, a consciência dos deveres expressamente cívicos. O autentico patriotismo não está na ponta das chuteiras, na bola rolando, numa Copa do Mundo. O máximo que pode haver é uma admiração pelas coisas do país como, por exemplo, o futebol.
A sua ideia de patriotismo Dunga, com nós não. Desculpe, conosco não. O patriota não busca refúgios. O verdadeiro não se trata como um canalha.
No entanto, quando Dunga quer se tornar um professor de civismo, apelar para o discurso da cidadania, o chamamento ao patriotismo ele se perde totalmente. Conservador mistura patriotismo com uma atividade essencialmente profissional como o futebol, que nada tem a ver com a devoção à pátria. Reacionário parece ser personagem do discurso anacrônico, obsoleto e superado.
Lembra uma época, Copa do Mundo de 1970, dos anos de chumbo, da ditadura dos militares, do ditador Médici, do ufanismo misturado ao cretinismo do “Brasil. Ame-o ou deixe-o”, daquela música megalômana ... “90 milhões em ação/Prá frente Brasil/Salve a seleção”. De repente, por tudo isso, numa reflexão comedida, a lembrança vem com o escritor inglês Samuel Johnson e sua famosa frase: “O patriotismo é o refúgio de um canalha”. Nesse aspecto Dunga nada se diferencia do seu também colega treinador de seleção conhecido pela alcunha de Felipão, que era admirador do ditador Pinochet.
Na entrevista coletiva concedida, em certo momento da entrevista, quando ele se refere ao assunto do tempo da escravidão ou a ditadura militar diz não saber de nada, que não viveu aqueles momentos. Não precisava viver naquela época porque a história conta os fatos, se aprende na escola, nos livros, se adquiri conhecimentos, principalmente para quem é filho de uma professora de História para se saber os malefícios da escravidão e a tirania da ditadura.
Dunga falou, insistiu na coerência, comprometimento e patriotismo. Dunga se mostra um sujeito sadio, sem vícios – e parece ser assim. Mas a coerência Dunga, como fica? Para quem faz publicidade de bebida alcoólica de uma cervejaria, quando se é brahmeiro a coisa parece incoerência? Nem aspecto não parece ser bom exemplo.
Ainda a coerência de Dunga!!! Na entrevista disse Dunga que na dispensa de Adriano falou mais alto a razão do que o coração. Procurou ajudá-lo, mas não conseguiu. Ficou fora. Quanto ao goleiro Doni o coração foi mais importante que a razão. Reserva no time italiano do Roma foi chamado em detrimento de outros goleiros, como Vitor. Explicou Dunga que numas convocações da seleção Doni foi convocado a contragosto do time italiano e por isso o puniu, colocando-o na reserva. Em reconhecimento ao fato foi convocado para a Copa do Mundo. Nesse caso o coração falou mais alto que a razão.
E o comprometimento que fala Dunga. Será o compromisso com todos aqueles patrocinadores da CBF: empresa telefônica, guaraná, banco e até uma empresa fabricante de salsichas. Fala em patriotismo o Dunga. Mas isso tudo, todos os interesses capitalistas, milhões de dólares em jogo certamente nada tem a ver com o amor a pátria, a consciência dos deveres expressamente cívicos. O autentico patriotismo não está na ponta das chuteiras, na bola rolando, numa Copa do Mundo. O máximo que pode haver é uma admiração pelas coisas do país como, por exemplo, o futebol.
A sua ideia de patriotismo Dunga, com nós não. Desculpe, conosco não. O patriota não busca refúgios. O verdadeiro não se trata como um canalha.
terça-feira, 11 de maio de 2010
O ministro disse: sexo
O jogo acabou. Desabou sobre o sofá. Seu time tinha perdido o campeonato. Refestelado, quase inerte, o pensamento confuso deixava-o inquieto. Tentou se convencer do que acontece: se perde, se ganha. Ser impassível, indiferente. Impossível, estava atônito, não acreditando o que tinha ocorrido naquele jogo de futebol.
