Semana passada, depois de alguns anos, visitei a cidade de Carlos Barbosa. Está diferente, uma cidade progressista e moderna em termos de estrutura. Lá encontrei uma estação ferroviária, no centro da cidade, com 101 anos de fundação, conservada e servindo até como repartição pública. Ali está instalada a Secretaria de Turismo, juntamente com o Proarte. Nas ruas centrais o estacionamento pago e, tal e qual, como Gramado, a consciência da civilidade, o respeito às faixas de segurança, por conseguinte ao pedestre. Já escrevi, ratifico. Trata-se da educação e conscientização de uma população motorizada., mais que isso, o bom comportamento, delicadeza e cortesia de motoristas com o indefeso pedestre. Em algumas cidade como Caxias do Sul e Farroupilha são poucos os usuários de automóveis que tem esse senso de responsabilidade, a intenção de proteção à vida alheia, a consciência de que uma faixa de segurança, a sinalização horizontal de forma zebrada, que está ali no chão não é mero ou simples elemento decorativo. Mas o que esperar de motoristas que desrespeitam rwgras básicas no trânsito, como dirigir sem cinto de segurança, crianças no colo ou no banco da frente e o mais corriqueiro, falando ao celular, o que implica em duas situações negativas e perigosas no trânsito: a ausência indispensável da atenção e dirigir sem estar com as duas mãos ao volante. Sou testemunha ocular do desrespeito às faixas de segurança. Durante anos, defronte ao Colégio Estadual, verifiquei a verdadeira afronta de motoristas ultrapassando as faixas zebradas, colocando crianças em risco de perder a vida. A capital federal, Brasilia, foi a grande cidade inovadora e percussora da conscientização do respeito ao pedestre, o que decidamente ainda não acontece em São Paulo, Rio. Porto Alegre e outras. Naturalmente o que ocorre em Brasilia, Gramado e Carlos Barbosa é uma questão de percepção cultural, de fazer parte de nossos hábitos. Aliás, em Farroupilha, antes de qualquer educação e conscientização é necessário que o poder público competente revitalize, recupere as pinturas desbotadas e quase invisíveis faixas de segurança em alguns logradouros. Parece que se passa a ideia de que ninguém as respeita e por isso se tornam desnecessárias. Mas chegará o momento de se ter uma cultura de respeito ao pedestre. Afinal, acredita-se que os motoristas que não tenham respeito às faixas possam ser o pedestre de amanhã, a não ser que seja aquele individuo que nunca ande a pé.
Sexta-feira a tarde, dia em que foi publicada essa coluna. De repente, no segundo andar onde localiza-se a redação um estridente som de freada de automóvel, deixando inclusive marca dos pneus no chão. Corro para a janela observar o acontecido. Um carro preto - de bom freio - quase atropela, no centro da faixa de segurança, três jovens que a atravessavam.
Já contei o fato. Num sábado de manhã, fazendo meu exercício matinal com caminhada, atravessando a rua, em cima da faixa de segurança, fui atingindo por um automóvel no tornozelo. Nada de mais grave, somente o desconforto de ficar sete dias com o pé engessado.
Ainda na sexta-feira tentei testar a delicadeza, o respeito, a educação e a concientização dos motoristas. Precavido, desci o meio-fio da caçalda e dei somente dois passsos na faixa de segurança. Quatro motoristas não deram a minima bola. Um quinto sim. Diminuiu a marcha, parou e eu passei.
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