Quando m gente acreditava, tinha a quase certeza, que a eleição para o governo do Estado se resolveria somente num segundo turno e provavelmente a eleição para a presidência da República estaria decidida em primeiro turno, segundo os indicativos de institutos de opinião pública, pela intenção de voto, Dilma seria presidente do país.
Aconteceu tudo ao contrário. Tarso Genro para o governo estadual obteve expressiva e insofismável votação. Sobraram votos. Uma vitória com o percentual de 54%, contra 43 dos adversários uita (25% Fogaça, 18% de Yeda). A conquista de Tarso foi irreparável pela condição de liderança em todo o estado do Rio Grande, vencendo quase absolutamente em pequenos, médios e grandes municípios. Nos 496 municípios venceu em 460 (92,74%). Fogaça em 23 (4,63%); Yeda em 13 (2,63%). Como se nota os adversários colocaram-se muito longe do intuito de provocar um segundo turno.
Foi acanhada a soma de votos do PSDB com Yeda. Não chegou a 20%. Esperavam um pouco mais. Mas o eleitor ficou cabreiro com os escândalos, deixando o partido manchado por diversos fatos: falcatrua no Detran, escuta na Casa Militar, o super faturamento das contas de publicidade do Banrisul. Decididamente esses acontecimentos ocasionaram uma boa perda de votos.
Decepcionante também a votação do PMDB com a irrisória soma de 25%, número muito aquém do partido, histórico em suas lutas, valores perdidos para o fisiologismo. Além da derrota para o executivo perdeu uma vaga para o Senado e elegeu somente quatro deputados federais. O PMDB é poder desde o tempo de Collor sem nunca ter estado no poder. Essa condição de clientelista pode ser perdida depois de muitos anos: imagine-se a Dilma perder. Mas quem sabe. Como sobrevive da dependência política, poderá surgir uma aliança com Serra. Ocorreu com Fernando Henrique. Por ser assim se afastou do pragmático ideológico. Perdeu-se no tempo Agindo dessa forma oportunista, a doutrina partidária, o programa ideológico ficou no fundo de uma gaveta.
Esse jeito de agir deve ter sido um dos motivos da fragorosa derrota. Um outro, entre tantos motivos, foi a escolha do candidato ao governo do Estado. Começamos pelo início, pedindo desculpas pela redundância. O candidato natural seria Germano Rigotto. Não foi. Porque não se sabe. O motivo deve estar escondido nos escaninhos da luta pelo poder. Não foi Rigotto, o escolhido foi José Fogaça. Fogaça foi um histórico peemedebista. Seu passado ficou manchado. Atraído por Antonio Brito assinou ficha no PPS. Brito perdeu prestigio, como também o partido. Fogaça perto de iminente fracasso político salvou-se como o filho pródigo que volta à casa antiga, ao PMDB. De qualquer maneira foi ungido na condição de candidato. O histórico militante peemedebista não gostou, achou uma “trairagem”.
Retorno com o assunto na próxima semana
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