O jogo acabou. Desabou sobre o sofá. Seu time tinha perdido o campeonato. Refestelado, quase inerte, o pensamento confuso deixava-o inquieto. Tentou se convencer do que acontece: se perde, se ganha. Ser impassível, indiferente. Impossível, estava atônito, não acreditando o que tinha ocorrido naquele jogo de futebol.
Ficou atirado, passando a condição de um energúmeno, completamente desnorteado. O pensamento, as reflexões, seja lá o que for eram de total fúria.
A mulher em outro recinto teve conhecimento do resultado. Avaliou o drama do marido torcedor. Era seu dever ajudá-lo, retirar do marido aquela pressão, afetando até a pressão arterial. Lembrou-se do ministro: faça sexo. Tomou a iniciativa de mudar de roupa. A camisola habitual foi trocada. Transfigurou-se numa sedutora mulher vestindo um lingerie de cor preta, o conjunto de soutien e calcinha, envolto numa esvoaçante camisola da mesma cor, cobrindo o corpo. Adornada pela provocante vestimenta surgiu na porta da sala onde o marido um pouco antes acabara de ver pela televisão a derrocada do seu time. Voluptuosa, provocante, gostosa e poderosa, com a voz sensual disse: “Oi, amor”. Ao mesmo tempo dobrou o joelho e pela abertura da camisola de forma excitante mostrou a perna branca, de pele sedosa, roliça e bem torneada, a fim de despertar a libido do torcedor frustrado. Parece não ter percebido nada. Se percebeu, não se interessou. Seu estado de espírito estava em baixo astral.
Não tinha condições de sexo. Estava em de plena morbidez, doentio, lânguido e frouxo. A mulher tentou convencê-lo: “Quem sabe eu espero meia-hora. Você toma aquela pílula “azulzinha” e tudo se resolve”. Porque disse isso. O marido ficou mais possesso, aos gritos replicou: “Está me gozando, virou corneteira”. Injustiça. A mulher nada entendia de futebol, não torcia para time algum.
O marido torcedor ficou ali mesmo na sala, se moendo com os pensamentos. Tentou dormir. Em vão. A noite foi de total pesadelo.
*** ***
Em outra casa, num cômodo com televisão, outro torcedor estava eufórico. Não se continha em alegria. Afinal, naquele dia tornava-se campeão. O contentamento era intensamente prazeroso. Chegou a se perturbar emotivamente. Emoção intensa que deve ter alterado batimentos cardíacos e a pressão arterial. A mulher cuidadosa pensou no que disse o ministro: faça sexo. A sensação de bem-estar do marido tornaria fácil a consecução do ato sexual. Nem precisaria de qualquer artifício para conquistá-lo. Ledo engano. Quando na cama ela se mostrou insinuante o marido a desfez de qualquer tentativa. Virou de lado. Em êxtase foi dormir que nem um anjo, talvez até com a pressão alta. Sua libido era o título de campeão. Nada melhor que isso: nem sexo.
Ficou atirado, passando a condição de um energúmeno, completamente desnorteado. O pensamento, as reflexões, seja lá o que for eram de total fúria.
A mulher em outro recinto teve conhecimento do resultado. Avaliou o drama do marido torcedor. Era seu dever ajudá-lo, retirar do marido aquela pressão, afetando até a pressão arterial. Lembrou-se do ministro: faça sexo. Tomou a iniciativa de mudar de roupa. A camisola habitual foi trocada. Transfigurou-se numa sedutora mulher vestindo um lingerie de cor preta, o conjunto de soutien e calcinha, envolto numa esvoaçante camisola da mesma cor, cobrindo o corpo. Adornada pela provocante vestimenta surgiu na porta da sala onde o marido um pouco antes acabara de ver pela televisão a derrocada do seu time. Voluptuosa, provocante, gostosa e poderosa, com a voz sensual disse: “Oi, amor”. Ao mesmo tempo dobrou o joelho e pela abertura da camisola de forma excitante mostrou a perna branca, de pele sedosa, roliça e bem torneada, a fim de despertar a libido do torcedor frustrado. Parece não ter percebido nada. Se percebeu, não se interessou. Seu estado de espírito estava em baixo astral.
Não tinha condições de sexo. Estava em de plena morbidez, doentio, lânguido e frouxo. A mulher tentou convencê-lo: “Quem sabe eu espero meia-hora. Você toma aquela pílula “azulzinha” e tudo se resolve”. Porque disse isso. O marido ficou mais possesso, aos gritos replicou: “Está me gozando, virou corneteira”. Injustiça. A mulher nada entendia de futebol, não torcia para time algum.
O marido torcedor ficou ali mesmo na sala, se moendo com os pensamentos. Tentou dormir. Em vão. A noite foi de total pesadelo.
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Em outra casa, num cômodo com televisão, outro torcedor estava eufórico. Não se continha em alegria. Afinal, naquele dia tornava-se campeão. O contentamento era intensamente prazeroso. Chegou a se perturbar emotivamente. Emoção intensa que deve ter alterado batimentos cardíacos e a pressão arterial. A mulher cuidadosa pensou no que disse o ministro: faça sexo. A sensação de bem-estar do marido tornaria fácil a consecução do ato sexual. Nem precisaria de qualquer artifício para conquistá-lo. Ledo engano. Quando na cama ela se mostrou insinuante o marido a desfez de qualquer tentativa. Virou de lado. Em êxtase foi dormir que nem um anjo, talvez até com a pressão alta. Sua libido era o título de campeão. Nada melhor que isso: nem sexo.
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