O poder atrai seduz, enebria, extasia. O poder nunca ficará vazio, jamais estará desocupado. Sempre haverá lugar para quem quer que seja, mais especificamente, para aquele que deseja o poder por ser algo inerente aos seus desejos ou que seja delegado por outros. Sempre estará alguém no poder, claro um somente. Jamais dois poderosos ocuparão ao mesmo tempo um mesmo espaço. Poderá haver vários poderosos em poderes divididos secundariamente, no entanto o poder soberano e total será de um único poderoso. O poder não é dado como um presente, a não ser o poder político nos tempos de período medieval, que era concebido como um presente divino. Enfim definitivamente o poder tem que ser conquistado.
Pode ser por merecimento, competência e capacidade, o que acontece em conglomerados, corporações, enfim em empresas.
Existe o poder conquistado pela força, poder alcançado por lutas e guerras, a conquista do poder de um país sobre o outro.
Há ainda a conquista do poder político. Esse pode ser conseguido por revoluções, pela força militar, pela ditadura imposta. Pode ser conseguido pela revolta popular.
Pode ser conquistado democraticamente por delegação do povo, pelo voto secreto e soberano do eleitor. Porém nada impede que esse poder político seja conquistado pela sutileza, pela astúcia, de forma ardilosa ou pérfida. Pela conquista do poder o que era bom ontem politicamente não serve hoje. O companheiro de governo hoje, de poder absoluto, amanhã na eleição, será adversário. A coligação partidária unida em eleição passada não serve mais, pela luta do poder será desarticulada. Ratifica-se. O poder político essencialmente é de uma única pessoa. Há somente um presidente, um governador, um prefeito. Há o poder secundário que é do vice, como o do vice-prefeito, em busca da oportunidade, satisfazendo o ego pelo desejo de ter o poder primeiro e único como prefeito.
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A delirante extrema-direita, conservadora e reacionária ideologicamente, com o delírio paranóico, sua aversão extremada, o ridículo ranço, o posicionamento de caráter antiquado contra Lula - parte daquela turma de leitores de uma famigerada revista semanal – deve estar bufando de ódio e raiva: como pode um analfabeto funcional receber um sétimo título de doutor Honoris Causa, desta feita de uma instituição de renome mundial como o Instituto de Estudos Políticos de Paris. Lula foi o primeiro latino-americano a receber a homenagem e o segundo chefe de Estado. Foi a 16ª personalidade que recebeu a láurea desde a fundação da instituição em 1871.
Por falar em famigerada revista semanal sua editoria anda bajulando a presidenta Dilma. Elogios não faltam, como por exemplo, informar que ela está emagrecendo em razão de suas caminhadas diárias, como se o problema maior do país fosse sua gordura. Dona Dilma gosta de sentir seu ego massageado. Pela adulação há a retribuição. Então nas páginas, vez por outra, aparece publicidade de empresas estatais: Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e claro, a quantidade de propaganda corresponde à adulação recebida.
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