Ficou atirado, passando a condição de um energúmeno, completamente desnorteado. O pensamento, as reflexões, seja lá o que for eram de total fúria.
A mulher em outro recinto teve conhecimento do resultado. Avaliou o drama do marido torcedor. Era seu dever ajudá-lo, retirar do marido aquela pressão, afetando até a pressão arterial. Lembrou-se do ministro: faça sexo. Tomou a iniciativa de mudar de roupa. A camisola habitual foi trocada. Transfigurou-se numa sedutora mulher vestindo um lingerie de cor preta, o conjunto de soutien e calcinha, envolto numa esvoaçante camisola da mesma cor, cobrindo o corpo. Adornada pela provocante vestimenta surgiu na porta da sala onde o marido um pouco antes acabara de ver pela televisão a derrocada do seu time. Voluptuosa, provocante, gostosa e poderosa, com a voz sensual disse: “Oi, amor”. Ao mesmo tempo dobrou o joelho e pela abertura da camisola de forma excitante mostrou a perna branca, de pele sedosa, roliça e bem torneada, a fim de despertar a libido do torcedor frustrado. Parece não ter percebido nada. Se percebeu, não se interessou. Seu estado de espírito estava em baixo astral.
Não tinha condições de sexo. Estava em de plena morbidez, doentio, lânguido e frouxo. A mulher tentou convencê-lo: “Quem sabe eu espero meia-hora. Você toma aquela pílula “azulzinha” e tudo se resolve”. Porque disse isso. O marido ficou mais possesso, aos gritos replicou: “Está me gozando, virou corneteira”. Injustiça. A mulher nada entendia de futebol, não torcia para time algum.
O marido torcedor ficou ali mesmo na sala, se moendo com os pensamentos. Tentou dormir. Em vão. A noite foi de total pesadelo.
*** ***
Em outra casa, num cômodo com televisão, outro torcedor estava eufórico. Não se continha em alegria. Afinal, naquele dia tornava-se campeão. O contentamento era intensamente prazeroso. Chegou a se perturbar emotivamente. Emoção intensa que deve ter alterado batimentos cardíacos e a pressão arterial. A mulher cuidadosa pensou no que disse o ministro: faça sexo. A sensação de bem-estar do marido tornaria fácil a consecução do ato sexual. Nem precisaria de qualquer artifício para conquistá-lo. Ledo engano. Quando na cama ela se mostrou insinuante o marido a desfez de qualquer tentativa. Virou de lado. Em êxtase foi dormir que nem um anjo, talvez até com a pressão alta. Sua libido era o título de campeão. Nada melhor que isso: nem sexo.
Ficou atirado, passando a condição de um energúmeno, completamente desnorteado. O pensamento, as reflexões, seja lá o que for eram de total fúria.
A mulher em outro recinto teve conhecimento do resultado. Avaliou o drama do marido torcedor. Era seu dever ajudá-lo, retirar do marido aquela pressão, afetando até a pressão arterial. Lembrou-se do ministro: faça sexo. Tomou a iniciativa de mudar de roupa. A camisola habitual foi trocada. Transfigurou-se numa sedutora mulher vestindo um lingerie de cor preta, o conjunto de soutien e calcinha, envolto numa esvoaçante camisola da mesma cor, cobrindo o corpo. Adornada pela provocante vestimenta surgiu na porta da sala onde o marido um pouco antes acabara de ver pela televisão a derrocada do seu time. Voluptuosa, provocante, gostosa e poderosa, com a voz sensual disse: “Oi, amor”. Ao mesmo tempo dobrou o joelho e pela abertura da camisola de forma excitante mostrou a perna branca, de pele sedosa, roliça e bem torneada, a fim de despertar a libido do torcedor frustrado. Parece não ter percebido nada. Se percebeu, não se interessou. Seu estado de espírito estava em baixo astral.
