segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Civismo chato e perdido - 7 de setembro

Antigamente, muitos anos atrás, o desfile militar no dia 7 de setembro, da Independência ou Morte, caracterizava-se como um desfile militar mesmo. Adultos, crianças, ficavam encantados com a garbosa presença na parada das forças públicas militares. Depois, algum tempo depois, os governos da ditadura militar começavam a obrigar crianças, pré-adolescentes ainda impúberes a participarem do desfile da Semana da Pátria. Essa obrigação valia como aulas de Moral e Cívica para alunos de 1º e 2º Graus, como era o ensino na época. O desfile militar com isso passou a se desvirtuar. As forças militares gradativamente foram diminuindo suas presenças. Escolas, com até sacrifício de criancinhas do Jardim da Infância, enfrentando intempéries - chuva, sol, calor ou frio - em puro exibicionismo e bajulação de diretores e professores querendo aparecer diante do poder militar, desfilavam com motivos de inteira bobagem, tipo "Brasil - ame-o ou deixe-o". Desfilavam!!! Não passeavam com passos totalmente desengonçados. Esse tempo passou, porém o desfile de 7 de setembro parece desvirtuado em termos do civismo e patriotismo desejado. E mais. Estão confundindo as coisas. No Rio Grande do Sul já não se sabe se trata de desfile de 7 ou de 20 de setembro pela confusão de objetivos e interesses. No desfile de 7 de Setembro o exibicionismo continua. Em Caxias do Sul bandas marciais se exibem. Tocam de maneira desafinada, os passos de seus componentes, numa tentativa de imitar militarmente o famoso passo de ganso, saem todos errados, descompassadamente. Todos os desfilantes são o "Joâozinho do passo errado". Uma bandas têm somente aquele toque que parece ser marcial, mas na verdade trata-se de um som com aquele batida fúnebre quando acompanha um condenado no caminho ao cadafalso. Tudo sem a maior inspiração faltando a transpiração. Civismo meio perdido e chato em 7 de Setembro.

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