sábado, 13 de agosto de 2011

15??? Nãnãnãnãnão

Corporativismo no seu conceito mais formal e histórico é a doutrina econômico-social que preconiza a criação de instituições profissionais organizadas em corporações - coletividades subordinadas a uma mesma regra - dotadas de poderes econômicos, sociais e mesmo políticos, sempre apregoando a defesa de interesses em causa própria.
Por tudo isso, corporativismo adquiriu uma conotação pejorativa ao seu significado como um tipo de forma associativa que tem por objetivo assegurar privilégios e proteção para seus membros por certos segmentos ou setores sociais em detrimento de uma coletividade maior, como por exemplo, no momento atual, os vereadores.
Modelo de grande repercussão e amostra evidente e autêntica de corporativismo, são os senhores vereadores, determinados, resolutos, inquestionáveis, em aumentar o número de representantes na Câmara Municipal. Estão desfavoráveis quanto a opinião pública, navegando contra a corrente, pouco se lixando ao desejo contrário de uma população que os elegeu, acreditando, confiando de que a representaria de acordo com os seus anseios, suas vontades, não respeitados no momento, na controvertida questão do aumento de vereadores na Câmara Municipal. A população farroupilhense de milhares de cidadãos se sente ludibriada, contrária ao desejo de 10 vereadores. A democracia, pelo direito de voto - e assim deve ser -, lamentavelmente às vezes decepciona induzida por enganos que incide em erros na ponta final de uma eleição, pela má escolha do candidato preferencial, entre todos eles aqueles que querem transformar 10 em 15.
Trata-se sim de corporativismo, comprovado por interesses não somente dos vereadores, como também de pessoas que com eles tem alguma ligação, como cabos eleitorais, suplentes, dirigentes de associações de classe e aqueles eternos candidatos torcendo para mais uma vaga adquirindo a oportunidade de serem eleitos.
Na verdade, objetivamente, os interessados e corporativistas vereadores, defendem seus interesses por uma simples operação aritmética. Na última eleição municipal, quando foram registradas 91 candidaturas a vereança, havia uma vaga para cada 9,1 candidatos. Com 15 membros na Câmara, com as mesmas 91 candidaturas as chances aumentam. Seriam 6,6 candidatos para cada vaga.
Mas o melhor de tudo isso, a questão financeira, o salário. Aquela grana de balacobaco, supimpa, do final do mês de 2.700 reais (e vem mais aumento) para “trabalhar” duas horas por semana ou oito mensais, como queiram.
O aumento de 10 para 15 vereadores tem argumentos dos seus interessados com aquela verborragia inepta de “maior representatividade”, de inúteis “blábláblás” persuasivos, de tíbias, falsos e inconvenientes propósitos, pouco loquazes em convencimento.
Enquetes são feitas e majoritariamente todas elas desfavoráveis ao aumento do número de vereadores. Aqui mesmo nessa página, ao lado, na edição passada seis entrevistados foram 100% contra a medida impopular. Na mesma edição do “O Farroupilha”, lideranças empresarias mostraram-se peremptoriamente contra.
Mas parece que nada adianta. Os 10 querem 15, fazer o quê.



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