Não tinha condições de sexo. Estava em de plena morbidez, doentio, lânguido e frouxo. A mulher tentou convencê-lo: “Quem sabe eu espero meia-hora. Você toma aquela pílula “azulzinha” e tudo se resolve”. Porque disse isso. O marido ficou mais possesso, aos gritos replicou: “Está me gozando, virou corneteira”. Injustiça. A mulher nada entendia de futebol, não torcia para time algum.
O marido torcedor ficou ali mesmo na sala, se moendo com os pensamentos. Tentou dormir. Em vão. A noite foi de total pesadelo.
*** ***
Em outra casa, num cômodo com televisão, outro torcedor estava eufórico. Não se continha em alegria. Afinal, naquele dia tornava-se campeão. O contentamento era intensamente prazeroso. Chegou a se perturbar emotivamente. Emoção intensa que deve ter alterado batimentos cardíacos e a pressão arterial. A mulher cuidadosa pensou no que disse o ministro: faça sexo. A sensação de bem-estar do marido tornaria fácil a consecução do ato sexual. Nem precisaria de qualquer artifício para conquistá-lo. Ledo engano. Quando na cama ela se mostrou insinuante o marido a desfez de qualquer tentativa. Virou de lado. Em êxtase foi dormir que nem um anjo, talvez até com a pressão alta. Sua libido era o título de campeão. Nada melhor que isso: nem sexo.
terça-feira, 4 de maio de 2010
De novo as faixas
Duas horas da tarde. No centro da cidade. Cidadão atravessando a rua pela faixa de segurança. Na metade do caminho é supreendido por um motoqueiro que não respeita a faixa, por consequência não respeita o pedestre. Pior, com toda sua irresponsabilidade e imprudência, desaforado grita para o idoso: "Hô véio, que ser atropelado".
É difícil realizar em Farroupilha alguma pesquisa que envolva a própria Farroupilha. São poucas as fontes de referência. O pouco que ainda exista pode se encontrar na biblioteca municipal. As maiores e melhores referências são encontrados em arquivos históricos de outras cidades. A memória farroupilhense, por parte dos orgãos credenciados e ai se entende especialmente o poder público, é falha, curta, quase inexistente.
A praça da Matriz urgentemente necessita de reformas, revitalizá-la. Os jardins estão abandonados, bancos semi-destruídos. Certas horas da noite é possível alguém, encontrar um outro alguém, fazendo necessidade fisiológica junto a algum muro.
É difícil realizar em Farroupilha alguma pesquisa que envolva a própria Farroupilha. São poucas as fontes de referência. O pouco que ainda exista pode se encontrar na biblioteca municipal. As maiores e melhores referências são encontrados em arquivos históricos de outras cidades. A memória farroupilhense, por parte dos orgãos credenciados e ai se entende especialmente o poder público, é falha, curta, quase inexistente.
A praça da Matriz urgentemente necessita de reformas, revitalizá-la. Os jardins estão abandonados, bancos semi-destruídos. Certas horas da noite é possível alguém, encontrar um outro alguém, fazendo necessidade fisiológica junto a algum muro.
