Na edição do jornal de 05.08.11, a editoria quis saber da população por uma enquête aleatória, pelo pronunciamento de representantes de entidades empresariais, a opinião sobre a polêmica questão do aumento de 10 para 15 vereadores na Câmara Municipal farroupilhense. De forma unânime todos, sem distinção de classe, foram contra ao aumento do número de vereadores. Da mesma forma, na mesma edição, de acordo com a equidade, do reconhecimento do direito de cada um, dentro do principio democrático da igualdade, do equilíbrio indispensável à livre expressão, o “O FARROUPILHA” também ouviu a opinião dos 10 vereadores, interessados diretos na questão, evidentemente, todos denotando, embora entre linhas, não claramente, com evasivas, serem favoráveis ao aumento do número na Câmara.
É o que se pode dizer no popular “ficar em cima do muro”, ou seja, a dificuldade em ter uma decisão, tomar partido de uma situação, esquivar-se de uma atitude.
Alguns vereadores disseram peremptoriamente que se cumpra a lei (Lei Orgânica municipal estabelece 15 vereadores). Entenda-se que o aumento de vereadores pode ser legal, talvez não ético e que também não é obrigatório e sim uma prerrogativa do poder legislativo. Na verdade prevalecem os interesses pessoais. Quando a lei está ao nosso lado, quando nos favorece, que a cumpra imediatamente, embora esses vereadores, por uma desculpa ardilosa, afirmam discutir o fato.
Outros se mostraram evasivos, omitem-se, não assumem uma atitude com opinião própria, quando dizem que se trata de uma decisão do partido político. Embora possa ser mesmo uma resolução partidária, isso não impede que o vereador tenha a sua soberana opinião, a favor ou contra.
Vereadores têm opinião confusa quando dizem que 10 é o número ideal, ficando para 15 para a próxima eleição. Afinal é isso que se discute no momento, pois a próxima eleição é no ano vindouro.
Tem vereador radical, e ao que parece favorável ao número de 15 vereadores, pois, ele afirma, rasgaram a Constituição quando determinaram 10. Lembrando a Lei Orgânica (a Constituição municipal) de Farroupilha que estabelece o número de 15 vereadores.
Mas os vereadores de modo geral falam na democrática representatividade popular alegando que, quanto mais vereadores mais representação. Não é bem assim.
O que se observa é que as reivindicações do cidadão, de uma comunidade, são feitas por alguém ou seus representantes, sem cargo eletivo. Vão direto ao poder executivo, as secretarias especializadas. Não esperam que o dito vereador representativo, faça a reivindicação por um protocolar e burocrático ofício.
Discutível o argumento da representatividade, carente de convencimento, pretexto um tanto demagógico, até mesmo, sem exagero, por uma questão geográfica. Tem vereador que mora longe de sua comunidade, diríamos representada, e que quando aparece nos bairros, na periferia, é em época de eleição. Enfim, muitas divagações, o muro lotado. Ninguém terminantemente afirmou: sou a favor de 10, contra 15, ou vice-versa.
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