segunda-feira, 4 de abril de 2011

Elizabeth

Verdadeira entidade mitológica como as musas, a que são atribuídas capacidade de inspirar a criação artística, figura feminina real de um tempo, mulher formosa, diferente, incomum, ícone de uma época. Musa, diva, divindade, uma deusa.
Assim foi Elizabeth Taylor. Cabelos negros, pele alva, lábios perfeitos, conjunto em que se emoldurava os brilhantes e faiscantes olhos de tom violeta, formando enfim, conceito padronizado de uma bela mulher
Tão bela que hoje em dia, em termos tecnológicos poderia ser confundida como uma imagem virtual.
Sedutora, poderosa de intenso magnetismo, de uma atração eletrizante, ao mesmo tempo, paradoxalmente, mostrava-se frágil, com feição angelical. Foi romântica tanto quanto sensual. Amada, com o amor que chegava a idolatria, na imaginação de muitos homens, o desejo voluptuoso. Para alguns a realização do instinto libidinoso consolidou-se. Elizabeth teve alguns amores, casou oito vezes.
Pelas frustrações dos casamentos, para os conceitos puritanos daquele tempo, Elizabeth passou a ser escandalosa, uma depravada. Pouco lhe importou. Continuou sendo a rainha de intensa beleza, cortejada, idolatrada, desejada. E assim morreu semana passada. Fica na lembrança excelentes filmes dos quais participou (um canal pago apresentou alguns deles), como Um lugar ao Sol, Assim caminha a humanidade, De repente no ultimo verão. Fez filmes de muito mau gosto entre os quais Cleópatra.
Muitas vezes foi esnobada pela crítica, no entanto duas atuações excepcionais lhe proporcionaram dois Oscarue Butterfield 8 em que faz o papel de uma garota de programa e Quem tem medo de Virginia Woolf protagonizando uma mulher infeliz, de vida tortuosa por um casamento conturbado. Assim era Virginia, assim foi Elizabeth.
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