sábado, 1 de maio de 2010
continuação ao anterior
O texto escrito nesse sábado - para quem gosta de música americana - foi ao som de Andy Willians na Rádio Oul
As faixas
Semana passada, depois de alguns anos, visitei a cidade de Carlos Barbosa. Está diferente, uma cidade progressista e moderna em termos de estrutura. Lá encontrei uma estação ferroviária, no centro da cidade, com 101 anos de fundação, conservada e servindo até como repartição pública. Ali está instalada a Secretaria de Turismo, juntamente com o Proarte. Nas ruas centrais o estacionamento pago e, tal e qual, como Gramado, a consciência da civilidade, o respeito às faixas de segurança, por conseguinte ao pedestre. Já escrevi, ratifico. Trata-se da educação e conscientização de uma população motorizada., mais que isso, o bom comportamento, delicadeza e cortesia de motoristas com o indefeso pedestre. Em algumas cidade como Caxias do Sul e Farroupilha são poucos os usuários de automóveis que tem esse senso de responsabilidade, a intenção de proteção à vida alheia, a consciência de que uma faixa de segurança, a sinalização horizontal de forma zebrada, que está ali no chão não é mero ou simples elemento decorativo. Mas o que esperar de motoristas que desrespeitam rwgras básicas no trânsito, como dirigir sem cinto de segurança, crianças no colo ou no banco da frente e o mais corriqueiro, falando ao celular, o que implica em duas situações negativas e perigosas no trânsito: a ausência indispensável da atenção e dirigir sem estar com as duas mãos ao volante. Sou testemunha ocular do desrespeito às faixas de segurança. Durante anos, defronte ao Colégio Estadual, verifiquei a verdadeira afronta de motoristas ultrapassando as faixas zebradas, colocando crianças em risco de perder a vida. A capital federal, Brasilia, foi a grande cidade inovadora e percussora da conscientização do respeito ao pedestre, o que decidamente ainda não acontece em São Paulo, Rio. Porto Alegre e outras. Naturalmente o que ocorre em Brasilia, Gramado e Carlos Barbosa é uma questão de percepção cultural, de fazer parte de nossos hábitos. Aliás, em Farroupilha, antes de qualquer educação e conscientização é necessário que o poder público competente revitalize, recupere as pinturas desbotadas e quase invisíveis faixas de segurança em alguns logradouros. Parece que se passa a ideia de que ninguém as respeita e por isso se tornam desnecessárias. Mas chegará o momento de se ter uma cultura de respeito ao pedestre. Afinal, acredita-se que os motoristas que não tenham respeito às faixas possam ser o pedestre de amanhã, a não ser que seja aquele individuo que nunca ande a pé.
Sexta-feira a tarde, dia em que foi publicada essa coluna. De repente, no segundo andar onde localiza-se a redação um estridente som de freada de automóvel, deixando inclusive marca dos pneus no chão. Corro para a janela observar o acontecido. Um carro preto - de bom freio - quase atropela, no centro da faixa de segurança, três jovens que a atravessavam.
Já contei o fato. Num sábado de manhã, fazendo meu exercício matinal com caminhada, atravessando a rua, em cima da faixa de segurança, fui atingindo por um automóvel no tornozelo. Nada de mais grave, somente o desconforto de ficar sete dias com o pé engessado.
Ainda na sexta-feira tentei testar a delicadeza, o respeito, a educação e a concientização dos motoristas. Precavido, desci o meio-fio da caçalda e dei somente dois passsos na faixa de segurança. Quatro motoristas não deram a minima bola. Um quinto sim. Diminuiu a marcha, parou e eu passei.
Sexta-feira a tarde, dia em que foi publicada essa coluna. De repente, no segundo andar onde localiza-se a redação um estridente som de freada de automóvel, deixando inclusive marca dos pneus no chão. Corro para a janela observar o acontecido. Um carro preto - de bom freio - quase atropela, no centro da faixa de segurança, três jovens que a atravessavam.
Já contei o fato. Num sábado de manhã, fazendo meu exercício matinal com caminhada, atravessando a rua, em cima da faixa de segurança, fui atingindo por um automóvel no tornozelo. Nada de mais grave, somente o desconforto de ficar sete dias com o pé engessado.
Ainda na sexta-feira tentei testar a delicadeza, o respeito, a educação e a concientização dos motoristas. Precavido, desci o meio-fio da caçalda e dei somente dois passsos na faixa de segurança. Quatro motoristas não deram a minima bola. Um quinto sim. Diminuiu a marcha, parou e eu passei.
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